Com sete anos de idade, comecei a
assistir filmes. Como mantenho até hoje a prática de fazer cadernos de filmes,
posso lembrar que o 19º filme visto, então com 10 anos de idade, em 1958, no
Cine Íris, uma das quatro salas de cinema existentes na época em Feira de
Santana - as outras eram Madrid, Plaza e Santanópólis - foi "A Morte Ronda
o Espetáculo" (Ring of Fear), de James Edward Grant, 1954.
Trata-se de um drama de mistério passado em um circo (de Clyde Beatty, que faz seu próprio papel de dono). Na
ação, um maníaco homicida (Sean McClory) se integra ao ambiente do circo e
provoca uma série de acidentes para arruinar o espetáculo. É quando é chamado
um escritor policial (o autor de romances policiais Mickey Spillane como um
detetive) para solucionar o caso, que tem como alvo uma bela trapezista (Marian
Carr).
Tenho o filme em minha coleção de DVD. Foi lançado pela
Paramount, com o nome de "O Circo do Medo". Com o exemplar em mão, a descoberta de que foi produzido por John Wayne para a sua
Batjac Production Company. Que além de James Edward Grant, também roteirista,
William A. Wellman foi co-diretor. Que o ator Paul Fix foi um dos roteiristas.
O escritor Mickey Spillane (09.03.1918-17.07.2006) criou o personagem Mike
Hammer (de filmes como "A Morte Num Beijo" (Kiss Me Deadly), de
Robert Aldrich, 1954, com Ralph Meeker).
Em "Marty", de 1955, que ganhou o Oscar de Melhor Filme, Melhor Ator (Ernest Borgnine), Melhor Diretor (Delbert Mann) e Melhor Roteiro (Paddy Chayefsky, em uma cena de Marty (Borgnine) caminhando com Clara (Betsy Blair) no Bronx, em Nova York, aparece o poster de "Ring of Fear" na frente de um cinema.
Interessante que na mesma época, antes
de "A Morte Ronda o Espetáculo", a assistência de outros dois filmes
sobre a temática circense: "Trapézio" (Trapeze), de Carol Reed, 1956,
com Burt Lancaster, Tony Curtis e Gina Lolobrigida, filme que inaugurou reforma
com CinemaScope no Íris, em 1958; e "A Tragédia Conduz o Espetáculo",
de C. Borghezio, 1955.
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