Opção de transferência bancária para a Pessoa Física: Dimas Boaventura de Oliveira, Banco do Brasil, agência 4622-1, conta corrente 50.848-9

Clique na imagem

*

*
Clique na logo para ouvir

Pré-venda de ingressos - Orient CinePlace Boulevard

Pré-venda de ingressos - Orient CinePlace Boulevard
28/11 a 04/12: 14 - 16h10 - 18h20 - 20h30 (Dublado)

terça-feira, 30 de junho de 2009

Filme sobre jornalismo

Helen Mirren (a editora), Rachel McAdams (a blogueira) e Russell Crowe (o repórter) em "Intrigas de Estado"
Foto:Divulgação


"Intrigas de Estado" (State of Play), de Kevin MacDonald (o mesmo de "O Último Rei da Escócia") só passou cinco dias em Feira de Santana, até esta terça-feira, 30, no Orient Cineplace.
Um filme que remete a “Todos os Homens do Presidente”, de Alan J. Pakula, 1976, com Robert Redford e Dustin Hoffman, que trata sobre o Watergate, o rumoroso caso político que pelo trabalho investigativo de dois jornalistas, acabou provocando a renúncia do então presidente Richard Nixon. Filme de visão obrigatória nas escolas de jornalismo.
Não foram vistos jornalistas nem estudantes de Comunicação Social assistindo ao filme sobre jornalismo. "Intrigas de Estado" coloca em primeiro plano temas como ética, preservação de fonte, furo de reportagem, conflito de interesses entre editora e repórter. Tantas questões que são vividas na prática das redações.
Também o filme faz crítica contundente ao sensacionalismo e à busca frenética do jornalismo on-line e à falta de responsabilidade de blogs. O que deve prevalecer: o método antigo ou a nova maneira de fazer jornalismo? A informação ágil em um blog ou uma reportagem elaborada de um jornal?
Russell Crowe faz Cal McAffrey, um repórter especial, que apura meticulosamente os fatos. Ele divide uma matéria com a blogueira Della Frye (Rachel McAdams), jornalista jovem e sem experiência - está posta a relação professor e discípula.
"Nunca confie em jornalista e em político, ambos são sanguessugas" é dito no filme. Detalhe precioso é a seqüência dos créditos finais, com edição do jornal ("Washington Globe") sendo impresso, as etapas de todo processo gráfico até aparecer o título de primeira página encerrando o filme.

Início da Liquida Feira com passeata

Ganhador do carro na campanha Liquida Feira 2008, Jorge Calderon
Foto: Divulgação




A oitava edição da campanha Liquida Feira será realizada desta sexta-feira, 3, a 13 de julho. Para marcar o início da maratona de vendas a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), organizadora do evento, realizará uma grande passeata, no centro da cidade, saindo da praça D. Pedro II (conhecida como do Nordestino) às 7h30, seguindo pela avenid Senhor dos Passos até as praças João Pedreira e da Bandeira.
O evento contará com a participação dos funcionários das lojas participantes da campanha e com uma estrutura de animação voltada para atrair a atenção dos consumidores para o começo da temporada de descontos.
A Liquida Feira 2009 será realizada dentro da campanha Liquida Interior, possibilitando que os consumidores participem do sorteio de um carro 0 Km, três caminhões de prêmios, três motos e tres TV’s de 29”, tendo direito a um cupom a cada R$ 35,00 em compras. O sorteio dos prêmios será realizado no dia 24 de julho, em local a ser definido pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas. No ano passado, boa parte dos prêmios foi sorteada para consumidores feirenses, entre eles o carro 0 Km, um caminhão de prêmios e uma moto.
Além de trazer uma multidão de consumidores as lojas, promover alto giro de estoque e gerar empregos, a Liquida Feira permite aos lojistas o parcelamento do ICMS em até quatro vezes. O Governo do Estado publicou no dia 5 de junho a autorização para o parcelamento no Decreto Nº 11.574/09, disponível para leitura no site http://www.cdlfs.com.br/ .
Quarta principal data de vendas do varejo em Feira de Santana, a Liquida envolve todos os setores comerciais e conta com o apoio da Prefeitura Municipal, do Shopping Boulevard, do Governo do Estado e do Sebrae.
(Com informações de Carla Matos, da Assessoria de Comunicação da CDL)

Filmes em Cartaz no Orient Cineplace




Roteiro - Período de 1 a 9 de julho

PRÉ-ESTRÉIA
A PROPOSTA
(The Proposal), de Anne Fletcher, 2009. Com Sandra Bullock, Ryan Reynolds, Mary Steenburgen, Craig T. Nelson e Malin Akerman. Comédia romântica. Uma editora de livros finge um noivado com seu assistente para evitar a deportação para o Canadá, país onde nasceu. Ele concorda em participar da farsa, mas com a condição de que os dois devem ir ao Alasca conhecer a excêntrica família dele. Não recomndado para menores de 12 anos. Duração: 109 minutos. Horário: 21h15 (somente nesta sexta-feira e no sábado). Sala 3 (167 lugares).
LANÇAMENTO MUNDIAL
A ERA DO GELO 3
((Ice Age: Dawn of the Dinossaurs), de Carlos Saldanha e Mike Thurmeier, 2009. Animação. Os mamutes Manny e Ellie estão à espera de seu primeiro filho. A preguiça Sid seqüestra alguns ovos de dinossauro, o que faz com que passe a ter sua própria família adotiva. Só que o roubo faz com que se meta em apuros, obrigando Manny, Ellie e o tigre dentes-de-sabre Diego a entrarem em um mundo subterrâneo para resgatá-lo. De quebra, o esquilo Scrat às voltas com uma noz. Cópia dublada. Classificação: Livre. Duração: 99 minutos. Horários: 13 horas (neste sábado e no domingo), 15 horas, 17h05, 19h10 e 21h15. Sala 4 (264 lugares).
LANÇAMENTO
JEAN CHARLES
(Jean Charles), de Henrique Goldman, 2009. Com Selton Mello, Vanessa Giácomo, Luís Miranda e Sidney Magal. Drama. Jean Charles de Menezes é um eletricista mineiro, que chega a Londres para morar com primo e primas. Em 22 de julho de 2005 ele é morto por agentes do serviço secreto britânico no metrô local, confundido com um terrorista. O fato abala a vida dos primos, que precisam reconstruir a vida ao mesmo tempo em que buscam por justiça. Não recomendado para menores de 14 anos. Duração: 99 minutos. Horários: 13h25 (neste sábado e no domingo), 15h25, 17h25, 19h25 e 21h25 (exceto no sábado e no domingo). Sala 3 (167 lugares).
CONTINUAÇÕES
TRANSFORMERS: A VINGANÇA DOS DERROTADOS
(Transformers: Revenge of the Fallen), de Michael Bay, 2009. Com Shia LaBeouf, Megan Fox, Hugo Wearing, Josh Duhamel e John Turturro. Ação. Os robôs Decepticon são forçados a retornar à Terra com a missão de tornar o jovem Sam Witwicky prisioneiro, uma vez que ele descobriu toda a verdade sobre as origens dos Transformers. Para se juntar à missão e proteger a raça humana está Optimus Prime, que forma uma aliança com exércitos internacionais. Cópia dublada. Em segunda semana. Não recomendado para menores de 10 anos. Duração: 147 minutos. Horários: 15h10, 18h05, e 21 horas. Sala 1 (243 lugares).
A MULHER INVISÍVEL, de Cláudio Torres, 2009. Com Luana Piovani, Selton Mello, Vladimir Brichta, Fernanda Torres, Paulto Betti e Maria Luisa Mendonça. Comédia romântica. Após uma desilusão amorosa, Pedro, um romântico incurável, acredita ter encontrado a mulher ideal: Amanda, sua bela, amiga e dedicada vizinha. Ao mesmo tempo, seu amigo Carlos, pragmático, não acredita em amor e o desencoraja a investir numa relação com uma mulher que ninguém conhece. Mas ele está, definitivamente, apaixonado. E ela é maravilhosa. Pelo menos até Pedro começar a desconfiar de que Amanda não existe. Em quarta semana. Não recomendado para menores de 12 anos. Duração: 105 minutos. Horários: 14h20, 16h30, 18h40 e 20h50. Sala 2 (160 lugares).

