O dia em que Feira de Santana parou

Tarde e noite de quinta-feira, 2, e a cidade de Feira de Santana com um aspecto quase pós-apocalíptico. Não foi o fim do mundo, não houve tsunami nem terremoto. Um gás de pimenta pegou todos desprevenidos? Avenidas, becos, praças, ruas e travessas vazias, lojas fechadas. Shopping, bares e restaurantes fechados. As pessoas de bem e que prezam pela família têm medo. Estão presas dentro de casa. Só faltaram luzes apagadas nas ruas. O silêncio é fúnebre, quebrado por tiros. A cidade está vazia. Parece cenário de filme de ficção científica - ou de terror. "O semáforo sorteia o verde e o apresenta, carro algum se disponibiliza a avançar", como diz poema. Letreiros luminosos oferecem produtos. Talvez sejam consumidos através de saque, às claras ou às escuras, pois o convite ao crime está feito. Será que amanhã o cenário será o mesmo de hoje? Ou mais um dia de medo e intranqüilidade. A certeza é de que nada se sabe sobre o vazio imposto em Feira de Santana. Para o governo petista nada demais está acontecendo. Nada sabe sobre Feira de Santana vazia.