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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Segunda parte de "Imprensa militante"

Por Cesar Maia

1. A diferença é informar com base no compromisso com os princípios democráticos – igualdade de direitos, a tolerância à diversidade, respeito às diferenças de opinião, acesso a oportunidades de expressão, responsabilidade, transparência na utilização dos recursos públicos, ampla participação – ou a adesão a governos da vez e plataformas partidárias. As experiências de outras democracias mostram que o "jornalismo militante" privilegia a opinião em detrimento dos dados.
2. Em todo o mundo, o jornalismo não é uma ilha, mas parte de complexas redes de informações, políticas e econômicas. A autonomia do jornalismo, tão celebrado da esquerda a direita, na realidade, é difícil.
3. Outra questão sensível é o financiamento do "jornalismo militante". Quem paga pela produção diária de notícias, informação e opinião? Vejamos as opções. A escolha pelo velho jornalismo partidário, em vias de extinção no mundo, vem sendo financiada pelas grandes estruturas políticas.
4. A última década, com acesso gratuito a sites de notícias na Internet, confirma que o público leitor é pouco disposto a pagar mesmo quando lê religiosamente, e depende de certos meios para a sua dieta cotidiana de notícias. Somos um mundo ávido por notícias, mas sem interesse de pagar pelo custo de produção, nem mesmo uma contribuição monetária mínima. Outra possibilidade, atualmente em discussão nos Estados Unidos e algumas democracias europeias, é a filantropia como suporte do jornalismo. Por enquanto, isso não parece viável.
5. As possibilidades restantes são aquelas clássicas que têm sustentado financeiramente a imprensa na América Latina: publicidade, fortunas pessoais e fundos públicos gerenciados pelo governo. Se for a publicidade, como conciliar interesses comerciais com militância política? A publicidade militante? O capitalismo partidário? Se forem as fortunas pessoais, é possível imaginar que os interesses individuais dos magnatas nem sempre coincidam com a mística e a ideologia militante. E as fortunas pessoais investidas nos meios de comunicação são propensas a crises econômicas e acordos políticos pontuais.
Fonte: "Ex-Blog do Cesar Maia"

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