"O branco e a paz no breu das tocas!"

Por Jorge Magalhães

O branco é a soma de todas as cores ou, dito de outra forma, contem dentro de si todas as demais cores existentes, transmitindo sensações de assepsia, calma, serenidade e, para além das reações sensoriais da matéria propriamente dita, nos transmite a paz espiritual que tanto procuramos em nossa egotrip.

Reconhecido pelo temperamento despótico, perseguidor e vingativo, Tarcízio Pimenta e a sua "Carreata da Paz" são exemplos de como a paz e a cor branca podem ser manipuladas e conspurcadas por governos tirânicos e patrocinadores de injustiças sociais das mais cruéis e abomináveis, como o registro de demissões sumárias de pais e mãe de famílias que dependem do salário mínimo para sobreviver, durante o seu governo

As ordens iniciáticas, brâmanes e druídas usavam a cor branca exteriorizada em suas insígnias, vestuário e estandartes. Na umbanda, a cor não segue a um preceito específico, e atende ao seguro e inequívoco conhecimento da entidade que teve a missão de anunciá-la: Salve o Caboclo das Sete Encruzilhadas!!!

Ao Seu tempo e ao tempo da Sua Missão, o próprio Jesus Cristo fez uso de túnicas de tecido branco nas perigrinações e pregações. Nas guerras, ante a superioridade bélica do inimigo e das perdas humanas por ele perpetradas, outra alternativa não resta ao front combalido a não ser desfraudar uma bandeira branca como sinal de rendição, evitando, de pronto, o aumento de novas baixas.

Revestido num dos maiores símbolos da história da Humanidade, a cor branca nos sugere ainda unidade e fraternidade e, não à toa, tanto é usada no islamismo e religiões de matrizes africanas, quanto por ordens religiosas orientais.

Mohandas Karamchand Gandhi, o "Mahatma Gandhi", que depois de Jesus Cristo é considerado o espírito mais elevado que esteve entre nós, fundador e defensor ardente da Satyagraha (princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto), também fez uso em larga escala da cor branca e instigou as mulheres indianas a produzir os khadis - roupas predominantemente brancas - em suas casas, em protesto contra o monopólio da indústria têxtil dos colonizadores ingleses.

Mas há, entre os homens, aqueles que se valem da cor branca para, lobos vestidos em pele de cordeiro, malbaratar a essência primordial e toda a simbologia mítica contida nesta mensagem para ludibriar os sentimentos puros e inatos dos seus semelhantes.

Estes são os pseudos crentes, fariseus, meros charlatões e detratores dos sentimentos alheios, sempre sequiosos em extrair proveitos sazonais de certas e determinadas ocasiões.

Fonte: "Etc & Tal News"