ENDEREÇO E TELEFONE
Orient Cineplace - Multiplex do Boulevard Shopping, telefax 3225-3056 e telefone 3610-1515 para saber informações sobre programas e horários.
(Com informações do Departamento de Marketing da Orient Filmes)

Herrar e umanu II

O vírus A-H1N1 foi nominado no blog que anda por baixo de gripe sauína. Em título.

Herrar e umanu

Num texto de cinco linhas - "Além de exibir melhorias no prédio, o presidente Carlito do Peixe encerrou a 1ª etapa do 1º periodo da atual legislatura homenageando ex-vereadores que assumiram o poder executivo, sentando na cadeira de prefeito. Mesmo dando aos eleitos, nomeados, interventores, interinos e até quem usurpor o poder, a mesma dimensão, foi um dia festivo, de muitos reencontros mas também de muitas ausencias." - o blog que anda por baixo comete três erros crassos (grafados em vermelho).

Vereadores que foram prefeitos de Feira de Santana

Abdon Alves de Abreu (1873) - Contrariando o provérbio, perdeu e levou
A história de vida do coronel Abdon Alves de Abreu, feirense nascido em 30 de julho de 1847 e falecido em 26 de outubro de 1914, é uma mistura equilibrada entre a política, o serviço público e a atividade militar. Elegeu-se vereador em 1873, quando Feira de Santana foi elevada à condição de cidade. Foi intendente em situação peculiar, no período de 1908 a 1912. Após perder a disputa eleitoral com o também coronel Bernardino Bahia, usou a influência governamental e tomou posse no cargo no mesmo dia do vencedor. Durante alguns meses os dois governaram o Município até que um acordo negociado pelo Governo do Estado estabeleceu que a gestão fosse dividida. Não se tem conhecimento de obras na gestão do intendente Abdon, que mais tarde viria a denominar a rua principal do bairro Queimadinha. Fora da política, foi comandante da Guarda Nacional, participou das guerras do Paraguai e de Canudos e exerceu várias funções públicas, dentre as quais juiz de paz e suplente de juiz federal.
Almáchio Alves Boaventura (1948 -1951) - O privilégio de estar entre os primeiros
No dia 16 de março de 1948 Almáchio Alves Boaventura, o fundador do “Diário de Notícias” diplomado em Magistério pela Escola Normal Rural - nunca exerceu o ofício de professor - tomava posse como vereador de Feira de Santana pelo PSD. Com expressivos 6.879 votos, ele integrava, a partir de então, a primeira legislatura. Eleito prefeito, governou a cidade de 1951 a 1955. Dentre as suas realizações destacam-se a terraplenagem do primeiro Estádio Municipal, que levou o seu nome, inaugurado em 1953; inauguração da nova sede da Filarmônica Euterpe; emancipação do distrito de Tanquinho; criação do distrito de Jaíba e desapropriação das terras para instalação de novas unidades industriais. Outros registros importantes durante o seu mandato foram a chegada dos frades capuchinhos para Feira de Santana.
Edelvito Campello de Araújo (1948 -1951) - Um advogado na Prefeitura
Nascido em Ubaíra e graduado em Direito pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Edelvito Campello de Araújo veio para Feira de Santana em 1944, para exercer a advocacia. Antes foi delegado especial e diretor da Penitenciária Estadual de Santa Catarina. Foi secretário municipal no governo de João Barbosa de Carvalho, a quem substituiu após sua morte, de 20 de maio a 06 de junho de 1947. Foi eleito vereador pelo PSD na primeira legislatura após a redemocratização do país, ocupando a presidência da Câmara Municipal durante todo o período legislativo de 16 de maio de 1948 a 31 de janeiro de 1951. Foi o primeiro presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Feira de Santana.
Aguinaldo Soares Boaventura (1951 -1955) - Livros, comércio e administração pública
Aguinaldo Soares Boaventura chegou a Feira de Santana aos 10 anos de idade, vindo de Santo Amaro da Purificação. Autodidata, aos 14 anos começou a adquirir livros, chegando a compor um acervo de 10 mil exemplares, que foi doado à Biblioteca Municipal. Construiu a própria formação, tornando-se admirador da cultura grega - seus filhos têm nomes de heróis gregos - e aprendeu a falar fluentemente várias línguas, como Inglês, Francês, Espanhol e Italiano. Com a morte do pai assumiu os negócios da família (comércio de cereais). Na política elegeu-se prefeito após a redemocratização, sendo o primeiro eleito em Feira de Santana, em 1948. Permaneceu no cargo até 1951, período em que beneficiou muito o homem do campo, construindo estradas. Iniciou a construção da BR-324, inaugurou a Rio-Bahia em sua gestão (1950) e deu início à construção da Escola Normal de Feira. Recebeu na cidade o então candidato à Presidência da República, Getúlio Vargas, que visitou Feira em plena campanha política, em 1950. Construiu dois mercados municipais, um em Almas, hoje Anguera e outro em Tanquinho, que na época eram distritos de Feira de Santana, e ambos levam o seu nome. Em 1951, elegeu-se vereador pelo Partido Trabalhista Nacional (PTN).
Francisco Barbosa Caribé (1951 -1955) - Um interventor moderno e extrovertido
“Chiquinho Caribé”. Assim era conhecido o extrovertido comerciante do ramo de tecidos Francisco Barbosa Caribé, construtor da Galeria Caribé, na década de 50, obra do não menos famoso arquiteto Amélio Amorim. Chamava a atenção pelas badaladas festas que promovia, reunindo convidados ilustres, especialmente artistas, lideranças políticas e intelectuais da Bahia e de outros estados brasileiros. Foi presidente do Rotary Club de Feira de Santana (1958-1959). Foi prefeito no período do sistema de interventorias e em 1947 conduziu o processo eleitoral que elegeu o primeiro prefeito depois da redemocratização. Uma de suas realizações foi a pintura da estátua de bronze de Padre Ovídio, na praça que leva o nome do religioso. Foi vereador entre 1951 e 1955.
