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terça-feira, 23 de setembro de 2014

"Dalva Sele Paiva, uma mulher bem relacionada"


Autora da denúncia que apimentou a reta final da campanha pelo governo do estado, Dalva Sele Paiva (Foto: Reprodução) está longe de ser uma ilustre  desconhecida dos políticos da esquerda baiana, como alega grande parte dos atingidos pelas acusações. Moradora de um edifício luxuoso no Horto Florestal, área Classe A da capital baiana, a presidente do Instituto Brasil era velha habitué das rodas da "esquerda boêmia". A  expressão se refere ao grupo de intelectuais e militantes do PT e do PCdoB baiano que frequentam os redutos mais festejados do Rio Vermelho. 
Também era presença constante nos camarotes e eventos das promoters mais badaladas do estado. “A antiga residência dela na Cardeal da Silva era point da turma do PT. Eu mesmo fui a algumas festas lá. Tinha deputados, que a tratavam como amiga. O apartamento dela na Waldemar Falcão (rua chique do Horto) também vivia cheio com essa turma”, conta um amigo antigo de Dalva, que prefere se manter no anonimato.
As ligações entre Dalva e os luminares da esquerda baiana é bem anterior ao que sugerem os políticos atingidos hoje acusados por ela. É tanto que, antes dos tentáculos do Instituto Brasil chegarem ao governo do estado, a ong gerida por Dalva já obtinha contratos generosos com prefeituras comandadas  diretamente pelo PT ou por políticos de partidos que pertenciam à base aliada.

Entre 2005 e 2008, segundo informa o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o Instituto Brasil recebeu R$ 28,6 milhões de quatro prefeituras de municípios baianos: Paulo Afonso, gerida por Raimundo Caires (PSB), Madre de Deus, governada por Nita Oliveira (PMDB) e Camaçari e Lauro de Freitas,  comandadas, respectivamente, pelos petistas Luiz Caetano e Moema Gramacho. Todos os convênios haviam sido objeto de ação no MP ou condenação do TCM.
Descrita como boa praça e elegante, sempre teve acesso à high society da capital. Também é conhecida por ajudar artistas, tendo inclusive namorado o forrozeiro Del Feliz. "Ela sempre foi uma pessoa rica, fina e generosa. O PT agora vira as costas para ela, mas se aproveitou muito de sua abertura, de seus contatos", conta outro amigo de longa data de Dalva Sele.
(Com informações do "Correio da Bahia")

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