Por Sérgio Oliveira
Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico particular desenvolvido por pessoas que são vítimas de sequestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu captor ou de conquistar a simpatia do sequestrador.
A síndrome recebe seu nome em referência ao famoso assalto de Norrmalmstorg do Kreditbanken em Norrmalmstorg, Estocolmo, que durou de 23 de agosto a 28 de agosto de 1973. Nesse acontecimento, as vítimas continuavam a defender seus captores mesmo depois dos seis dias de prisão física terem terminado e mostraram um comportamento reticente nos processos judiciais que se seguiram. Duas das vítimas se casaram com os sequestradores após o término do processo. O termo foi cunhado pelo criminólogo e psicólogo Nils Bejerot, que ajudou a polícia durante o assalto, e se referiu à síndrome durante uma reportagem. Ele foi então adaptado por muitos psicólogos no mundo todo.
O PDT representa o trabalhismo, cuja origem é o antigo PTB, criado por Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola e muitos outros.
Já o PT foi criado para destruir o trabalhismo, tendo Lula sido inflado para ser o anti-Brizola, numa maquinação de Golbery do Couto e Silva, o mago do regime militar.
Lula, em 21 de setembro de 1977, numa entrevista à revista Isto É: "Não temos compromisso com ninguém, com esquerda, direita ou centro. Só com a classe trabalhadora. No passado, a classe trabalhadora foi usada pelo Partido Trabalhista Brasileiro, e farei de tudo para evitar que seja novamente usada".
Na Carta de Princípios do PT, de 01.05.1979 em dois parágrafos, que não transcrevo aqui pois o texto ficaria extenso, o trabalhismo era questionado, detonado; na época Brizola ainda não tinha perdido a sigla e estava reorganizando o PTB.
O ex-deputado Sinval Boaventura, em entrevista ao Jornal Opção, de Goiânia, de outubro de 1995, ante a pergunta "É verdadeira a história de uma reunião na casa do então deputado Simões da Cunha, na qual a deputada Ivete Vargas (PTB) teria contado que saíra de um encontro com o general Golbery e este revelou que ia projetar o sindicalista Lula para ser o anti-Brizola?", respondeu: "A Ivete Vargas disse que tinha estado com o ministro Golbery, na chácara dele, e que ele dissera que precisava trazer o Brizola para o Brasil porque ele estava se tornando um mito muito forte fora do país. Que era melhor ele voltar e disputar eleição, porque assim perderia o prestígio político. Fui ao Golbery e ele confirmou a conversa com Ivete. Explicou que sua estratégia era estimular a imprensa para projetar o Luiz Inácio da Silva, o Lula, um grande líder metalúrgico de São Paulo como uma liderança inteligente e expressiva, para ser preparado como o anti-Brizola". Sou testemunha dessa tese do general Golbery.
O marido de Ivete Vargas, Paulo Martins, trabalhava com Golbery, conforme abaixo:
"O ex-deputado Helio Duque, num artigo intitulado "Um testemunho", a determinada altura escreveu: "Leonel Brizola preparou-se para reorganizar o PTB, mas foi vitimado por Golbery que, autoritariamente, entregou, via Justiça Eleitoral, a sigla à deputada Ivete Vargas, cujo marido, Paulo Martins, trabalhava para o "bruxo". Diante do golpe, Brizola cria o PDT."
A primeira certeza a tarefa confiada ao ex-líder metalúrgico de São Bernardo (de ser o anti-Brizola) Brizola teve pouco depois de voltar do exílio. Alguns deputados da esquerda do MDB articularam uma visita de Brizola a Lula, lá no sindicado, no início dos anos 80.
Segundo seu parceiro Cibilis Viana, que participou da visita, Lula deixou Brizola chocado e muito amargurado. Ao recebê-lo em sua sala, o presidente do Sindicato sequer levantou-se da cadeira para abraçá-lo. Aquilo já foi uma ducha de água fria.
Lula recebeu-o secamente e, para azedar o encontro, passou a desancar o antigo sindicalismo, que "era controlado por pelegos do PTB". A coisa ficou feia quando ele, que já devia ter tomado alguma, começou a falar mal do presidente Vargas, ensejando um bate-boca que só não foi mais inflamado devido a providencial intervenção da turma do deixa disso. Mas nessa hora, o líder trabalhista interrompeu a conversa e foi embora sem maiores formalidades.
Isto não impediu que Brizola, com espírito de grandeza, apoiasse o Lula depois, tendo sido até seu vice, engolindo o sapo barbudo, embora tenha sido humilhado, pois a maioria dos candidatos do PT não colocou em suas propagandas o nome dele.
Mario Garnero escreveu, entre outras coisas, no seu livro "Jogo Duro": "É uma preocupação justificável, pois o grande líder da esquerda brasileira costuma se esquecer, por exemplo, de que esteve recebendo lições de sindicalismo da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos, ali por 1972, 1973, como vim a saber lá, um dia. Na universidade americana, até hoje, todos se lembram de um certo Lula com enorme carinho".
E muito mais se poderia dizer, demonstrando que o PT surgiu para terminar com o trabalhismo; por isto não compreendo o PDT em governos do PT; ao passar a participar dos mesmos, os pedetistas se apaixonam pelo PT, tal como as mulheres do assalto citado no início, ficando acometidos, desta forma, da Síndrome de Estocolmo.