Francisco José Pinto dos Santos (1951-1955) - O grande líder da democracia
O nome de Francisco José Pinto dos Santos - ou simplesmente Chico Pinto - está associado ao nome de Feira de Santana de forma absoluta. Feirense de nascimento, advogado formado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), foi eleito vereador quando ainda era estudante (1951 a 1955) pelo PSD e ocupou a secretaria da Câmara Municipal durante quatro anos. Na época não havia remuneração, mas ele vinha de Salvador duas vezes por semana, religiosamente, para as sessões. Fez parte da comissão que esteve com o então presidente Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, para reivindicar rede de água para Feira de Santana. A obra começou, mas foi interrompida com a morte de Vargas e reiniciada no governo de Juscelino Kubitscheck, que veio para a inauguração tempos depois. Tornou-se prefeito em 1962, pelo PSD, assumiu o cargo em abril de 1963 e foi deposto pela Revolução de 1964. Apesar do curto período da administração, deixou um saldo positivo de realizações: início das obras do Ginásio Municipal, elaboração do primeiro Código Tributário do Município, instalação da Farmácia do Povo e asfaltamento da rua Marechal Deodoro, dentre outras. Esteve preso e voltou à Câmara Federal em 1978, depois de absolvido pelo governo Geisel, sendo o deputado mais bem votado da Bahia. A sua vida de luta pela democracia o tornou um grande líder liberal. Sua oratória era extremamente empolgante.
Heráclito Dias de Carvalho (1951-1955) - Visão grandiosa e primeira Micareta
Ele veio de Tanquinho para Feira de Santana e fez história na cidade. Heráclito Dias de Carvalho, conhecido como Lolô, era dono de importante armazém de fumo que classificava os tipos de produto para exportação em larga escala, atividade comercial que lhe garantia posição de destaque. Foi eleito vereador pela UDN (1951 a 1955). Exerceu o cargo de prefeito duas vezes (1935 a 1937 e 1938 a 1943). Um marco de sua administração de estréia foi a realização da primeira Micareta, em março de 1937, festa que posteriormente se tornou referência para Feira de Santana. Houve também uma Feira de Gado recorde, que reuniu mais de cinco mil bois, em maio de 1936. Um homem público de visão acumulou realizações como gestor: abertura de estradas para Serrinha e Jequié, elaboração do Código de Postura do Município, construção e inauguração dos currais-modelo (com a presença do jornalista Assis Chateaubriand) e início da construção da rodovia Rio-Bahia.
Colbert Martins da Silva (1955 -1963) - O estilo popular de governar
Político por vocação, o odontólogo de Macajuba formado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) chegou a exercer a profissão em Feira de Santana durante alguns anos. Mas a realização veio mesmo com a carreira pública. O grande líder do MDB (depois PMDB) foi secretário municipal no governo de Francisco José Pinto dos Santos. A partir daí, viveu uma sucessão de vitórias: três mandatos de vereador, dois de deputado estadual e prefeito de Feira de Santana também por duas vezes, tornando-se referência pelo estilo popular de governar. A transferência da estrutura administrativa para bairros e distritos foi um dos pontos altos dos períodos em que administrou o Município. Dentre as suas realizações deixou o Planolar, destinado à construção de casas populares para pessoas de menor poder aquisitivo, e o asfaltamento da segunda pista da BR-324 (rua Monsenhor Mário Pessoa), no trecho entre a praça Jackson do Amaury e a avenida Francisco Pinto, obra muito dispendiosa por causa das indenizações das casas particulares e comerciais, porém de extrema necessidade para melhorar o escoamento do trânsito e evitar acidentes. Outro grande marco foi a construção do Hospital Ignácia Pinto dos Santos - o Hospital da Mulher - no bairro Jardim Cruzeiro.
João Durval Carneiro (1955 -1963) - A obstinação de um sertanejo
Escolas, avenidas, aeroporto e até distrito levam o seu nome. Não é para menos. Nascido no antigo distrito de Ipuaçu no dia 8 de maio de 1929, João Durval Carneiro é um dos mais legítimos políticos feirenses. Fez o segundo grau no Colégio Santanópolis e graduou-se em Odontologia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), profissão que exerceu por algum tempo, antes de dedicar-se à atividade comercial e à carreira pública, quando ocupou a diretoria do Centro de Desenvolvimento Industrial (Cedin), órgão depois vinculado à Secretaria de Indústria e Comércio. Ingressou na política através da UDN, passando a integrar outros partidos posteriormente: Arena, PDS, PMN, PDT. Foi vereador por várias vezes, sendo o primeiro mandato exercido de 1954 a 1958 e prefeito de Feira de Santana duas vezes (1967 a 1971 e 1993 a 1994). Interrompeu o segundo mandato para disputar a eleição estadual, pelo PMN. No Legislativo exerceu ainda dois mandatos de deputado federal e em 2006 foi eleito senador pela Bahia. Elegeu-se governador da Bahia (1983 a 1987), quando fez muitos empreendimentos na capital e no interior. Durante a sua administração, o Estado canalizou todos os esforços e recursos para a construção do complexo de abastecimento de água de Pedra do Cavalo - com barragem e adutora para suprir de água a capital baiana, Feira de Santana e outras localidades - a maior obra no Nordeste, naquele período. Combateu a seca com o programa de construção de poços artesianos, investiu na recuperação de equipamentos no setor de transporte e estimulou o desenvolvimento industrial. Como bom brasileiro - e sertanejo - fez da obstinação uma virtude e mesmo em momentos adversos nunca desistiu.
Altamir Alves Lopes (1959 -1967) - O servidor público que substituiu Chico Pinto
