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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Vereadores denunciam suspeitas de crimes eleitorais à Polícia Federal em Feira de Santana


Uma comissão de vereadores, designada pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Antônio Francisco Neto (PDT), o Ribeiro, esteve na segunda-feira, 24, no posto da Polícia Federal em Feira de Santana.
Segundo o presidente da Casa, o objetivo da visita era apresentar a um delegado denúncias formuladas pelo vereador Marialvo Barreto (PT) de possíveis irregularidades por parte de candidatos nas eleições deste ano no município.
A audiência não foi possível na segunda-feira, o que deveria ocorrer nesta terça-feira, 25, conforme agendado. O funcionário que recebeu a comitiva da Câmara solicitou que as denúncias sejam formalizadas.
"Não apenas o vereador Marialvo, mas outros colegas têm reclamado de determinados procedimentos nessas eleições. Queremos que a Polícia Federal possa investigar essas suspeitas, para que o processo transcorra dentro da normalidade", disse Ribeiro.
Marialvo recebeu informações acerca da troca de votos por cesta básica e de campanha eleitoral em repartições públicas, entre outros problemas relacionados ao pleito de 7 de outubro.
Justiniano envia ao MP gravação comprometedora envolvendo político feirense
Um pronunciamento de teor suspeito, feito por político provavelmente local, supostamente feito a assessores, foi encaminhado pelo vereador Justiniano França (Foto), do Democratas, ao Ministério Público em Feira de Santana.
Por enquanto, não é revelado nome, nem cargo público do protagonista. Mas se trata de um político detentor de mandato. Justiniano diz que tem gravação em áudio das declarações. Na Tribuna da Câmara, ele fez a leitura de alguns trechos.
Segundo a transcrição, o político teria dado a seguinte declaração, entre outras: "Eu não posso bancar orelha seca. Se você não botar todo mês um dinheirinho pra fazer essas coisas, aniversário de dom Itamar, Dia das Mulheres, Dia do Amigo, botar mil reais, né. Se não botar todo mês, no outro dia o pau come. É assim".
Diz que "deve ter seis pessoas, ou no máximo oito pessoas fazendo repasse; deve ter 55 pessoas na folha".  E completa: "O político tem as indicações de pessoas, lá. Pessoas que confio".
Em seguida, afirma o político: "Só eu gasto por mês, lá, quatro mil, cinco mil... todo dia. Todo mês é assim". E acrescenta: "É cinco mil reais do GTE. Tem que pagar a metade. Você pega cinco mil; se você pega dois, você paga três e divide por 12".
O político faria referência a remuneração dos supostos assessores: "Você tem um salário que você tem que pegar, não existe ninguém ganhando isto no Brasil. Só aqui dentro. Eu sou cavalo? Sou. Não sou nenhum santinho, não. Tenho meus defeitos. Agora tenho que dar alegação a todo mundo? Não".
O político faz alusão também a "deputado que chega 11 da manhã, vem aqui de manhã uma vez ou duas vezes, recebe as pessoas à tarde, faz uma malinha de dinheiro e leva pra campanha".
Justiniano promete "nestes dias" dizer "de quem é essa voz". Garante possuir uma gravação. "Chegou na minha casa, debaixo da porta". O vereador do Democratas prevê que o material vai fazer "um estardalhaço nesta cidade, nesta Bahia".
O democrata encaminhará o conteúdo também para a Assembleia Legislativa, "porque aqui cita deputado". E arremata: "Quero ver o santinho agora dizer que não é a voz dele".
Ele acredita que, com a denúncia, corre "até risco, de vida ou de morte". Mas ele revela que tem CDs (com a gravação do depoimento) espalhados pela cidade. "Se uma unha do meu pé cair, foi esta pessoa".

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