* Sérgio Oliveira é tesoureiro do PDT de Charqueadas-RS
A síndrome recebe seu nome em referência ao famoso assalto de Norrmalmstorg do Kreditbanken em Norrmalmstorg, Estocolmo, que durou de 23 de agosto a 28 de agosto de 1973. Nesse acontecimento, as vítimas continuavam a defender seus captores mesmo depois dos seis dias de prisão física terem terminado e mostraram um comportamento reticente nos processos judiciais que se seguiram. Duas das vítimas se casaram com os sequestradores após o término do processo. O termo foi cunhado pelo criminólogo e psicólogo Nils Bejerot, que ajudou a polícia durante o assalto, e se referiu à síndrome durante uma reportagem. Ele foi então adaptado por muitos psicólogos no mundo todo.
O PDT representa o trabalhismo, cuja origem é o antigo PTB, criado por Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola e muitos outros.
Já o PT foi criado para destruir o trabalhismo, tendo Lula sido inflado para ser o anti-Brizola, numa maquinação de Golbery do Couto e Silva, o mago do regime militar.
Lula, em 21 de setembro de 1977, numa entrevista à revista Isto É: "Não temos compromisso com ninguém, com esquerda, direita ou centro. Só com a classe trabalhadora. No passado, a classe trabalhadora foi usada pelo Partido Trabalhista Brasileiro, e farei de tudo para evitar que seja novamente usada".
Na Carta de Princípios do PT, de 01.05.1979 em dois parágrafos, que não transcrevo aqui pois o texto ficaria extenso, o trabalhismo era questionado, detonado; na época Brizola ainda não tinha perdido a sigla e estava reorganizando o PTB.
O ex-deputado Sinval Boaventura, em entrevista ao Jornal Opção, de Goiânia, de outubro de 1995, ante a pergunta "É verdadeira a história de uma reunião na casa do então deputado Simões da Cunha, na qual a deputada Ivete Vargas (PTB) teria contado que saíra de um encontro com o general Golbery e este revelou que ia projetar o sindicalista Lula para ser o anti-Brizola?", respondeu: "A Ivete Vargas disse que tinha estado com o ministro Golbery, na chácara dele, e que ele dissera que precisava trazer o Brizola para o Brasil porque ele estava se tornando um mito muito forte fora do país. Que era melhor ele voltar e disputar eleição, porque assim perderia o prestígio político. Fui ao Golbery e ele confirmou a conversa com Ivete. Explicou que sua estratégia era estimular a imprensa para projetar o Luiz Inácio da Silva, o Lula, um grande líder metalúrgico de São Paulo como uma liderança inteligente e expressiva, para ser preparado como o anti-Brizola". Sou testemunha dessa tese do general Golbery.
O marido de Ivete Vargas, Paulo Martins, trabalhava com Golbery, conforme abaixo:
"O ex-deputado Helio Duque, num artigo intitulado "Um testemunho", a determinada altura escreveu: "Leonel Brizola preparou-se para reorganizar o PTB, mas foi vitimado por Golbery que, autoritariamente, entregou, via Justiça Eleitoral, a sigla à deputada Ivete Vargas, cujo marido, Paulo Martins, trabalhava para o "bruxo". Diante do golpe, Brizola cria o PDT."
A primeira certeza a tarefa confiada ao ex-líder metalúrgico de São Bernardo (de ser o anti-Brizola) Brizola teve pouco depois de voltar do exílio. Alguns deputados da esquerda do MDB articularam uma visita de Brizola a Lula, lá no sindicado, no início dos anos 80.
Segundo seu parceiro Cibilis Viana, que participou da visita, Lula deixou Brizola chocado e muito amargurado. Ao recebê-lo em sua sala, o presidente do Sindicato sequer levantou-se da cadeira para abraçá-lo. Aquilo já foi uma ducha de água fria.
Lula recebeu-o secamente e, para azedar o encontro, passou a desancar o antigo sindicalismo, que "era controlado por pelegos do PTB". A coisa ficou feia quando ele, que já devia ter tomado alguma, começou a falar mal do presidente Vargas, ensejando um bate-boca que só não foi mais inflamado devido a providencial intervenção da turma do deixa disso. Mas nessa hora, o líder trabalhista interrompeu a conversa e foi embora sem maiores formalidades.
Isto não impediu que Brizola, com espírito de grandeza, apoiasse o Lula depois, tendo sido até seu vice, engolindo o sapo barbudo, embora tenha sido humilhado, pois a maioria dos candidatos do PT não colocou em suas propagandas o nome dele.
Mario Garnero escreveu, entre outras coisas, no seu livro "Jogo Duro": "É uma preocupação justificável, pois o grande líder da esquerda brasileira costuma se esquecer, por exemplo, de que esteve recebendo lições de sindicalismo da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos, ali por 1972, 1973, como vim a saber lá, um dia. Na universidade americana, até hoje, todos se lembram de um certo Lula com enorme carinho".
E muito mais se poderia dizer, demonstrando que o PT surgiu para terminar com o trabalhismo; por isto não compreendo o PDT em governos do PT; ao passar a participar dos mesmos, os pedetistas se apaixonam pelo PT, tal como as mulheres do assalto citado no início, ficando acometidos, desta forma, da Síndrome de Estocolmo.
* Sérgio Oliveira é tesoureiro do PDT de Charqueadas-RS

2 comentários:
Sérgio, também não entendo uma aliança dessas e prá ser honesta, nem aquela "aliança" de Brizola com Lula...Lula é um blefe, prá ser curta e grossa. Só mesmo a ignorância, sua aliada, prá fazer grande parte dos brasileiros, seus eleitores.
Realmente, Mariana; eu, mesmo sendo do PDT, não votei no Lula quando o Brizola foi vice dele.
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