Professor por formação, diplomado pela Escola Normal, Altamir Alves Lopes exerceu o Magistério por pouco tempo, na Escola João Florêncio, prédio que posteriormente passou a ocupar o Arquivo Municipal. Foi como servidor público municipal, na função de escriturário, que ele se firmou no mercado do trabalho. Ingressou na carreira política por influência de amigos, como Jackson do Amaury, Paulo Cordeiro e Joselito Amorim e certamente não imaginava que viria a fazer parte de um período de destaque da história política de Feira de Santana. Foi eleito vereador e exerceu o mandato por duas legislaturas, abrangendo o período de 1959 a 1967. No exercício do mandato, foi presidente da Câmara entre 1963 e 1964. O então prefeito, Francisco Pinto José Pinto dos Santos, foi deposto por ocasião da Revolução de 1964 no dia 6 de maio de 1964 e ele assumiu o Governo, permanecendo até 1965, quando o professor Joselito Amorim foi nomeado prefeito. Após o mandato, ele exerceu o cargo de avaliador judicial no Fórum Desembargador Filinto Bastos até aposentar-se.
Joselito Falcão de Amorim (1959 -1964) - Um multiplicador de conhecimentos
Joselito Falcão de Amorim tem uma surpreendente participação na história de Feira de Santana. Como professor de Matemática, multiplicou os conhecimentos de seus alunos no Colégio Estadual, na Escola Normal e no Colégio Santanópolis. Como homem público, deixou marcas indeléveis da competência também em Salvador, na diretoria da Urbis e da Cohab, e também foi o primeiro presidente do Conselho do Tribunal de Contas dos Municípios. Entrou para a política como vereador (UDN) e chegou à presidência da Câmara Municipal. Governou Feira de Santana de maio de 1964 a janeiro de 1967. A relação de obras realizadas no período é extensa, mas algumas merecem destaque: construção do Ginásio Municipal, início da construção do Estádio Jóia da Princesa, inauguração do Museu Regional - com a presença do artista plástico Di Cavalcanti - inauguração do Parque de Exposição João Martins da Silva. É também do professor Joselito Amorim a iniciativa de criar a Associação Comunitária dos Amigos de Feira de Santana.
José Sisnando Lima (1959 -1967) - Paixão pela agricultura
Cearense natural da cidade de Crato, José Sisnando Lima formou-se pela Faculdade de Medicina de Salvador, tornando-se especialista em neuro-psiquiatria. Clinicou em Santa Bárbara, seguindo depois para o sul do Ceará e norte de Minas. Retornou à Bahia e novamente em Santa Bárbara destacou-se pelos investimentos na agricultura, o que lhe garantiu a presidência do Sindicato Rural de Feira de Santana. Foi também médico da Secretaria de Agricultura, supervisor estadual da Merenda Escolar e professor de Biologia. Eleito vereador em 1958, chegou à presidência da Câmara e, nesta condição, substituiu o então prefeito Arnold Silva por quatro meses, no ano de 1962.
Paulo de Almeida Cordeiro (1963 -1971) - Vida de empreendedor
O empresário Paulo de Almeida Cordeiro não se contentava em vender bicicletas e peças em seu estabelecimento comercial e promovia torneios e competições de ciclistas, contemplando os vencedores com prêmios. Foi sócio fundador do Hospital Emec e presidente do Feira Tênis Clube e do Clube de Campo Cajueiro. Como político, elegeu-se vereador pela primeira vez em 1963 e cumpriu três mandatos. Eleito presidente da Câmara Municipal (1964 a 1967), exerceu o cargo de prefeito interinamente, nos períodos de ausência do professor Joselito Amorim.
Jorge Cerqueira Mascarenhas (1967 -1973) - Homenagem inusitada
“Seu Jorge da Padaria”, apelido adquirido por conta da tradicional comércio da família, a Padaria da Fé, Jorge Cerqueira Mascarenhas recebeu uma homenagem um tanto inusitada, por correligionários: teve seu nome colocado em um cemitério da cidade (São Jorge), criado por ele. Feirense nascido no distrito de Almas, hoje cidade de Anguera, entrou na política elegendo-se vereador e logo em seguida assumiu a presidência da Câmara Municipal. Por conta do cargo, substituiu interinamente o prefeito Newton Falcão várias vezes. Recebeu homenagem póstuma da Câmara, nomeando uma das dependências.
José Falcão da Silva (1967-1971) - Um administrador incansável
O apelido de “Zé Festinha”, em nenhum momento, soou em tom pejorativo para o incansável José Falcão da Silva, que desde muito cedo aprendeu a lidar com a necessidade de superação. Ele perdeu os pais aos dez anos de idade e foi criado pelos tios no distrito de Mercês, em São Gonçalo dos Campos, onde freqüentou as primeiras séries escolares, antes de vir para Feira de Santana, aos 12 anos. Depois de estudar quatro anos no Seminário Menor de José, em Salvador, continuou os estudos no Colégio Santanópolis, onde concluiu os cursos de Técnico em Contabilidade e Magistério. No mesmo estabelecimento lecionou Latim, Francês e Português. Trabalhou no comércio e tornou-se bancário, sendo funcionário do Banco do Brasil até aposentar-se. Formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), exerceu a profissão em Feira de Santana e cidades da região. Ingressou na política em 1960 e ocupou uma cadeira na Câmara Municipal em 1967, pelo PMDB. Em 1990 era deputado federal e por três vezes elegeu-se prefeito de Feira de Santana, sendo o último governo interrompido pela sua morte, em 5 de agosto de 1997. Ficou conhecido pelo incentivo às manifestações populares, em especial as festas de rua. Dentre as suas realizações estão o Observatório Antares, o Centro Social Urbano (CSU) na Cidade Nova e o prédio onde funcionava o extinto Iapseb e hoje sedia órgãos da estrutura administrativa municipal. Mas sem dúvidas a sua iniciativa mais marcante foi a construção do Centro de Abastecimento, para onde transferiu a imensa feira livre da cidade, em 1977. A mudança, concretizada por decreto, foi considerada um grande desafio administrativo.
José Ferreira Pinto (1967 -1982) - No mundo da poesia, da música e da política
