Por Antonio Pereira da Cruz Neto - Professor de Literatura
Recebi com muita alegria e satisfação, o convite para tratar um pouco sobre a nossa querida e tão maltratada Feira de Santana.
É estarrecedor quando nos deparamos com demolições
do patrimônio cultural e social das cidades. As autoridades competentes, os
proprietários e muitos moradores dessas cidades, quase nada fazem para evitar
esses abusos.
E, nossa cidade, Feira de Santana, é um grande exemplo disso. Muitos casarões,
prédios públicos e, inclusive, algumas praças da cidade, desapareceram ou foram
transformados em escombros e algumas dessas construções sofrem grandes transformações
e acabam perdendo, completamente, as suas características originais e,
consequentemente, suas referências histórico-culturais.
Felizmente, ainda existem e por muito e muito tempo
existirão pessoas preocupadas em manter, na memória afetiva, lembranças muito
boas da cidade. Pessoas, como o jornalista e memorialista Dimas Oliveira,
que com seu trabalho primoroso, de "garimpagem", nos presenteia com
imagens e textos brilhantemente escritos nos anos 20 do século passado, no
jornal literário "A Flor", a respeito de filmes focalizados em
lugares onde a sociedade feirense se deleitava, ao assistir grandes filmes de
então, na época do cinema mudo, principalmente no Theatro Sant’Anna, assim como
no desconhecido Cine Elite.
Resta-nos, agora, ler e nos deliciar com esses "achados" maravilhosos, que vêm à tona, graças ao resgate promovido pelo Núcleo de Preservação da Memória Feirense Rollie E. Poppino.
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