Em entrevista ao "Jornal Nacional",
da Rede Globo, na segunda-feira, 18, a presidente-candidata Dilma Rousseff
lançou mão do mais puro dilmês: frases longas e confusas, engatadas umas nas
outras. Por mais de uma vez, ela insistiu em concluir suas
longas explanações: "Só um pouquinho, Bonner", dizia.
Dilma ultrapassou em quase 50 segundos o tempo de 15
minutos destinado a ela. Mas desta vez o dilmês pode
ter jogado a seu favor. Numa sala do Palácio da Alvorada, e não nos
estúdios da Rede Globo, os entrevistadores - além de Bonner, Patricia Poeta - só conseguiram lhe fazer quatro perguntas.
Se da entrevista não resultou nenhum slogan de campanha, ela tampouco será lembrada por uma frase negativa, com o reconhecimento de um erro ou malfeito. Diante das interpelações mais duras, Dilma se escondeu atrás de sua barragem de frases.
Na primeira pergunta, William Bonner tratou dos muitos escândalos do governo petista e perguntou se era difícil escolher pessoas honestas para preencher os cargos do governo.
A presidente não respondeu diretamente: optou por tratar das instâncias de combate à corrupção. "Nós fomos o governo que mais estruturou os mecanismos de combate à corrupção, a irregularidades e malfeitos", disse ela, que também minimizou os escândalos. "Nem todas as denúncias de escândalo resultaram em realmente a constatação que a pessoa tinha de ser punida e seria condenada".
A petista também se escudou convenientemente no cargo e foi evasiva quando o apoio do PT aos mensaleiros condenados por corrupção pelo Supremo Tribunal Federal foi colocado em pauta: "Eu não vou tomar nenhuma posição que me coloque em confronto, conflito, ou aceitando ou não (sic). Eu respeito a decisão da Suprema Corte brasileira. Isso não é uma questão subjetiva".
Em seguida, Dilma afirmou que a troca de César Borges por Paulo Sérgio Passos no Ministério dos Transportes - uma exigência do PR, envolvido em casos de corrupção na própria pasta, para apoiar a reeleição da petista - foi feita com base na integridade do nome indicado pela sigla. "Os partidos podem fazer exigências. Mas eu só aceito quando considero que ambos são pessoas íntegras e não só integras, são competentes", afirmou.
Quando o assunto foi economia, a tática foi a mesma: William Bonner perguntou se o governo não havia errado em nenhum momento na reação à crise internacional.
A resposta foi o discurso-padrão apresentado pela presidente nos últimos meses: "Nós enfrentamos a crise pela primeira vez no Brasil não desempregando, não arrochando salário, não aumentando tributos e sem demitir", disse ela.
Em um dos poucos momentos significativos da entrevista, a presidente acabou admitindo que a saúde não está em padrões minimamente razoáveis: "Não acho", disse ela, antes de desandar a falar sobre o Mais Médicos, uma das bandeiras de sua campanha.
Já com o tempo estourado, Dilma ainda tentou pegar carona na comoção que tomou o país com a morte do candidato do PSB, Eduardo Campos, cuja frase final no "Jornal Nacional" - "Não vamos desistir do Brasil" - virou lema do PSB. "Eu acredito no Brasil", disse Dilma, que foi interrompida uma última vez enquanto tentava pedir votos aos eleitores.
Fonte: Site da "Veja"
Se da entrevista não resultou nenhum slogan de campanha, ela tampouco será lembrada por uma frase negativa, com o reconhecimento de um erro ou malfeito. Diante das interpelações mais duras, Dilma se escondeu atrás de sua barragem de frases.
Na primeira pergunta, William Bonner tratou dos muitos escândalos do governo petista e perguntou se era difícil escolher pessoas honestas para preencher os cargos do governo.
A presidente não respondeu diretamente: optou por tratar das instâncias de combate à corrupção. "Nós fomos o governo que mais estruturou os mecanismos de combate à corrupção, a irregularidades e malfeitos", disse ela, que também minimizou os escândalos. "Nem todas as denúncias de escândalo resultaram em realmente a constatação que a pessoa tinha de ser punida e seria condenada".
A petista também se escudou convenientemente no cargo e foi evasiva quando o apoio do PT aos mensaleiros condenados por corrupção pelo Supremo Tribunal Federal foi colocado em pauta: "Eu não vou tomar nenhuma posição que me coloque em confronto, conflito, ou aceitando ou não (sic). Eu respeito a decisão da Suprema Corte brasileira. Isso não é uma questão subjetiva".
Em seguida, Dilma afirmou que a troca de César Borges por Paulo Sérgio Passos no Ministério dos Transportes - uma exigência do PR, envolvido em casos de corrupção na própria pasta, para apoiar a reeleição da petista - foi feita com base na integridade do nome indicado pela sigla. "Os partidos podem fazer exigências. Mas eu só aceito quando considero que ambos são pessoas íntegras e não só integras, são competentes", afirmou.
Quando o assunto foi economia, a tática foi a mesma: William Bonner perguntou se o governo não havia errado em nenhum momento na reação à crise internacional.
A resposta foi o discurso-padrão apresentado pela presidente nos últimos meses: "Nós enfrentamos a crise pela primeira vez no Brasil não desempregando, não arrochando salário, não aumentando tributos e sem demitir", disse ela.
Em um dos poucos momentos significativos da entrevista, a presidente acabou admitindo que a saúde não está em padrões minimamente razoáveis: "Não acho", disse ela, antes de desandar a falar sobre o Mais Médicos, uma das bandeiras de sua campanha.
Já com o tempo estourado, Dilma ainda tentou pegar carona na comoção que tomou o país com a morte do candidato do PSB, Eduardo Campos, cuja frase final no "Jornal Nacional" - "Não vamos desistir do Brasil" - virou lema do PSB. "Eu acredito no Brasil", disse Dilma, que foi interrompida uma última vez enquanto tentava pedir votos aos eleitores.
Fonte: Site da "Veja"
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