Ele sempre conta que abriu os olhos para o mundo da leitura por incentivo da tia Zina, no Riacho das Panelas, onde viveu o período da infância. José Ferreira Pinto, Zé Pinto para todos, integra a imensa lista dos ex-alunos do Colégio Santanópolis, para onde foi levado depois de aprender as séries iniciais com as professoras Martiniana, Tita Farias e Domitila. Além de Científico e Contabilidade, fez curso prático de Farmácia, em Salvador. Ele não nega as suas origens, quando começou a trabalhar comercializando pássaros e galinhas nas feiras livres de segunda-feira, na praça João Pedreira. Depois estreou como camelô em frente às Casas Pernambucanas, onde trabalhou posteriormente como balconista. Com a implantação do sistema de transporte coletivo, conseguiu emprego de cobrador, de onde surgiu a idéia de criar um sistema de transporte alternativo, inicialmente com Kombi e depois com microônibus, sendo o pioneiro no setor. Entrou na política e por seis vezes exerceu o mandato como vereador. Começou na gestão de (1967 a 1982), quando atuou com 1º secretário. Como presidente da Câmara Municipal, exerceu o cargo de prefeito por várias vezes substituindo João Durval e, posteriormente, José Falcão da Silva. O comendador Zé Pinto é um homem dotado de muita sensibilidade e faz incursões pelo mundo da poesia e da música.
Luciano Ribeiro dos Santos (1967 -1971) - Educador por vocação
A formação de professor deu a Luciano Ribeiro dos Santos a certeza de que toda a sua vida seria dedicada às atividades educacionais. Ele carregou os conhecimentos acumulados desde as primeiras séries no Seminário Diocesano, o ginasial no Ginásio Tiradentes em Aracaju (SE), e no Colégio Municipal Joselito Amorim, em Feira de Santana, além do Ensino Fundamental, no Colégio Santanópolis, até licenciar-se em Letras pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). As atividades trabalhistas também levaram sempre à Educação, seja lecionando Literatura Brasileira, Língua Portuguesa, Redação ou História da Educação, seja atuando como coordenador pedagógico em instituições de ensino públicas e particulares. Exerceu o cargo de Secretário de Educação no período de 1989 a 1992. Foi membro do Conselho Administrativo e presidente do Diretório Acadêmico da Uefs. Exerceu também vários cargos em entidades culturais, a exemplo de presidente da Sociedade Cultural e Artística de Feira de Santana (Scafs) e da Associação Feirense de Críticos Cinematográficos de Feira de Santana (AFCC). Ainda na área cultural dirigiu peças de teatro e promoveu exposições e recitais. Na política atuou como vereador (1966 a 1970); deputado estadual (1978 a 1982); suplente de senador por oito anos e vice-prefeito no segundo mandato de Colbert Martins, substituindo-o em período de licença para tratamento de saúde. Recebeu a Medalha Vereador Dival Figueiredo Machado, em 2004, outorgada pela Câmara Municipal, e a Medalha de Ordem do Mérito Municipal, em 2005, pela atuação na área de Educação.
Manoel da Costa Falcão (1967 -1969) - Tradição familiar na política
Seguindo a trilha da família, Manoel da Costa Falcão, pecuarista e industrial de visão, responsável pela implantação do Centro das Indústrias de Feira de Santana (Cifs) – foi seu primeiro presidente - e criação de organismos ligados ao setor, como unidades do Serviço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), teve uma breve, porém destacada participação na história política de Feira de Santana. Vereador no período de 1967 a 1971, o filho de João Marinho Falcão também chegou à Prefeitura. Na condição de presidente da Câmara Municipal, assumiu a função de prefeito várias vezes entre os anos de 1967 e 1969.
Antônio Carlos Daltro Coelho (1970 -2004) - Mais de três décadas como legislador
Desde os tempos da juventude Antônio Carlos Coelho participava ativamente de manifestações populares, principalmente os movimentos de caráter comunitário, chegando a presidir entidades estudantis. Teve incursões no setor de comunicação, dirigindo a sucursal de Feira de Santana dos Diários e Emissoras Associados. Ingressou na vida pública como oficial de gabinete no governo de Francisco Pinto, em 1963. Dirigiu o Iabseb, o Centro Industrial do Subaé (Cis) e foi diretor de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal (no Governo Tarcízio Pimenta assumiu como secretário da mesma pasta). Nascido em Salvador, conquistou espaço na política de Feira de Santana. Eleito vereador pela primeira vez em 1970, cumpriu oito mandatos, sendo quatro vezes presidente da Câmara Municipal. Foi responsável pela reforma que reestruturou totalmente ao prédio da Casa da Cidadania. Como presidente do Legislativo, substituiu o prefeito José Falcão em duas oportunidades, em 1973 e 1974, por alguns dias.
José Raimundo Pereira de Azevedo (1971 -1977) - O vice que sempre virou prefeito
Seus pais residiam em um povoado do Município de Santo Estevão e ele nasceu em Salvador, mas é difícil imaginar que o professor José Raimundo Pereira de Azevedo não seja feirense. Porque ele é, senão de direito, de fato. Em Feira de Santana fez o ginasial e logo cedo decidiu-se pelo Magistério, provavelmente por influência da mãe e das tias, também educadoras. Formado pelo Instituto de Educação Gastão Guimarães (IEGG), posteriormente licenciou-se em Ciências com habilitação em Matemática pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Iniciou a carreira de professor no próprio Gastão Guimarães, depois Escola Técnica, Colégio João Durval Carneiro e várias outras escolas da rede particular de Feira de Santana e de outros municípios. Em 1970, aos 21 anos, foi eleito vereador, sendo o mais votado e também mais jovem. Dois anos depois foi reeleito, mas não assumiu a vaga, optando por ocupar a Secretaria da Educação, a convite do então prefeito José Falcão da Silva. Em 1976, eleito vice-prefeito na chapa de Colbert Martins da Silva, assumiu o Governo Municipal em 1982, ficando oito meses à frente da administração. Deixou sua marca no Teatro Municipal Margarida Ribeiro e Câmara Municipal e construiu alguns prédios escolares. Foi assessor parlamentar da Câmara Municipal por cinco anos consecutivos e em 1992 voltou a compor chapa majoritária na condição de vice-prefeito, dessa vez com João Durval Carneiro. Novamente assumiu a Secretaria da Educação e em março de 1994 substituiu o prefeito municipal. Em 1999 foi secretário Extraordinário para Assuntos Interinstitucionais e mais tarde, secretário de Cultura, Esporte e Lazer no governo de Clailton Mascarenhas. Foi responsável pela mudança da Micareta da avenida Getúlio Vargas para a avenida Presidente Dutra.
