A Direção Nacional do Partido Popular Socialista
Roberto Freire
Presidente Nacional
Prezado Senhor:
Não pude esconder a minha perplexidade, ao retornar de uma viajem profissional ao exterior e, através dos veículos de comunicação do Estado da Bahia e de ex-companheiros e eleitores, saber que a legenda estaria se desviando, por conveniência de alguns dirigentes deste partido na Bahia, das diretrizes nacional que alerta para que "algumas dessas tratativas (de alianças nos estados), porém, tendem a acoplar o partido aos palanques estaduais da candidata do PT à Presidência da República, o que não pode ser aprovado por direção partidária em nenhuma das suas instâncias".
É importante deixar claro que, a essa altura, em face dos últimos acontecimentos nas eleições municipais de 2008, vivenciamos eu e vários companheiros o dissabor das perseguições efetivadas pela então Direção Regional do PPS na Bahia, quando fui ameaçada de ser expulsa do partido por apoiar o Diretório Municipal de Porto Seguro, que decidiu por maioria absoluta declarar apoio ao então candidato a Prefeitura, Ubaldino Pinto do PMDB, o que culminou com a intervenção e dissolução do diretório local, tendo a Direção Estadual impedido a coligação com o PMDB.
Nessa mesma caminhada, já no segundo turno das eleições na capital, conscientes de que tomaríamos o caminho certo em apoiar a candidatura de oposição ao Governo Lula - PT, conforme recomendação da própria Executiva Nacional e da Bancada do PPS na Câmara Federal, fomos surpreendidos pelo presidente regional, George Gurgel, juntamente com o ex-vereador Virgilio Pacheco, então presidente municipal de Salvador e outros dirigentes, como Miguel Kertzman, que hoje ocupa o cargo de superintendente de Transportes e Transito de Salvador, aos brados e usando a truculência que lhes são peculiares, inclusive sob ameaças de sanções, tentaram nos obrigar a apoiar o deputado Walter Pinheiro, do PT, contra o prefeito João Henrique, do PMDB, na disputa ao Executivo Municipal de Salvador.
Naquela época, que não está tão distante, fui obrigada a me insurgir, juntamente com Aníbal Gordilho do Secretariado Estadual, Tiago Martins - vice-presidente da Municipal de Salvador, Cláudio Fidel e Jorge Coutinho da Executiva Municipal de Salvador, Nivanil Goddoy do Diretório Municipal, dentre tantos outros que já abandonaram o partido indignados com tais posições incoerentes e autoritárias, inclusive quando se referiam ao então ministro Geddel Vieira Lima e a seu irmão Lucio Vieira Lima, atual presidente estadual do PMDB na Bahia, com títulos desabonadores à conduta dos mesmos, ao que reagimos com veemência por não concordar com tais injúrias, nos obrigando a solicitar as nossas saídas do PPS na Bahia, porque praticamos política pura, ética e honesta.
Não consigo enxergar a lógica política da Direção Estadual do partido, representada por George Gurgel, vez que insiste em apoiar o candidato do PMDB, o que diretamente irá reforçar a campanha do PT na Bahia, ou do presidente do PPS de Salvador, Virgilio Pacheco, que teima em impor o apoio ao deputado Luís Bassuma (PV) ao Governo do Estado, consequentemente promovendo a campanha da senadora Marina da Silva, se contrapondo, as duas facções, às exigências do PPS Nacional de caminhar com a candidatura de José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto. Valendo lembrar que o único grupo que se propunha a caminhar com o Bloco Democrático Reformista (PSDB-DEM-PPS), hoje se encontra fora do PPS baiano.
No entanto, mesmo sem ter nada pessoalmente e politicamente contra nenhum dos candidatos ao Governo da Bahia, mas na posição de terceira candidata mais votada do PPS em 2006 para a Câmara Federal, cidadã e eleitora, me sinto no direito de exigir explicações deste partido, para que eu volte a acreditar na seriedade desta instituição partidária que recentemente combateu ferrenhamente o PMDB e hoje apóia a candidatura de Geddel Vieira Lima ao Governo da Bahia, fortalecendo o palanque da candidata à Presidência da República Dilma Rousseff, do PT.
O que é isso, presidente??? Aguardo explicações que possam não apenas me convencer, mas também a todo eleitorado da Bahia!!! O PPS nos deve essa satisfação.
Saudações democráticas,
Maria Auxiliadora Cerqueira - Professora Dora
Roberto Freire
Presidente Nacional
Prezado Senhor:
Não pude esconder a minha perplexidade, ao retornar de uma viajem profissional ao exterior e, através dos veículos de comunicação do Estado da Bahia e de ex-companheiros e eleitores, saber que a legenda estaria se desviando, por conveniência de alguns dirigentes deste partido na Bahia, das diretrizes nacional que alerta para que "algumas dessas tratativas (de alianças nos estados), porém, tendem a acoplar o partido aos palanques estaduais da candidata do PT à Presidência da República, o que não pode ser aprovado por direção partidária em nenhuma das suas instâncias".
É importante deixar claro que, a essa altura, em face dos últimos acontecimentos nas eleições municipais de 2008, vivenciamos eu e vários companheiros o dissabor das perseguições efetivadas pela então Direção Regional do PPS na Bahia, quando fui ameaçada de ser expulsa do partido por apoiar o Diretório Municipal de Porto Seguro, que decidiu por maioria absoluta declarar apoio ao então candidato a Prefeitura, Ubaldino Pinto do PMDB, o que culminou com a intervenção e dissolução do diretório local, tendo a Direção Estadual impedido a coligação com o PMDB.
