Ex-integrante do PPS em Salvador, Tiago Martins (Foto: Divulgação) enviou carta a Roberto Freire, presidente nacional do Partido Popular Socialista (PPS), com cópia para a Executiva Regional do PPS na Bahia, em que faz um alerta sobre a situação do partido na Bahia.
Eis a íntegra da carta:
Desde as eleições municipais de 2008, venho alertando a Executiva Nacional de que ‘políticos aventureiros’ estavam a desembarcar no PPS de Salvador com o cristalino propósito de, não só conseguir a tão sonhada eleição para Câmara Municipal da capital baiana, mas sobretudo tirar proveito pessoal do cargo que viria a ocupar no Diretório local. Ditos aventureiros jamais tiveram a preferência popular, mas sempre pautaram suas vidas públicas à sombra daqueles parlamentares eleitos democraticamente nos pleitos eletivos, aguardando no entanto a sua oportunidade para alcançar a titularidade de um mandato. Não estamos aqui a “chorar o leite derramado”, pois as eleições de 2008 já se passaram e, pela vontade popular, não foi eleito o velho edil, mas sim renovado o quadro colocando na Câmara Municipal de Salvador o eleito Joceval Rodrigues, que mesmo não sendo priorizado partidariamente, foi o escolhido pelo voto popular para ser o representante do PPS no Legislativo de Salvador.
Não poderia deixar de lembrar que ainda no Primeiro Turno das eleições municipais o presidente municipal do PPS de Salvador, que mesmo tendo herdado a vereança pelo PDT, traiu seu partido por acreditar que poderia garantir sua eleição no PPS, ocupou a maioria do tempo de televisão que pertencia a legenda de forma déspota (inclusive utilizando 100% nos dois primeiros programas). Esse fato já era esperado por alguns companheiros, a exemplo do missionário Charlston Soares, que mesmo tendo sido o mais votado nas eleições de 2004, prevendo essa monopolização solicitou sua desfiliação da legenda. Também vale lembrar que a Profª Dora, que foi a terceira candidata mais votada do PPS à Câmara Federal desistiu de sua candidatura a vereadora por discordar dessas atitudes do edil que acabava de chegar.
Durante o Segundo Turno das eleições, depois de ser derrotado nas urnas, o presidente do PPS em Salvador tentou de todas as formas empurrar o PPS para campanha do deputado Walter Pinheiro (PT), inclusive nos obrigando a, juntamente com outros companheiros, a formar uma dissidência interna para se contrapor a tal absurdo. Mas o que esperar de um velho sexagenário suplente que não tendo sido eleito obteve seu apogeu político quando conseguiu a titularidade do mandato e, com isso, alcançou a liderança do “Bloco Alternativo de Oposição”, que era formado pelo PPS, PT e PCdoB.
O que mais me impressiona é a falta de memória de alguns protagonistas dessa fatídica fase do PPS na Bahia, pois enquanto nacionalmente o PPS caminhava junto ao DEM e PSDB formando o Bloco Democrático Reformista, sendo colocado para todo Brasil como um grupo que não se dobrava aos desmandos do governo do PT e seus aliados, em Salvador o presidente municipal da legenda, além de liderar um bloco formado pelo PT e PCdoB, tentou a todo custo declarar apoio do PPS ao PT no segundo turno das eleições para Prefeitura da terceira maior capital do Brasil.
Senhor presidente, a podridão da política não está apenas nos nocivos atos de corrupção e do roubo desenfreado do erário público; essa podridão também perpassa pela incoerência do discurso e das defesas dos ideais partidários. Não podemos mais admitir que os que ontem “estavam conscientes que iam de encontro à Executiva Nacional”, quando tentaram levar o PPS para apoiar diretamente o PT, venham hoje posar de paladinos da coerência e do nexo político-democrático.
Companheiro Roberto Freire, meus ancestrais paternos são do município de Irará, cidade do grande deputado Fernando Santana, quem através da sua história me despertou o interesse pela política e pelo PPS, mas infelizmente foi o mesmo PPS, que através desses parasitas, travestidos de democratas, me fazem cada vez mais me enojar do sistema político-partidário que aos pouco destróem nosso Brasil.
Mesmo estando desfilado do PPS, desde maio de 2009, quando ficou impossível conviver com aqueles que tentaram de todas as formas me expulsar da legenda pela minha posição contra o apoio do PPS ao PT no segundo turno das eleições municipais de 2008 em Salvador, venho pedir que a Executiva Nacional do PPS venha moralizar a legenda na Bahia, não permitindo que esses desmemoriados lobos da politicagem fiquem a desfilar como símbolo da coerência política.
O atual presidente do Diretório Municipal, pela sua trajetória político-partidária da nossa legenda, não se apresenta em condições de se arvorar como aquele deseje a prevalência do ‘entendimento nacional do partido’, salvo a de ratificar sua rixa com o Diretório Regional para mais uma vez, colher proveito pessoal. Nos tempos atuais, repito, é preciso que a Executiva Nacional esteja bastante atenta para esses ‘socialistas-democratas’ de plantão, sob pena de ver sua ‘bandeira de moralidade e decência’ jogada às traças e marcada pela insensatez de alguns dos seus dirigentes. É mais uma alerta que oportunamente registro.