Otaviano Ferreira Campos (1973 -1992) - Uma “fera” na política feirense
Fuzileiro naval, chefe de departamento em companhia de importação imobiliária e comerciante no ramo de combustível foram algumas atividades de Otaviano Ferreira Campos, que chegou a ser nome de bairro na cidade (Otavianópolis, hoje Novo Horizonte). Mas o seu forte era mesmo a política. Figura de destaque no antigo MDB, depois PMDB, a “fera” foi vereador por 20 anos e, como presidente do Legislativo (duas vezes), assumiu o cargo de prefeito algumas vezes. A Câmara Municipal o contemplou com homenagens, dentre as quais colocando o seu nome em duas escolas da rede municipal, uma na sede e outra na zona rural.
Antônio Carlos de Alencar e Marinho (1979 -1982) - Prefeito por sete dias
Natural de Rui Barbosa, Antônio Carlos de Alencar estudou desde as séries iniciais em Feira de Santana e graduou-se em Odontologia, profissão que exerceu na cidade por vários anos. Na carreira pública foi assessor de gabinete da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e sub-secretário de Saúde do Município de Simões Filho. Vereador pelo MDB (1979 a 1982), foi vice-presidente da Câmara Municipal por uma legislatura, com atuação destacada em defesa dos interesses populares e no combate ao golpe militar, instituído em 1964. Como presidente da Câmara Municipal exerceu o cargo de prefeito interino durante sete dias, no ano de 1979.
José Ronaldo de Carvalho (1983 -1989) - Aprovação popular inquestionável
O jovem José Ronaldo de Carvalho ingressou na Prefeitura de Feira de Santana como datilógrafo, pouco depois de concluir o segundo grau no Colégio Santanópolis e antes da graduação em Administração pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Também ocupou a diretoria administrativa da Surfeira, autarquia municipal então responsável pelas obras. Atuou na área industrial e na Saúde destacou-se como diretor administrativo e financeiro do Hospital Dom Pedro de Alcântara e provedor da Santa Casa de Misericórdia. Iniciou a carreira política em 1976, quando disputou uma vaga para a Câmara Municipal ficando na suplência. Na eleição seguinte, em 1982, voltou a concorrer e surpreendeu com a maior votação do pleito. Em 1986 foi eleito deputado estadual, mantendo-se no cargo por três mandatos. Participou da elaboração da Constituição do Estado. Terceiro deputado federal mais votado na Bahia em 1998, foi relator de diversos projetos importantes. Em 2000 retornou à Prefeitura, como prefeito, e governou a segunda maior cidade da Bahia por oito anos consecutivos, sempre com altos índices de aprovação popular. Ainda como prefeito dirigiu a União dos Municípios da Bahia (UPB) no biênio 2005/2006. Fez viagens internacionais para Jena e Frankfurt, na Alemanha e Marseille na França, em caráter administrativo, para obter experiências em gestão municipal. Dentre suas principais obras estão a construção de viadutos em vários pontos da cidade, o Parque da Cidade e o Museu Parque do Saber. Tornou-se liderança do PFL, depois Democratas.
Tarcízio Suzart Pimenta Junior (1993 -1994) - Duas paixões: a medicina e a política
O filho de Tarcízio Suzart Pimenta e Maria Mercês Pimenta tem um currículo profissional invejável. Feirense de nascimento, estudou na Escola Nossa Senhora do Rosário e no Colégio Estadual de Feira de Santana. É médico formado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), em 1983, com especialização em Cirurgia Geral no Hospital Roberto Santos. É professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) desde 1984. Acumulou experiências na área de Saúde, dentre elas a função de médico do Hospital Dom Pedro de Alcântara, no período de 1984 a 1997. Iniciou a carreira política como vereador em Feira de Santana (1993 a 1994), com expressiva votação, pelo PMDB, na época sob a liderança de Colbert Martins da Silva. Deputado estadual entre 1995 e 1999, foi reeleito para o segundo mandato (1999 a 2003). Na Assembléia Legislativa da Bahia integrou várias comissões e ocupou cargos na Mesa Diretiva. Destacou-se como relator da CPI dos Combustíveis. Em 2006 foi reconduzido ao Legislativo Estadual pela quarta vez, com um total de 63.864 votos. Mesmo exercendo o mandato não abandonou a sua missão como médico, mantendo sua agenda de atendimento ambulatorial e cirurgia nos hospitais, especialmente em Feira de Santana. Em 2008 foi eleito prefeito de Feira de Santana.
FONTES DE PESQUISA:
Arquivo Público Municipal de Feira de Santana
Arquivo da Câmara Municipal de Feira de Santana
“Inquilinos da Casa da Cidadania”, de Lélia Vitor Fernandes de Oliveira
“Dicionário Personativo, Histórico, Geográfico e Institucional de Feira de Santana”, de Oscar Damião de Almeida
EQUIPE:
Coordenação – Renato Ribeiro
Pesquisa – Alessandra Ribeiro
Pesquisa e Texto – Madalena de Jesus
Finalização – Hilneide Araújo e Vinicius Cazumbá
Colaboração – Elisiana Almeida, Marieta Ribeiro Moreira e Juliana Santos
(Com informações da Assessoria e Comunicação da Câmara Municipal)

