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sábado, 2 de agosto de 2025

Dimas Oliveira faz recorte sobre Olney São Paulo

Palestra no projeto "Cinema no Casarão"





Fotos: Milena Batista e Angelo Pinto

Em sua palestra "Quem Foi Olney São Paulo" no projeto Cinema no Casarão, na noite desta sexta-feira, 1, no Casarão Fróes da Motta, o jornalista e memorialista Dimas Oliveira considerou que Olney São Paulo é a personalidade mais reverenciada e referenciada em Feira de Santana, depois da heroína Maria Quitéria.

Durante cerca de 40 minutos, ele fez um recorte sobre o sertanejo-urbano, jacuipense, feirenser, baiano, carioca e brasileiro, "um artista do mundo". Depois da palestra, a mostra dos filmes "Um Crime na Rua" (1955) e "Como Nasce uma Cidade" (1973), de autoria do homenageado.

Na quinta-feira, 7, data de nascimento de Olney, que se estivesse vivo completaria 89 anos. A data marca o Dia nacional do Documentário Brasileiro, lembrou.

Começou falando do contato pessoal que tinha com Olney, entre 1970 e 1978, durante cerca de oito anos, quando o cineasta vinha do Rio de Janeiro para Feira de Santana dando notícias sobre seus filmes, bem como por meio de cartas que ele escrevia para o jornalista, que atuava nos jornalis "Situação", "Feira Hoje" e "Folha do Norte", sempre dando conta de suas realizações e andanças, até internacionais.

Contou que "Junto com Olney, a visão de vários de seus filmes, inclusive 'Manhã Cinzenta', em sessões clandestinas, com projetores 16mm conseguidos por mim em instituições, em paredes brancas da casa de meus pais e de seus familiares." 

Relatou que em 1973, a ajuda para conseguir exibição de "Como Nasce uma Cidade", realizado para comemorar o centenário de Feira, junto ao Cine Timbira. Primeiro em uma sessão matinal privada com ele, o então prefeito José Falcão, secretários e convidados. Depois, incluindo o filme em programação regular do cinema, durante cerca de uma semana. 

Também que no Clube de Cinema de Feira de Santana, que reativou no início dos anos 70, a exibição de muitos de seus filmes, a exemplo de "O Profeta de Feira de Santana", "Cachoeira, Documento da História", "Teatro Brasileiro I: Origens e Mudanças", "Teatro Brasileiro II: Novas Tendências", "Sob o Ditame de Rude Almagesto: Sinais de Chuva", "O Grito da Terra". Também o filme "Memórias de um Fantoche", do seu filho Ilya São Paulo.

Mais recordação: Depois da morte de Olney, como diretor Executivo da Secretaria de Turismo, Recreação e Cultura, Dimas participou ativamente da promoção de mostra em memória com exibição de seus filmes "Um Crime na Rua" (fragmentos), "Ciganos do Nordeste" e "Pinto Vem Aí", no auditório da Biblioteca Municipal Arnold Silva.

Segundo o memorialista, para o jornal "Feira Hoje" e também para a "Folha do Norte", principalmente, foram entrevistas, matérias e notas produzidas sobre o cineasta. Depois de sua morte, registros sobre Olney para que permanecesse na memória de Feira de Santana.

Foram lembradas as várias homenagens feitas a Olney em Feira de Santana, sendo as mais significativas como nome de premiação, em 1994, do Salão Universitário de Artes Plásticas, do Museu Regional de Arte; espaço chamado Praça Olney São Paulo, na Galeria Carmac; da existência de uma extensa rua com seu nome, que vai do Anel de Contorno até o distrito de Humildes; da Medalha Olney São Paulo, criada pela Câmara Municipal; bem como Olney também denominar a praça de alimentação do Boulevard Shopping.

Ainda o registro de mais dois eventos memorialistas coordenados por ele, "Tributo a Olney São Paulo", um em 7 de agosto de 2009, na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), outro no dia 9 de agosto de 2013, no Centro Comunitário Ederval Fernandes Falcão, homenagens póstumas prestadas "para manter viva na lembrança a obra do cineasta".

Mais eventos da vida de Olney foram desfiados por Dimas Oliveira, incluindo sobre o filme "Manhã Cinzenta", que vinculou Olney ao primeiro sequestro de um avião brasileiro, em 1969, por membros do MR-8. O aparelho foi desviado para Havana, Cuba, e no trajeto seu filme foi exibido à bordo. Ele foi detido, levado para lugar ignoirado, ficando incomunicável por 12 dias e sendo tortudado. Liberado da prisão foi internado com suspeita de pneumonia dupla.

Presenças

Presentes na palestra: Péricles Marques com Amália, ele presidente da Fundação Senhor dos Passos, secretário municipal Carlos Brito, fotógrafo Angelo Pinto, curador do projeto Cinema no Casarão, Doralice Oliveira, pastor Alex Barreto Cosmo, Ademário Filho e fotógrafa Milena Batista, artista plástico Vivaldo Lima e Ana Cristina Sá Teles, Vylan Sá Teles Lima, Neuza de Brito Carneiro e Albérico Moreira, Rita Trabuco, professora Rosemare Lira Miranda, Carlos Passos, Vinícius Lisboa, estudantes Layla Santana, Manuela Ferreira e Poliana Santana.


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