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terça-feira, 14 de julho de 2015

"A causa de Israel tem raízes que vão além da segurança"

Por Jeff Jacoby
Houve agitação e revolta quando a nova vice-ministra do Exterior de Israel fez seu discurso de posse[1] para o corpo diplomático do Estado judeu.
"Precisamos voltar à verdade básica de nosso direito a esta terra", disse Tzipi Hotovely, que está dirigindo as operações do dia-a-dia do Ministério do Exterior, enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu detém o título de ministro do Exterior. "A terra de Israel pertence ao povo judeu", declarou ela, "e a reivindicação que ele faz dessa terra é tão antiga quanto a Bíblia".[2] "É importante dizer isto e não enfocar somente os interesses da segurança de Israel. Logicamente que a segurança é uma preocupação profunda", observou Hotovely, "mas os argumentos baseados na justiça, na moralidade e nos direitos históricos profundos são mais fortes". Ela até mesmo citou o sábio judeu medieval Rashi, que escreveu que o Gênesis tem início com a criação do mundo por Deus para impedir subseqüentes acusações de que a reivindicação dos judeus à terra seja sem mérito.
Desnecessário dizer que a mensagem de Hotovely foi desdenhada pela esquerda como sendo de fanatismo primitivo. "As observações feitas por ela levantaram sobrancelhas entre muitos da platéia", relatou o jornal israelense Haaretz. Um diplomata disse que seus colegas "estavam em estado de choque" pela sugestão de que deveriam recitar a Torá quando defendessem Israel no exterior.
A diplomacia não é aula de Bíblia. Entretanto, por que Israel e seus enviados deveriam deixar de fazer uma defesa completa dos direitos judeus ao que sempre foi a pátria judaica? Embora o sionismo moderno não tenha surgido como um movimento político até os anos 1800, a terra de Israel sempre esteve no âmago da consciência nacional dos judeus. Mesmo durante os 19 séculos de exílio, a vida dos judeus em Israel (chamada de "Palestina" pelos romanos) jamais cessou. Em todos esses anos, nenhum outro povo reivindicou a terra como seu país, ou edificou-a para ser sua Nação-Estado.
A soberania judaica não foi recuperada por subestimar os laços históricos e religiosos que ligam os judeus àquela terra. Líderes mundiais e formadores de opinião não consideraram aquelas ligações com desdém paternalista; pelo contrário: muitos acharam-nas intensamente significativas.
Em 1891, alarmados por relatos de judeus sendo massacrados na Rússia, centenas de proeminentes americanos assinaram uma petição,[3] pressionando pelo restabelecimento do governo judeu na [então] Palestina. "De acordo com a distribuição das nações feita por Deus, é a terra deles, uma posse inalienável da qual foram expulsos à força", declarava a petição, dentre cujas assinaturas estavam a do ministro da Justiça dos Estados Unidos, do presidente da Câmara dos Representantes, do futuro presidente William McKinley, de inúmeros influentes industriais, banqueiros, educadores e jornalistas. (Um dos que a assinaram foi Charles H. Taylor, o primeiro editor do Boston Globe).
Vinte e cinco anos mais tarde, quando a Grã-Bretanha notavelmente se comprometeu "ao estabelecimento de uma nação para o povo judeu na Palestina", seus motivos não foram somente estratégicos e pragmáticos, mas religiosos. O primeiro-ministro, David Lloyd George, e o secretário de Política Estrangeira, Arthur Balfour, falaram emocionadamente sobre a história judaica.[4] "Eu seria capaz de falar-lhes sobre todos os reis de Israel", disse Lloyd George, relembrando seus anos de escola, "mas duvido que conseguisse dar-lhes o nome de meia dúzia dos reis da Inglaterra".
O presidente Woodrow Wilson, cujo pai era pastor presbiteriano, também endossou a causa sionista. "Pensar que eu", exclamou ele mais tarde, "o filho do pastor, seria capaz de ajudar a restaurar a Terra Santa ao seu povo!". Ainda mais encantado com o reavivamento do governo judeu na pátria judaica estava Harry Truman, cujo estudo da Bíblia durante toda a sua vida fortaleceu suas convicções de que os judeus tinham direito histórico legítimo à Palestina.[5]
Os laços judeus imemoriais com a terra estão até mesmo enraizados na lei internacional. Quando a Liga das Nações estabeleceu os termos do Mandato da Palestina[6] em 1922, ela reconheceu unanimemente "a conexão histórica do povo judeu com a Palestina" e a justiça de "reconstituir sua terra natal naquele país". Era essencial, escreveu Winston Churchill naquela época,[7] enfatizar que os judeus estavam "na Palestina por direito e não por concessão", e que a pátria judaica ali "fosse formalmente reconhecida por estar baseada em antiga conexão histórica".
Israel não tem ganhado nada com sua indisposição de afirmar vigorosamente a reivindicação dos judeus à terra como questão de justiça histórica e de legitimidade bíblica. Esse posicionamento só tem tornado mais fácil para seus inimigos promoverem uma narrativa falsa da "agressão sionista" e da "ocupação ilegal". As palavras de Hotovely podem ter "levantado sobrancelhas" ao exortar os diplomatas de Israel a enfocarem os direitos e a história judaicos sem pedirem desculpas, mas o histórico é claro: estes são os argumentos que têm sempre produzido maior impacto.
Repetindo: A diplomacia não é aula de Bíblia. Mas a defesa mais forte em favor de Israel tem raízes que vão além da segurança. Mesmo hoje em dia, de acordo com o Pew Research Center,[8] 44% dos adultos americanos - e 55% dos cristãos americanos - acreditam que os judeus têm o direito à terra de Israel porque ela lhes foi dada por Deus. Uma superstição retrógrada? Pelo contrário. Os laços da nação judaica com sua pátria são um elemento contínuo e estável da história humana, e um bem que Israel subestima, levando a nação a correr riscos. (Jeff Jacoby -www.bostonglobe.com)
Notas:
Jeff Jacoby é pós-graduado com destaque pela Universidade George Washington e pela Escola de Direito da Universidade de Boston. Seu pai, um sobrevivente do Holocausto, nasceu na atual Eslováquia em 1925, e veio para os Estados Unidos em 1948. A coluna de opinião de Jacoby tem sido publicada no Boston Globe desde 1994.
Publicado na revista Notícias de Israel - www.beth-shalom.com.br.

Fonte: "Mídia Sem Máscara"

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