Deu no "Blob Reinaldo Azevedo":
ÍNDIO DA COSTA SOBRE DILMA: “QUEM NÃO TEM VIVÊNCIA POLÍTICA NÃO TEM EXPERIÊNCIA COM O CONTRADITÓRIO”
O Estadão deste domingo traz uma entrevista de Índio da Costa (DEM), vice na chapa encabeçada pelo tucano José Serra. Leiam trechos. Volto em seguida:
(…)
Sua experiência o credencia para ser vice de Serra?
Estou no meu quarto mandato parlamentar, fui secretário de Administração e presidente do Fórum Nacional dos secretários. Quando adotei os sistemas gerenciais na Prefeitura do Rio, as prefeituras do PT copiaram pelo Brasil. Tenho experiência administrativa, política e eleitoral muito maior que a da Dilma.
O sr. não está subestimando a experiência dela no ministério, à frente da Casa Civil?
Se é experiente, porque ela não abre a boca, então? Porque não debate, não participa? A Dilma é um boneco. É uma candidata que vai ficar calada até o final. Ela não está com coragem de participar de nenhum debate porque não tem consistência. Até hoje ela não apareceu em nenhum debate com Serra e, pelo que estão dizendo na campanha do PT, não aparecerá.
Mas o presidente Lula tem 80% de popularidade e diz que a preparou para lhe suceder.
O Lula não preparou a Dilma para nada. Ele está usando a Dilma para continuar no poder com o PT. O povo precisa saber que, nesse cenário, o Lula volta para casa e os mensaleiros do PT permanecem todos no governo, do lado da Dilma e mandando nela. Lula tem ascendência sobre o PT, mas é o PT que tem ascendência sobre ela. O Lula enfrentou quatro eleições até vencer e amadureceu muito. A Dilma, se é que foi síndica, nunca foi vereadora nem foi deputada. Quem não tem vivência política não tem experiência com o contraditório.
Mas ela é apresentada como a coordenadora de um governo aprovado pela opinião pública.
O Lula é muito preparado politicamente e o povo aprova o Lula, mas o governo coordenado pela Dilma é muito ruim. Basta ver a dificuldade que se tem para acessar os serviços públicos, as filas nos hospitais, a má qualidade da educação. Além disso, a máquina inchou e o custo dela é muito mais alto do que deveria ser.
Mas o povo gosta. Para mais de 70% o governo é bom e ótimo.
Na hora que você pergunta ao povo como funcionam a saúde, a educação, o resultado é diferente. E é aí que está a chave para a gente ganhar a eleição. Mostrar que o Lula está bem avaliado e o governo tem a força do nome dele, mas não oferece bons serviços quando se fala em hospital, nas escolas, no transporte. As bolsas são muito boas, mas é preciso oferecer oportunidade para que o beneficiário do Bolsa-Família possa se qualificar, ganhar dinheiro e sair para uma vida melhor, em vez de ficar dependendo do Estado. Isso é necessário até para que o Estado possa ajudar outras pessoas que também estão precisando.
O sr. se sente preparado para eventualmente substituir Serra, que a todo instante exalta seu perfil de administrador experiente?
Além de ser um excelente professor, o Serra tem uma tremenda estrutura. Há quase 50 anos ele monta equipes, e boas equipes. Se o Serra for ficar um mês na China, continuará como se estivesse sentado na cadeira de presidente, igualzinho. Vai despachar por telefone, por e-mail e não vai ter nem problema de fuso horário. Aqui
Comento
Há uma coisa um tanto curiosa em setores da imprensa: a tentativa de caracterizá-lo como um jovem inexperiente e bonitão. Bonito, vá lá, é questão de gosto. Uma coisa é certa: não é bobo. E tem se saído muito bem nas entrevistas. De resto, sua experiência política é menos curta do que parece. Tem, por exemplo, mais intimidade com as urnas do que Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência. Não deixa de ser curioso que poucos se interessem em saber o que pensa Michel Temer (PMDB), vice da petista. Afinal, ele deve pensar alguma coisa, não é mesmo? Se silêncio fosse, por si mesmo, uma virtude, Temer seria o nosso Gautama…
Se o interesse da imprensa pelo vice se dá em razão da possibilidade de ele substituir o titular, a ordem dos fatos - sobre a qual se silencia no Brasil porque se confunde responsabilidade da imprensa com decoro de salão - indica que a chance de isso acontecer é maior caso a eleita seja Dilma. Isso nada tem a ver com torcida ou afinidades eletivas: trata-se de uma evidência informada pela história. Apontá-lo nada tem de deselegante ou cruel; trata-se apenas de uma questão republicana.
O Estadão deste domingo traz uma entrevista de Índio da Costa (DEM), vice na chapa encabeçada pelo tucano José Serra. Leiam trechos. Volto em seguida:
(…)
Sua experiência o credencia para ser vice de Serra?
