Por Robson Bonin, na VEJA.com:
A edição de VEJA desta semana revelou um esquema milionário de desvio de verbas de programas sociais para campanhas do Partido dos Trabalhadores na Bahia. De 2004 a 2010, valendo-se de uma organização não governamental fundada por militantes, o PT conseguia desviar recursos de administrações petistas diretamente para o caixa dois eleitoral de campanha. Em entrevista à revista, a presidente do Instituto Brasil, Dalva Sele Paiva, entregou uma lista de políticos e dirigentes petistas que se locupletavam da verba desviada inclusive do Fundo de Combate à Pobreza na Bahia. Além de deputados federais, deputados estaduais, secretários do governo Jaques Wagner (PT) e até integrantes do governo Dilma Rousseff, Dalva Sele aponta o vice-líder do PT no Senado, Walter Pinheiro, como um dos principais beneficiários do esquema. Segundo ela, parte da campanha de Pinheiro para prefeito de Salvador, em 2008, foi financiada com dinheiro sujo.
A edição de VEJA desta semana revelou um esquema milionário de desvio de verbas de programas sociais para campanhas do Partido dos Trabalhadores na Bahia. De 2004 a 2010, valendo-se de uma organização não governamental fundada por militantes, o PT conseguia desviar recursos de administrações petistas diretamente para o caixa dois eleitoral de campanha. Em entrevista à revista, a presidente do Instituto Brasil, Dalva Sele Paiva, entregou uma lista de políticos e dirigentes petistas que se locupletavam da verba desviada inclusive do Fundo de Combate à Pobreza na Bahia. Além de deputados federais, deputados estaduais, secretários do governo Jaques Wagner (PT) e até integrantes do governo Dilma Rousseff, Dalva Sele aponta o vice-líder do PT no Senado, Walter Pinheiro, como um dos principais beneficiários do esquema. Segundo ela, parte da campanha de Pinheiro para prefeito de Salvador, em 2008, foi financiada com dinheiro sujo.
Confrontado por VEJA sobre as declarações de Dalva
Sele, o senador contou sua versão da história em dois telefonemas. Na primeira
ligação, Walter Pinheiro admite ter recebido ajuda de Dalva Sele na campanha,
mas nega ter feito caixa dois. Depois, no segundo telefonema, ele envolveu seu
próprio partido. Ao reconhecer a montagem do esquema, o senador condenou o PT
por tê-lo atirado num clássico esquema de caixa dois eleitoral: "Essa mulher
(Dalva) pertencia às correntes do PT, as mesmas correntes que nacionalmente
viviam se estapeando comigo por causa do negócio do mensalão. Ela não veio para
a minha campanha pelas minhas mãos, ela veio a partir das relações delas dentro
do PT."
As duas entrevistas concedidas por Walter Pinheiro
foram gravadas. A primeira foi registrada na reportagem de VEJA que está nas
bancas. A segunda foi publicada no site de VEJA. Ao ser questionado por suas
declarações o senador resolveu voltar atrás nas suas palavras. Nota de sua
assessoria diz: "A matéria foi uma interpretação do repórter da revista,
publicada fora do contexto do diálogo estabelecido, e parcialmente reproduzido
por este site. Em nenhum momento, Pinheiro culpa o partido, mas uma 'pessoa se
dizendo ser do PT'", diz Pinheiro em nota distribuída à imprensa. Ouça os
trechos da entrevista em que Walter Pinheiro responsabiliza o PT pelo caixa
dois eleitoral na Bahia.
Para ouvir a gravação, clique aqui
Por Reinaldo Azevedo
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