Homenagem a ex-vereadores prefeitos



1. Tarcízio: Câmara é laboratório de lideranças políticas
2. Joselito Amorim, José Raimundo de Azevêdo, José Ronaldo de Carvalho e Tarcízio Pimenta
3. Justiniano: Engrandecimento da nossa terra
Fotos: ACM/Secom

Prédio da Câmara Municipal reaberto nesta terça-feira

O prefeito Tarcízio Pimenta foi um dos 23 ex-vereadores homenageados pela Câmara Municipal, na manhã desta terça-feira, 30, com o destaque por ter assumido o comando do Executivo Municipal de Feira de Santana. A solenidade, durante sessão especial, marcou o retorno das atividades ao prédio do Legislativo, após 90 dias fechado para reformas. Neste período, as sessões foram realizadas no auditório da Secretaria de Saúde, na avenida João Durval.
Ao ressaltar a importância da sintonia entre os poderes Executivo e Legislativo, o prefeito Tarcízio Pimenta, que foi vereador no período de 1993 a 1994, quando deixou a casa para assumir uma cadeira na Assembléia Legislativa, ressaltou a importância da casa para o desenvolvimento do município e a manutenção da democracia. “Inegavelmente a Câmara é um laboratório de lideranças políticas. Aqui são travadas importantes lutas, tendo como meta a justiça social”, frisou.
O vereador Justiniano França destacou a consciência do papel dos vereadores. “A Casa está trabalhando para o engrandecimento de nossa terra”, frisou.
Já o presidente da Câmara Municipal, vereador Antônio Carlos Passos Atayde, fez um balanço das atividades desenvolvidas pelo Legislativo durante a primeira etapa do primeiro período da 16ª legislatura. Também ressaltou a modernização da casa visando a democratização e a publicidade dos atos públicos.
Além de Tarcízio Pimenta também estiveram presentes dentre os homenageados os ex-vereadores que também assumiram a Prefeitura, alguns por todo o mandato e outros por poucos dias, os ex-prefeitos José Ronaldo de Carvalho, José Raimundo Pereira de Azevedo e Joselito Amorim.
A lista completa dos homenageados está no site da Câmara Municipal (http://www.camarafeiradesantana.ba.gov.br/). A lista foi elaborada através da Assessoria de Comunicação da Casa com apoio do Arquivo Público Municipal.
(Com informações da Secretaria de Comunicação Social)

Dois entre 23 homenageados

O prefeito Tarcízio Pimenta e o ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho, ambos ex-vereadores, receberam homenagem da Câmara Municipal de Feira de Santana, na manhã desta terça-feira, 30.
Foto: ACM/Secom

Terceiro "A Era do Gelo" em lançamento mundial







1. Animação "A Era do Gelo 3"
2. Selton Mello e Vanessa Giácomo em "Jean Charles"
Fotos: Divulgação
“A Era do Gelo 3” (Ice Age: Dawn of the Dinossaurs) em lançamento mundial nesta quarta-feira, 1º de julho. A animação já foi lançada no Brasil, na sexta-feira, 26, em versão 3D.
Primeiro, “A Era do Gelo”, em 2002, depois “A Era do Gelo 2”, em 2006. Os mamutes Manny e Ellie estão à espera de seu primeiro filho. A preguiça Sid seqüestra alguns ovos de dinossauro, o que faz com que passe a ter sua própria família adotiva. Só que o roubo faz com que se meta em apuros, obrigando Manny, Ellie e o tigre dentes-de-sabre Diego a entrarem em um mundo subterrâneo para resgatá-lo. De quebra, o esquilo Scrat às voltas com uma noz.Na direção, o brasileiro Carlos Saldanha junto com Mike Thurmeier. A produção é de 90 milhões de dólares.
A outra novidade é a co-produção entre Brasil e Inglaterra - primeira entre os dois países - "Jean Charles" (Jean Charles), com direção de Henrique Goldman. No elenco: Selton Mello, Vanessa Giácomo, Luís Miranda e Sidney Magal.
Na narrativa, Jean Charles de Menezes (Selton Mello) é um eletricista mineiro, que chega a Londres para morar com os primos Vivian, Alex e Patrícia. Em 22 de julho de 2005 ele é morto por agentes do serviço secreto britânico no metrô local, confundido com um terrorista. O fato abala a vida dos primos, que precisam reconstruir a vida ao mesmo tempo em que buscam por justiça.
Continuam em cartaz: "Transformers: A Vingança dos Derrotados" e "A Mulher Invisível", comédia brasileira que já foi vista por 1.114.725 pessoas, em três semanas, até o domingo, 21.

Deu no "Blog do Noblat"


segunda-feira, 29 de junho de 2009

Adroaldo Dórea recebe Comenda Maria Quitéria

O cirurgião-dentista Adroaldo de Oliveira Dórea, de 82 anos de idade, receberá da Câmara Municipal a Comenda Maria Quitéria. A Casa aprovou na sessão desta segunda-feira, 28, Projeto de Decreto Legislativo com esta finalidade. A autora da proposta é a vereadora Gerusa Sampaio, que falou sobre a importância da família Dórea para Feira de Santana.
“Tenho muito orgulho de ser a autora deste projeto, em razão do valor do doutor Adroaldo, um dos mais antigos cirurgiões-dentistas desta terra”, disse ela. Segundo tenente da reserva do Exército, como odontólogo ele prestou relevantes serviços a Feira e região. Ela enalteceu ainda o fato de que praticamente toda a família reside em Feira de Santana, com atuação em diversos segmentos.
(Com informações da Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal)