Estou no meu quarto mandato parlamentar, fui secretário de Administração e presidente do Fórum Nacional dos secretários. Quando adotei os sistemas gerenciais na Prefeitura do Rio, as prefeituras do PT copiaram pelo Brasil. Tenho experiência administrativa, política e eleitoral muito maior que a da Dilma.
O sr. não está subestimando a experiência dela no ministério, à frente da Casa Civil?
Se é experiente, porque ela não abre a boca, então? Porque não debate, não participa? A Dilma é um boneco. É uma candidata que vai ficar calada até o final. Ela não está com coragem de participar de nenhum debate porque não tem consistência. Até hoje ela não apareceu em nenhum debate com Serra e, pelo que estão dizendo na campanha do PT, não aparecerá.
Mas o presidente Lula tem 80% de popularidade e diz que a preparou para lhe suceder.
O Lula não preparou a Dilma para nada. Ele está usando a Dilma para continuar no poder com o PT. O povo precisa saber que, nesse cenário, o Lula volta para casa e os mensaleiros do PT permanecem todos no governo, do lado da Dilma e mandando nela. Lula tem ascendência sobre o PT, mas é o PT que tem ascendência sobre ela. O Lula enfrentou quatro eleições até vencer e amadureceu muito. A Dilma, se é que foi síndica, nunca foi vereadora nem foi deputada. Quem não tem vivência política não tem experiência com o contraditório.
Mas ela é apresentada como a coordenadora de um governo aprovado pela opinião pública.
O Lula é muito preparado politicamente e o povo aprova o Lula, mas o governo coordenado pela Dilma é muito ruim. Basta ver a dificuldade que se tem para acessar os serviços públicos, as filas nos hospitais, a má qualidade da educação. Além disso, a máquina inchou e o custo dela é muito mais alto do que deveria ser.
Mas o povo gosta. Para mais de 70% o governo é bom e ótimo.
Na hora que você pergunta ao povo como funcionam a saúde, a educação, o resultado é diferente. E é aí que está a chave para a gente ganhar a eleição. Mostrar que o Lula está bem avaliado e o governo tem a força do nome dele, mas não oferece bons serviços quando se fala em hospital, nas escolas, no transporte. As bolsas são muito boas, mas é preciso oferecer oportunidade para que o beneficiário do Bolsa-Família possa se qualificar, ganhar dinheiro e sair para uma vida melhor, em vez de ficar dependendo do Estado. Isso é necessário até para que o Estado possa ajudar outras pessoas que também estão precisando.
O sr. se sente preparado para eventualmente substituir Serra, que a todo instante exalta seu perfil de administrador experiente?
Além de ser um excelente professor, o Serra tem uma tremenda estrutura. Há quase 50 anos ele monta equipes, e boas equipes. Se o Serra for ficar um mês na China, continuará como se estivesse sentado na cadeira de presidente, igualzinho. Vai despachar por telefone, por e-mail e não vai ter nem problema de fuso horário. Aqui
Comento
Há uma coisa um tanto curiosa em setores da imprensa: a tentativa de caracterizá-lo como um jovem inexperiente e bonitão. Bonito, vá lá, é questão de gosto. Uma coisa é certa: não é bobo. E tem se saído muito bem nas entrevistas. De resto, sua experiência política é menos curta do que parece. Tem, por exemplo, mais intimidade com as urnas do que Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência. Não deixa de ser curioso que poucos se interessem em saber o que pensa Michel Temer (PMDB), vice da petista. Afinal, ele deve pensar alguma coisa, não é mesmo? Se silêncio fosse, por si mesmo, uma virtude, Temer seria o nosso Gautama…
Se o interesse da imprensa pelo vice se dá em razão da possibilidade de ele substituir o titular, a ordem dos fatos - sobre a qual se silencia no Brasil porque se confunde responsabilidade da imprensa com decoro de salão - indica que a chance de isso acontecer é maior caso a eleita seja Dilma. Isso nada tem a ver com torcida ou afinidades eletivas: trata-se de uma evidência informada pela história. Apontá-lo nada tem de deselegante ou cruel; trata-se apenas de uma questão republicana.
Um comentário:
Índio da Costa foi muito feliz quando disse que por inexperiência política, ela não aceita o contraditório. É verdade, tanto que, qualquer um que contrariar os seus planos, cai em desgraça com ela e sua corja.
Índio da Costa é competente, é esperto e de quebra, bonitão sim, Sr.Reinaldo,rs; e com certeza será muito melhor vice que o tal "cara de mordomo" , que foi escolhido por seu partido apenas prá facilitar as "boquinhas"...e nisto, Índio da Costa realmente é inexperiente.
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