Político parece que adora estar na contramão da opinião pública.
Por Ricardo Setti
Enquanto se ouvem palmas e louvores à ação da Polícia Federal contra os ataques ao dinheiro público detectados, desta feita, no Ministério do Turismo - a denominada "Operação Voucher" -, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), criticou a operação e a prisão de 33 dos 38 supostos envolvidos (até o momento em que escrevo, às 18h31).
Alves revelou-se está particularmente indignado com a detenção do secretário-executivo da pasta, Frederico Silva da Costa. "O Frederico é servidor praticamente desde a criação do Ministério do Turismo, ele vem participando de todas as administrações. Aí prenderam o sujeito. Não entendemos o porquê", afirmou, criticando "abusos" na ordem judicial que levou a PF a prender Costa.
Ué, este modesto e limitado colunista não sabia que ser servidor "praticamente desde a criação" de um Ministério signifique atestado perpétuo de lisura. Claro que Costa, que exibe um apreciável currículo, merece, como qualquer cidadão, a garantia da presunção da inocência: é inocente até que se prove sua culpa. Embora tenha sido acusado no passado de diferentes irregularidades, inclusive de desvio de verbas da Sudam.
De todo modo, explicando sua prisão, o delegado da Polícia Federal Paulo de Tarso Teixeira lembrou:
- Para que a Justiça decrete a prisão preventiva, as provas têm que ser robustas. Do contrário, é prisão temporária, ainda mais com as mudanças no Código do Processo Penal.
Como vários outros envolvidos com prisão preventiva decretada, Costa será levado a Macapá, de onde começou a operação e onde foram verificadas as primeiras irregularidades, com a utilização de empresas de fachada para desvio de dinheiro público.
Não sei, não, mas algo me diz que a indignação do deputado tem a ver com o fato de o Ministério do Turismo estar na "quota do PMDB" - outra quota que, a julgar pelo acontece na Agricultura, parece tão maldita para o governo como a quota do PR no Ministério dos Transportes. E também com a extraordinária coincidência de ele ter sido um dos políticos que indicou Costa para o posto.
Fonte: Coluna do Ricardo Setti, da Veja.com
Alves revelou-se está particularmente indignado com a detenção do secretário-executivo da pasta, Frederico Silva da Costa. "O Frederico é servidor praticamente desde a criação do Ministério do Turismo, ele vem participando de todas as administrações. Aí prenderam o sujeito. Não entendemos o porquê", afirmou, criticando "abusos" na ordem judicial que levou a PF a prender Costa.
Ué, este modesto e limitado colunista não sabia que ser servidor "praticamente desde a criação" de um Ministério signifique atestado perpétuo de lisura. Claro que Costa, que exibe um apreciável currículo, merece, como qualquer cidadão, a garantia da presunção da inocência: é inocente até que se prove sua culpa. Embora tenha sido acusado no passado de diferentes irregularidades, inclusive de desvio de verbas da Sudam.
De todo modo, explicando sua prisão, o delegado da Polícia Federal Paulo de Tarso Teixeira lembrou:
- Para que a Justiça decrete a prisão preventiva, as provas têm que ser robustas. Do contrário, é prisão temporária, ainda mais com as mudanças no Código do Processo Penal.
Como vários outros envolvidos com prisão preventiva decretada, Costa será levado a Macapá, de onde começou a operação e onde foram verificadas as primeiras irregularidades, com a utilização de empresas de fachada para desvio de dinheiro público.
Não sei, não, mas algo me diz que a indignação do deputado tem a ver com o fato de o Ministério do Turismo estar na "quota do PMDB" - outra quota que, a julgar pelo acontece na Agricultura, parece tão maldita para o governo como a quota do PR no Ministério dos Transportes. E também com a extraordinária coincidência de ele ter sido um dos políticos que indicou Costa para o posto.
Fonte: Coluna do Ricardo Setti, da Veja.com
Um comentário:
Pois é, ouvi agorinha mesmo, o deputado falar mal da PF. Mas não gostaram quando foi com os outros partidos? Porque, justo êles, com um telhado de vidro tão grande, falam da Polícia Federal?
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