(…)
quarta-feira, 3 de abril de 2013
"Comissão veta a entrada de baderneiros. É isso! Democracia se faz com tolerância e respeito à lei. Ou: O baguncismo permitido por Henrique Eduardo Alves"
Por Reinaldo Azevedo
A Comissão de Direitos
Humanos e Minorias da Câmara tomou a decisão correta: seguindo a lei, impediu a
entrada dos baderneiros na sala. A única coisa errada com a medida é que
deveria ter sido adotada mais cedo. "Ah, olhem o Reinaldo querendo impedir a
entrada do povo…" Povo uma pinoia!!!. Até porque, na tarde de uma
quarta-feira gorda, o povo está trabalhando. Quem tem tempo para rasgar a
Constituição e o Regimento da Câmara não é povo, mas baderna organizada. Alguém
paga as contas dessa gente? Qual é a fonte pagadora?
É bom que as pessoas se
interessem pelo trabalho dos parlamentares. A democracia deve lhes franquear o
acesso. Mas a democracia que permite que seus próprios fundamentos sejam
solapados democracia não é.
Reportagem
da VEJA.com já provou que funcionários lotados em gabinetes da Câmara,
especialmente do PT e do Psol, participam das manifestações. Vale dizer: o
deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Casa, tolera o
baguncismo; permite que o trabalho de pessoas legitimamente eleitas por
milhares de brasileiros seja obstado por funcionários pagos com dinheiro público.
Para impedir uma comissão de funcionar, bastam 10 pessoas berrando. Alves quer
ser visto como um "progressista"; está interessado em lavar a sua reputação na
lavanderia das patrulhas ideológicas, de minorias e do jornalismo. Se, amanhã,
os bacanas decidirem promover o sacrifício de virgens, ele vai aderir à prática
de maneira entusiasmada.
Leiam o que informam Gabriel
Castro e Marcela Mattos, na VEJA.com:
A Comissão de Direitos
Humanos da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira um requerimento para
que os manifestantes continuem impedidos de entrar no local das próximas reuniões.
O acesso será restrito a funcionários da Casa e jornalistas. Como
contrapartida, as sessões serão transmitidas em telões em outros pontos da Câmara.
Além disso, os manifestantes serão procurados para decidir se aceitam enviar ao
menos um representante às reuniões.
A decisão foi tomada por
iniciativa do presidente da comissão, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), e
teve o consentimento de todos os presentes. "Não há ninguém que lamente mais do
que eu. Falo isso com o coração sangrando. Mas eu preciso trabalhar. A Casa tem
cobrado dessa comissão trabalho", disse Feliciano, que tem sido alvo de
protestos por declarações consideradas discriminatórias contra homossexuais e
negros.
O deputado João Campos
(PSDB-GO), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, classificou os
manifestantes de "baderneiros, anarquistas, desrespeitosos, intolerantes e
preconceituosos". Ele também pediu que a Comissão solicitasse à Polícia
Legislativa a identificação dos manifestantes, por causa da informação de que
muitos funcionários da Câmara participam dos atos quando deveriam estar
trabalhando.
Marco Feliciano disse que o
levantamento já foi requerido e que alguns assessores já foram identificados.
Na semana passada, VEJA mostrou como funcionários ligados ao PT, ao Psol e ao
PV fazem parte das manifestações.
Nas semanas anteriores,
quando a presença dos militantes foi tolerada no plenário, a fala de
parlamentares acabou interrompida diversas vezes pelos protestos. Nesta
quarta-feira, pela primeira vez, os manifestantes foram barrados desde o início
da sessão. Eles permaneceram do lado de fora, gritando palavras de ordem.
Alguns evangélicos também compareceram, e o clima entre os dois grupos se
acirrou por diversas vezes. Um apoiador de Feliciano chegou a ser detido pela
Polícia Legislativa após tentar agredir um militante contrário ao deputado.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário