Em Feira de Santana, no Cine Íris, em dezembro de 1964, a visão - foi o número 381 no caderno de filmes e dando importância agora - do drama de aventura e romance "As Aventuras de Antar e Abla" (Mughamarat Anta Wa Abla), de Salah Abou Seif, 1948. Trata-se de um filme egípcio, que no Festival de Cannes de 1949 recebeu indicação para o Grande Prêmio de Melhor Diretor.
Na ação, o cavaleiro e poeta Antar (Seraj Munir) luta por seu amor, Abla (Kouka Ibrahim). A obra é cheia de poesia e sensibilidade mesmo com clichês do melodrama e do cinema de ação.
Tratando sobre o mito popular de Antar, Salah Abou Seif, considerado o mais destacado cineasta egípcio depois de Youssef Chahine (seu irmão mais novo), retrata um árabe que, de espada na mão, arrebata o direito à existência livre e proclama que a unidade e resistência são condições de vitória. Antar entra em conflito com os bizantinos, denunciando o estado da sociedade árabe no ano de 1948. Antar defende a união reforçada dos clãs de Hejaz contra os objetivos hegemônicos dos estrangeiros europeus.
O filme marca uma nova etapa na carreira de Abou Seif, pois antes ele era conhecido por filmes sentimentais. Em "Antar", ele dá uma nova dimensão histórica e política ao seu trabalho.
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