Por
Reinaldo Azevedo
Santo
Deus!
A
Carta Capital, Mino Carta e aquela gente asquerosa da Internet financiada por
dinheiro público, desta feita, exageraram na farsa. A revista conferiu ares de
coisa séria a uma lista obviamente falsa, que traz nomes de pessoas que teriam
recebido dinheiro do chamado "mensalão de Minas". O bandido que fez o trabalho
sujo tentou conferir verossimilhança à picaretagem incluindo até o nome de um
petista. E escolheu o senador Delcídio Amaral (MS), que é do partido, mas não
pertence, digamos, ao núcleo da sigla envolvida com a sujeira dos mensaleiros.
Na verdade, ele presidiu a CPMI do Correios, e muita gente do seu partido
considera que não agiu direito: teria sido imparcial demais…
Como
sabem, um dos acusados de ter recebido dinheiro é ninguém menos do que Gilmar
Mendes, hoje ministro do STF. O "documento" é datado de 28 de março de 1999.
Junto ao nome de Mendes, aparece a sigla "AGU" (Advocacia Geral da União). É
coisa de bandido, sim, mas de bandido vagabundo. Nem teve a preocupação de
fazer uma pesquisa no Google. Mendes só foi nomeado para a AGU em janeiro de
2000. Em março de 1999, era subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil.
É mais
um esforço da bandidagem para tirar o ministro do julgamento do mensalão. Já
haviam tentado passar essa sujeira para a imprensa séria. Ninguém deu crédito,
claro! Mino não teve dúvida: transformou a farsa em capa de revista e ainda
escreveu um daqueles editoriais furibundos a respeito. E os blogs sujos
completaram o serviço. E, vocês sabem, "serviço compreto é mais caro"…
Pois
bem. Delcídio, o senador petista, divulgou uma nota, reproduzida no site do
Senado. Denuncia a farsa e acusa o óbvio: tentativa canhestra de interferir no
julgamento do mensalão. Como se vê, o esquema não perdoa ninguém. Até gente do
próprio partido pode cair na rede de difamação caso não se comporte
direitinho….
Leiam
a nota do senador petista:
Em
relação à matéria publicada na edição 708 da revista Carta Capital, onde meu
nome é levianamente citado como suposto beneficiário de pagamentos efetuados há
14 anos, em Minas Gerais, esclareço, indignado, o seguinte:
1 - A
reportagem se baseia em "documento" de um suposto esquema de caixa 2 que teria
ocorrido na campanha eleitoral de 1998, época em que eu não desenvolvia nenhuma
atividade político-partidária, nem em Minas Gerais nem em qualquer outro lugar
do país. Disputei o primeiro cargo público em 2002, quando, com muito orgulho,
me tornei o primeiro senador eleito pelo Partido dos Trabalhadores em Mato
Grosso do Sul.
2 - Se
essa "suposta" lista fosse verdadeira, seguramente teria sido utilizada durante
a CPMI dos Correios, até para desqualificar os seus integrantes. O próprio
advogado do acusado a quem a revista atribui a elaboração do abominável
documento nega, com veemência, que seu cliente seja o responsável pelo mesmo,
atribuindo sua autoria a um conhecido psicopata e estelionatário, recorrente em
fraudes diversas em Minas Gerais, que já foi preso e continua respondendo
criminalmente por esses mesmos motivos.
3 -
Orgulha-me, e não poderia ser diferente, a imparcialidade, a isenção, o
equilíbrio e a serenidade que Deus me concedeu para presidir a CPMI dos Correios,
fato que incomodou e, ao que parece, ainda incomoda, muita gente em diferentes
pontos do país.
4 - É
estranho - ou talvez não - que a reportagem seja publicada justamente às
vésperas do julgamento do "mensalão" pelo Supremo Tribunal Federal, o que, para
mim, demonstra o inequívoco propósito diversionista de suas intenções,
subestimando a inteligência do povo brasileiro.
5 - Aos
patrocinadores desse malfadado "documento", que lembram a famigerada "Lista de
Furnas", outra desastrada trama engendrada por quem tenta confundir a opinião
pública em benefício próprio, deixo um conselho: se os fatos apurados pela CPMI
dos Correios lhes açoitam, tomem banho de sal grosso!
6 -
Estou tomando as providências jurídicas que o caso requer, não só em relação
aos autores dos "documentos" e também à revista, mas, eventualmente, às suas
indevidas repercussões.
Campo
Grande (MS) , 28 de julho de 2012Delcídio do Amaral Senador (PT/MS)
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
Um comentário:
Essa canalha é fogo!
Hoje, até o nome de um grande senador do DEM,
potiguar, tentaram enlamear, só não conseguindo, porque todos conhecemos o político sério que é êle. Até acabar o julgamento do mensalão, cada político honesto que se cuide, se for da oposição.
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