Divulgação
O público feirense só tem até esta quinta-feira, 3, às 15h40, 17h30, 19h20 e 21h10, no Orient Cineplace, para assistir à comédia dramática "Polaróides Urbanas", estréia na direção de Miguel Falabella. Eis aí um filme brasileiro que surpreende, que merece ser visto.
Estranho que somente foi visto, entre 29 de fevereiro e 30 de março, por tão somente 56.759 espectadores no país. Em se tratando de realização com a participação da Globo Filmes, com atores globais no elenco, realmente é estranho que "Polaróides Urbanas" não tenha atraído mais gente ao cinema.
É uma adaptação cinematográfica da peça "Como Encher um Biquíni Selvagem", do próprio Falabella. A apresentação é com "A Força do Destino", ópera de Verdi, e o filme abre e fecha com a encenação da peça clássica, "Édipo Rei", de Sófocles, com Arlete Sales interpretando a atriz Lise Delamare que faz Antígona no palco. Na platéia, Magali (Marília Pera), uma dona de casa de classe média que desaprendeu a sonhar. A partir daí a vida dessas mulheres - e de outras - se cruzam no Rio de Janeiro.
Em "Polaróides Urbanas", as mulheres estão à beira de um ataque de nervos. É certo que Falabella visita o cineasta espanhol Pedro Almodóvar. Estão na tela dramas existenciais da vida urbana contemporânea. O filme trata de neuroses, colapsos, pânicos, paranóias, síndromes. Também egoísmo, indiferença, ambição, sonhos, solidão, fama. Até a violência é pontuada. Também, o suicídio. O humor do filme é direto e os personagens são tipos comuns, que se identificam com o espectador.
O cinema brasileiro, que é muito criticado neste Blog Demais, está presente com um filme bem simpático, que tem roteiro enxuto. Vale a ida ao cinema - em dia de meia entrada para todos, por R$ 4,50.
Um comentário:
Caro jornalista,
Também me surpreendi com o filme, pelo roteiro enxuto e bem amarrado, coisa rara no cinema brasileiro. Uma pena que o público não tenha sido atraído, mesmo com os globais da produção.
Postar um comentário