No livro “A Arte do Silêncio em Feira de Santana”, organizado por Dimas Oliveira e lançado no dia 13 deste mês de maio, com versão no formato e-book Kindle em venda no site da Amazon a inserção do artigo "Lembranças do Cine-Teatro Santana" - foi uma das cinquenta mãos que escreveram para a publicação -, originalmente escrito para o livro "Feira de Sant'Anna: Histórias e Estórias dos Séculos XIX e XX", que o Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana (IHGFS) lançou em 26 de novembro de 2015.
No artigo, trechos do historiador Antonio Moreira Ferreira, Antonio do Lajedinho, que faleceu na quinta-feira, 27, sobre a casa de espetáculos.
"(...) Tendo na frente uma porta larga que servia de entrada para a sala de espera, mais duas portas de frente, para saída, e duas bilheterias entre as portas. Ainda na frente existiam três janelas na parte alta, no mezanino, que, com advento do cinema, foram fechadas as laterais e transformadas em seteiras. A central onde foi instalada máquina de projeção. (...) A parte interna era mobiliada com cadeiras, tendo uma divisão na parte próxima do palco."
Os espetáculos musicais
ficavam a cargo das filarmônicas locais - Euterpe Feirense e 25 de Março e
Vitória - que faziam sarais, além cantores de fora que
animavam a noite das elites feirenses com diversos ritmos. A poetisa e musicista
Georgina Erismann, criadora do Hino à Feira, por várias vezes se apresentou no
espaço. Em 1919, quando da passagem do Circo Belga pela cidade, foi realizada
uma exibição da trupe belga Leb Alberts e "seus cães sábios".
Antonio do Lajedinho diz mais que a plateia se entusiasmava com as exibições dos filmes: "a rapaziada fazia questão de ocupar as gerais, porque ali todos aplaudiam batendo o acento da cadeira e gritando a cada castigo que o mocinho aplicava no bandido."
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