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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Engenheiros experientes

Nesta semana de eleição, vale ler e refletir de novo.
Treze anos depois, o texto continua atual.
Experiência é patrimônio que precisa ser valorizado.
Artigo do engenheiro civil Paulo Cesar Bastos, publicado inicialmente na coluna de Opinião de "O Estado de São Paulo" no dia 24/11/2011.

É notória a necessidade de profissionais para a engenharia em todas as atividades, como de petróleo, de transportes (rodoviária, ferroviária e naval) bem como de edificações.

Anos de recessão levaram à migração dos engenheiros para outras opções.

Agora, com a volta ao desenvolvimento, seria lógico um retorno maior à atividade desses engenheiros experientes e detentores de um conhecimento tecnológico, de um saber que não pode ser adquirido de um dia para uma noite. Isso, parece que não vem acontecendo de uma forma coerente e competente.

Nesta época de retorno ao crescimento,o Brasil não pode continuar perdendo para uma aposentadoria, diga-se \"compulsória a partir dos cinquenta e poucos anos\", muitos profissionais que não conseguiram aplicar uma parcela importante do seu conhecimento.

Experiência e conhecimento são patrimônios e valem muito. Para ilustrar, seguem três rápidos exemplos objetivos de tecnologias e práticas construtivas dominadas por profissionais de mais tempo de estrada:

1. Enfrentar, na Bahia, o super expansivo solo massapê, quase inviável sem um profundo conhecer.

2. Saber projetar e dosar, em São Paulo, camada de base de pavimentos em misturas com solos lateríticos com menores custos que os das britas graduadas.

3. Terraplenar com categoria e economia nas mineiras Alterosas, fazendo cortes seguros e aterros estáveis, sabendo onde e quando utilizar taludes de inclinações mais rigorosas.

Exemplos que valem dinheiro e economia para o contribuinte. É saber fazer mais por menos. É fazer o recurso público render. É a tecnologia junto à capacidade gerando prosperidade.

Posto isso, vale uma reflexão entre as grandes empresas da construção, os órgãos públicos contratantes e os profissionais e selecionadores dos recursos humanos. Algo precisa ser pensado e implementado. É preciso ação, não pode ficar na locução.

Engenheiros experientes, estamos prontos, no aguardo e ao dispor para a atuação como gestores, consultores, profissionais liberais e/ou no quadro fixo funcional, a depender dos níveis e necessidades dos serviços. Assim, esperamos colaborar, avançar e inovar na construção do progresso para um Brasil , sempre, melhor.

Paulo Cesar Bastos nasceu em Feira de Santana. É engenheiro civil pela Escola Politécnica da Ufba, 1973. Profissional com mais de 40 anos de atuação em diversas áreas da engenharia civil.

Faça um contato com o autor: paulocbastos@bol.com.br

2 comentários:

ADARY OLIVEIRA disse...

Paulo Cesar, gostei do seu artigo. Li e arquivei no meu PC. Sou de Ruy Barbosa e pelo seu ano de formatura você deve ter sido meu aluno na Politécnica, na disciplina Química Tecnológica. Abraços

Anônimo disse...

Prezado Prof. Eng. Adary Oliveira. Grato pela gentileza e as considerações do eminente e experiente profissional. Abraços. Paulo Cesar Bastos