Nessa mesma caminhada, já no segundo turno das eleições na capital, conscientes de que tomaríamos o caminho certo em apoiar a candidatura de oposição ao Governo Lula - PT, conforme recomendação da própria Executiva Nacional e da Bancada do PPS na Câmara Federal, fomos surpreendidos pelo presidente regional, George Gurgel, juntamente com o ex-vereador Virgilio Pacheco, então presidente municipal de Salvador e outros dirigentes, como Miguel Kertzman, que hoje ocupa o cargo de superintendente de Transportes e Transito de Salvador, aos brados e usando a truculência que lhes são peculiares, inclusive sob ameaças de sanções, tentaram nos obrigar a apoiar o deputado Walter Pinheiro, do PT, contra o prefeito João Henrique, do PMDB, na disputa ao Executivo Municipal de Salvador.
Naquela época, que não está tão distante, fui obrigada a me insurgir, juntamente com Aníbal Gordilho do Secretariado Estadual, Tiago Martins - vice-presidente da Municipal de Salvador, Cláudio Fidel e Jorge Coutinho da Executiva Municipal de Salvador, Nivanil Goddoy do Diretório Municipal, dentre tantos outros que já abandonaram o partido indignados com tais posições incoerentes e autoritárias, inclusive quando se referiam ao então ministro Geddel Vieira Lima e a seu irmão Lucio Vieira Lima, atual presidente estadual do PMDB na Bahia, com títulos desabonadores à conduta dos mesmos, ao que reagimos com veemência por não concordar com tais injúrias, nos obrigando a solicitar as nossas saídas do PPS na Bahia, porque praticamos política pura, ética e honesta.
Não consigo enxergar a lógica política da Direção Estadual do partido, representada por George Gurgel, vez que insiste em apoiar o candidato do PMDB, o que diretamente irá reforçar a campanha do PT na Bahia, ou do presidente do PPS de Salvador, Virgilio Pacheco, que teima em impor o apoio ao deputado Luís Bassuma (PV) ao Governo do Estado, consequentemente promovendo a campanha da senadora Marina da Silva, se contrapondo, as duas facções, às exigências do PPS Nacional de caminhar com a candidatura de José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto. Valendo lembrar que o único grupo que se propunha a caminhar com o Bloco Democrático Reformista (PSDB-DEM-PPS), hoje se encontra fora do PPS baiano.
No entanto, mesmo sem ter nada pessoalmente e politicamente contra nenhum dos candidatos ao Governo da Bahia, mas na posição de terceira candidata mais votada do PPS em 2006 para a Câmara Federal, cidadã e eleitora, me sinto no direito de exigir explicações deste partido, para que eu volte a acreditar na seriedade desta instituição partidária que recentemente combateu ferrenhamente o PMDB e hoje apóia a candidatura de Geddel Vieira Lima ao Governo da Bahia, fortalecendo o palanque da candidata à Presidência da República Dilma Rousseff, do PT.
O que é isso, presidente??? Aguardo explicações que possam não apenas me convencer, mas também a todo eleitorado da Bahia!!! O PPS nos deve essa satisfação.
Saudações democráticas,
Maria Auxiliadora Cerqueira - Professora Dora
4 comentários:
O PPS baiano decidiu por quase unanimidade apoiar Geddel para candidato ao governo. Decisão da militância do partido e não apenas da sua executiva estadual.
Muito triste para o partido de Roberto Freire. Querer se aliar a uma turma dessas, a bem pouco ligada ao PT!!
Mas é ilusão do PMDB, se pensa que conseguirá muito mais votos, por isso, por se aliar a uma paulada de naniquinhos; o tempo de TV igual a JWagner...duas belas drogas!
Dimas, já vimos que nem tudo sai como previsto, matemàticamente falando...o povo não é burro, está vendo toda esta trama.
Geddel com os seus 12% já está dando uma de desesperado que nem Lula! Não adianta, não vai ganhar.
Sabe, Dimas, que 39% dos parlamentares do PMDB está enrolada com processos na justiça(fichas sujas). Cláudio Humberto informou êste dado hoje.
Que o PPS abra os olhos enquanto é tempo!!!
Não existe aquêle dito popular "dize-me com quem andas e te direi quem sóis".
Caro Dimas:
Quero lhe agradecer pelo espaço concedido no seu blog.
Mesmo sem ter nada contra qualquer candidato ao governo da Bahia, me incomoda muito ver o PPS , Meu ex partido , atraves de sua direção local,tomar certas posições que teoricamente vem a contrariar outras praticadas há pouco tempo atrás quando puniu , de forma absurda,a mim e a muitos companheiros, chegando a ameaça-nos de expulsão, por apoiar a reeleição do então então Candidato João Henrique. Tivemos que sair do partido , para não amargarmos uma expulsão . Por incrível que pareça , o Sr. Roberto Freire jamais tomou qualquer posição ou intercedeu para evitar que fatos como esses viessem a ocorrer na cúpula baiana do PPS. Muito estranha essa atitude do Presidente Nacional do PPS.
E a frente aliada de Serra, Paulo Souto, Jutahy? Como será que Freire vai justificar? Sou capaz de pagar pra ver.
Um abraço fraternal.
Professora Dora
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