Por Reinaldo Azevedo
Já afirmei aqui uma 300 vezes - mais? - que não me deixo
patrulhar. Podem se esgoelar à vontade. Se há quem ache que é manchete um
e-mail que relata um suposto encontro e que denuncia fatos que comprovadamente
não aconteceram, fazer o quê? Ou estamos diante de uma questão
político-ideológica ou de uma concepção muito particular de jornalismo. Não é a
minha. E a minha não põe em risco a reputação alheia só para demonstrar que sou "isento". Quem se deixa patrulhar dessa maneira já perdeu a isenção faz tempo.
Leiam o post anterior. Se o acordo entre a Siemens e a CAF tivesse ao menos
acontecido, vá lá… Mas nem assim se teria um indício razoável de que José Serra
o tivesse sugerido. Ocorre que nem isso houve. Nada! Parece-me que até o site
do PT teria mais cuidado. Mas isso é o de menos agora.
Este blog apurou que partiu da matriz alemã da Siemens a ordem
para que se fizessem mundo afora os tais "acordos de leniência" - ou seus
correspondentes nos vários países onde pesavam suspeitas contra a empresa.
Atenção! A Siemens tem contratos bilionários, nas mais diversas
áreas, com o governo federal, chefiado pelo PT. Isso tudo ainda virá a público,
estou certo. Pergunto: quer dizer que, com os petistas, nunca se fez nada de
errado? Como se trata de um partido comprovadamente ético, que não se mete em
sujeira, não havia o que denunciar nessa relação? Será que a empresa alemã não
relatou ao Cade nada de especioso na relação com o governo federal?
"Ah, então você está justificando…" Não estou justificando nada!
Continuo a pedir cadeia para os canalhas, tenham que coloração partidária for.
O que não é aceitável é um órgão federal vazar documentos selecionados para a
imprensa que comprometem não exatamente figuras do partido adversário, mas o
partido inteiro - e sem que os acusados tenham acesso ao processo porque, ora
vejam, "corre em sigilo"? Qual sigilo?
Uma coisa são os eventuais crimes cometidos - e que se punam os
responsáveis. Quem advoga impunidade para os seus são os petistas. Outra,
diferente, é transformar a investigação numa conspirata política, o que é coisa
de estados policiais. Como eu não me deixo patrulhar por essa gente que vive de
dinheiro público, seja a Mídia Ninja, seja o JEG, escrevo o que acho que tem de
ser escrito. A cada vez que eles me acusam de não ser isento, fica para mim
mais claro que estou no caminho certo. À diferença de uns aí, não quero que
eles gostem de mim nem acho que podem ser meus juízes. Eles vivem de dinheiro
público; eu não!
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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