Foi tudo uma encenação
patética: apresentado como "homem-bomba", o potencial "explosivo" do ex-diretor
da Petrobras Paulo Roberto Costa mais se assemelhou a um "traque", trouxinha
inofensiva utilizada por crianças nos festejos juninos do Nordeste. O
ex-diretor entrou mudo e saiu calado da CPMI, proporcionando alívio em boa
parte do plenário, onde estavam alguns suspeitos do Petrolão dos governos Lula
e Dilma.
Blindagem
Tropa de
choque do Planalto estava pronta para "blindar" o governo, caso o delator
jogasse a roubalheira da Petrobras no ventilador.
Operação abafa
Envolvidos
até o pescoço, parlamentares do PT e PMDB atuaram para impedir tentativa da
oposição de ouvir o ex-diretor em reunião secreta.
Olho do furacão
Com vários
dirigentes citados na delação premiada de Paulo Roberto Costa, o PP não deu as
caras ontem na CPMI da Petrobras.
Juntos contra um
Deputado do
PDT, aliado de Dilma, Ênio Bacci (RS) seguiu exemplo do senador Gim Argello
(PTB-DF) e votou com a oposição na CPMI.
Efeito trator
O Planalto
mobilizou ontem parlamentares do PDT, PR e PCdoB, que nem sequer integram a
CPMI, para lotar o plenário e ajudar o PT e o PMDB a "melar" o depoimento do
ex-diretor corrupto da Petrobras.
Fonte: Cláudio Humberto
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