Saudações democráticas,
Tiago Piñeiro Martins
Ex-vice presidente do PPS em Salvador (2007-2009)
Ex-membro da Executiva Estadual do PPS na Bahia (2006-2008)
Eis a íntegra da carta:
Desde as eleições municipais de 2008, venho alertando a Executiva Nacional de que ‘políticos aventureiros’ estavam a desembarcar no PPS de Salvador com o cristalino propósito de, não só conseguir a tão sonhada eleição para Câmara Municipal da capital baiana, mas sobretudo tirar proveito pessoal do cargo que viria a ocupar no Diretório local. Ditos aventureiros jamais tiveram a preferência popular, mas sempre pautaram suas vidas públicas à sombra daqueles parlamentares eleitos democraticamente nos pleitos eletivos, aguardando no entanto a sua oportunidade para alcançar a titularidade de um mandato. Não estamos aqui a “chorar o leite derramado”, pois as eleições de 2008 já se passaram e, pela vontade popular, não foi eleito o velho edil, mas sim renovado o quadro colocando na Câmara Municipal de Salvador o eleito Joceval Rodrigues, que mesmo não sendo priorizado partidariamente, foi o escolhido pelo voto popular para ser o representante do PPS no Legislativo de Salvador.
Não poderia deixar de lembrar que ainda no Primeiro Turno das eleições municipais o presidente municipal do PPS de Salvador, que mesmo tendo herdado a vereança pelo PDT, traiu seu partido por acreditar que poderia garantir sua eleição no PPS, ocupou a maioria do tempo de televisão que pertencia a legenda de forma déspota (inclusive utilizando 100% nos dois primeiros programas). Esse fato já era esperado por alguns companheiros, a exemplo do missionário Charlston Soares, que mesmo tendo sido o mais votado nas eleições de 2004, prevendo essa monopolização solicitou sua desfiliação da legenda. Também vale lembrar que a Profª Dora, que foi a terceira candidata mais votada do PPS à Câmara Federal desistiu de sua candidatura a vereadora por discordar dessas atitudes do edil que acabava de chegar.
Durante o Segundo Turno das eleições, depois de ser derrotado nas urnas, o presidente do PPS em Salvador tentou de todas as formas empurrar o PPS para campanha do deputado Walter Pinheiro (PT), inclusive nos obrigando a, juntamente com outros companheiros, a formar uma dissidência interna para se contrapor a tal absurdo. Mas o que esperar de um velho sexagenário suplente que não tendo sido eleito obteve seu apogeu político quando conseguiu a titularidade do mandato e, com isso, alcançou a liderança do “Bloco Alternativo de Oposição”, que era formado pelo PPS, PT e PCdoB.
O que mais me impressiona é a falta de memória de alguns protagonistas dessa fatídica fase do PPS na Bahia, pois enquanto nacionalmente o PPS caminhava junto ao DEM e PSDB formando o Bloco Democrático Reformista, sendo colocado para todo Brasil como um grupo que não se dobrava aos desmandos do governo do PT e seus aliados, em Salvador o presidente municipal da legenda, além de liderar um bloco formado pelo PT e PCdoB, tentou a todo custo declarar apoio do PPS ao PT no segundo turno das eleições para Prefeitura da terceira maior capital do Brasil.
Senhor presidente, a podridão da política não está apenas nos nocivos atos de corrupção e do roubo desenfreado do erário público; essa podridão também perpassa pela incoerência do discurso e das defesas dos ideais partidários. Não podemos mais admitir que os que ontem “estavam conscientes que iam de encontro à Executiva Nacional”, quando tentaram levar o PPS para apoiar diretamente o PT, venham hoje posar de paladinos da coerência e do nexo político-democrático.
Companheiro Roberto Freire, meus ancestrais paternos são do município de Irará, cidade do grande deputado Fernando Santana, quem através da sua história me despertou o interesse pela política e pelo PPS, mas infelizmente foi o mesmo PPS, que através desses parasitas, travestidos de democratas, me fazem cada vez mais me enojar do sistema político-partidário que aos pouco destróem nosso Brasil.
Mesmo estando desfilado do PPS, desde maio de 2009, quando ficou impossível conviver com aqueles que tentaram de todas as formas me expulsar da legenda pela minha posição contra o apoio do PPS ao PT no segundo turno das eleições municipais de 2008 em Salvador, venho pedir que a Executiva Nacional do PPS venha moralizar a legenda na Bahia, não permitindo que esses desmemoriados lobos da politicagem fiquem a desfilar como símbolo da coerência política.
O atual presidente do Diretório Municipal, pela sua trajetória político-partidária da nossa legenda, não se apresenta em condições de se arvorar como aquele deseje a prevalência do ‘entendimento nacional do partido’, salvo a de ratificar sua rixa com o Diretório Regional para mais uma vez, colher proveito pessoal. Nos tempos atuais, repito, é preciso que a Executiva Nacional esteja bastante atenta para esses ‘socialistas-democratas’ de plantão, sob pena de ver sua ‘bandeira de moralidade e decência’ jogada às traças e marcada pela insensatez de alguns dos seus dirigentes. É mais uma alerta que oportunamente registro.
Saudações democráticas,
Tiago Piñeiro Martins
Ex-vice presidente do PPS em Salvador (2007-2009)
Ex-membro da Executiva Estadual do PPS na Bahia (2006-2008)
2 comentários:
Valeu, mas será que Roberto Freire ainda precisava ser sinalizado sôbre esta situação? Parece que êle pensa barrar esta aliança, afinal, como ficaria a cabeça da maioria dos eleitores? PPS e Paulo Souto estndo com Serra, não faz sentido o PPS baiano subir em palanque de Geddel ou JW! Gente enrolada, pior, oportunista.
Uma coisa que Geddel me ensinou é aprender a respeitar vontades, não se deve obrigar nada deve-se apresentar propostas aos partidos e pessoas, lógico se forem interessantes os rumos serão definidos de maneira consensual.
Participamos das negociações com Cesar Borges sem ferir o senador e no final saímos vencedores através da postura que tivemos diga-se de passagem exemplar.
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