Câmara retorna para séde própria

Nesta terça-feira, 30, a Câmara Municipal de Feira de Santana retornará seus trabalhos e sessões ao prédio localizado na rua Visconde do Rio Branco, no centro. Durante um período de aproximadamente dois meses as sessões estavam sendo realizadas no auditório da Secretaria de Saúde, na Estação Nova.
Durante esse período o prédio da Câmara passou por uma reforma, onde foram realizados serviços de impermeabilização e pintura. Na sessão especial serão apresentadas as metas e ações do segundo mandato do vereador Antônio Carlos Passos Ataíde como presidente do Legislativo, reforma da frota de automóveis existentes e aquisição de mais quatro veículos novos, sendo dois Fiat Uno e dois Siena, reajuste de servidores, reajuste do Vale Alimentação, aquisição de três notebooks para o plenário, interligados à Internet e modernização do sistema de sonorização com aquisição de uma nova mesa de som com 32 canais, interligada a um software para gravação em CD.
O vereador Antônio Carlos Ataíde destaca também que na página da Câmara serão disponibilizados links importantes que permitirão acesso ao site do Senado Federal, com vídeos de discussões de assuntos relevantes. Durante a sessão ainda será feita uma homenagem à ex-vereadores que foram prefeitos.
Segundo o presidente, devido à crise econômica, no início do ano, nos meses de janeiro e fevereiro, houve uma diminuição do número de viagens de vereadores aos congressos, os funcionários deixaram de receber neste período vales-transporte e tíquete-alimentação, com o objetivo de economizar recursos. Conforme Antônio Carlos Passos Ataíde, "mesmo com a diminuição de arrecadação da Prefeitura, o repasse do duodécimo da Câmara foi feito de forma correta, a administração do Legislativo feirense está trabalhando sem sobra de caixa".
Ele disse mais que "a atual gestão financeira da Câmara está conduzindo os investimentos e administração de recursos com equilíbrio de receita, dentro do limite prudencial de 70%. A aquisição de quatro veículos novos propiciou também uma economia de manutenção e oficina, o aluguel não seria satisfatório, pois o valor é muito alto, além disso, os carros comprados foram incorporados ao patrimônio da Câmara".
(Com informações da Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal)

Estado de São Paulo destina mais de R$ 12 milhões ao cinema

Da Redação UOL:
A Secretaria de Estado da Cultura anunciou nesta segunda (29) a publicação dos editais de Concurso de Apoio à Realização de Projetos de Telefilme (Telefilmes Cultura), Fomento ao Cinema Paulista e Prêmio Estímulo de Curta-Metragem. O valor destinado para os editais ultrapassa R$ 12 milhões.
O Concurso de Apoio à Realização de Projetos de Telefilme (Telefilmes Cultura) está na segunda edição. Feito em parceria com a Fundação Padre Anchieta, o edital será dividido em duas etapas. Na primeira, serão selecionados dez projetos que contemplem a criação e o desenvolvimento de um roteiro inédito de telefilme, com prêmio de R$ 40 mil. Na segunda etapa, serão escolhidos quatro roteiros, que receberão R$ 600 mil cada para produção. O tema escolhido é "Região da Luz - São Paulo", que inclui os bairros da Luz, Bom Retiro, Campos Elíseos e adjacências.
Depois de finalizados os filmes serão exibidos pela TV Cultura, na série "Telefilmes Cultura". Além disso, a emissora disponibilizará 12 diárias de câmera digital e de estúdio. E o equivalente a 30 quilowatts em equipamentos de iluminação da emissora.
Fomento ao Cinema Paulista e Prêmio Estímulo
O Programa de Fomento ao Cinema Paulista selecionará projetos de longas-metragens nas fases de produção ou finalização. Em produção, o valor máximo será de R$ 800 mil, nos gêneros ficção e animação. E R$ 400 mil para documentários. Já em finalização os valores máximos são de R$ 300 mil para projetos de ficção e animação, e de R$ 150 mil para os documentários.
O Prêmio Estímulo de Curta-Metragem selecionará doze projetos nos gêneros ficção, documentário e animação. Cada selecionado receberá R$ 80 mil, o que totaliza R$ 960 mil em prêmios.

Glauber Rocha filmou seqüência de "Deus e o Diabo na Terra do Sol" em Feira de Santana

Geraldo Del Rey e Lídio Silva em "Deus e o Diabo na Terra do Sol"
Foto: Reprodução
A sinopse de "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha, 1964: O cangaceiro Manuel (Geraldo Del Rey) e sua mulher Rosa (Yoná Magalhães) são obrigados a viajar pelo sertão, após ele ter matado o patrão, Moraes (Milton Rosa). Em sua jornada, eles acabam cruzando com um Deus negro (Lídio Silva), um diabo loiro (Othon Bastos) e um temível homem (Maurício do Valle).
A propósito, no próximo dia 10 de julho, 45 anos do lançamento de "Deus e o Diabo na Terra do Sol", nos cinemas Caruso, Ópera e Bruni-Flamengo, no Rio de Janeiro.
No livro que contém o roteiro de "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha, Civilização Brasileira, 1965, a constatação de seqüência realizada em Feira de Santana, que foi locação do mais importante filme realizado no Brasil em todos os tempos.
Seqüência 8 EXTERIOR. DIA. FEIRA DE GADO EM FEIRA DE SANTANA (na segunda-feira)
30. PG Fixo
Movimento da rua que leva à Feira do Gado; Manuel e outros vaqueiros cruzam a rua a trote; vaivém de vaqueiros, bois, cabras, tangerinos. Ruídos naturais.
31. PG Panorâmica
Feira do Gado. Movimento de bois e vacas. Muitos vaqueiros. Manuel entra, em companhia de outros, e vem se misturando na feira. Ruídos naturais; mugidos; ainda sons de violão dispersos; Manuel avança.
32. Panorâmica
Manuel entra pelos currais de gado; aproxima-se de um lugar onde estão os patrões, na compra e venda de bois; Manuel pára o cavalo. Um coronel conversa com outros; Manuel fala de cima do cavalo.
MANUEL: Bom-dia seu Moraes... Já trouxe as vacas... Mas morreu ainda quatro...
MORAES: Beberam no açude do norte?
MANUEL: Sim, sinhô. Era onde tinha água. Foi mordida de cobra... Trouxe doze vacas, queria fazer partilha prá acertá as contas...
MORAES: Num tem conta prá acertar... As vacas que morreram foram as suas...
33. PM
Manuel. Tempo. Ouve últimas palavras de Moraes. O mugido mais intenso das vacas; as vozes dispersas dos compradores e coronéis; Manuel desce do cavalo e vai até o coronel Moraes. Caminha lento e fala humilde; a câmara enquadra Moraes.
MANUEL: Mas, seu Moraes, as vacas tinha era o ferro do sinhô... Num pode ser logo as minhas que sou um home pobre... Foi azar é verdade; as cobras mordeu as reses do sinhô...
MORAES: Isso foi descuido seu, preguiça... Fica dormindo o dia inteiro e não olha o gado direito... Tá acabado e num quero conversa, que a lei tá comigo...
34. PM
Manuel ouve as últimas palavras do Moraes, como uma chicotada. Vira-se em PP. Ao fundo, Moraes continua conversando com os amigos; Manuel se contém um pouco e vira-se; aproimando-se até mais junto de Moraes.
35. PM
Manuel aproxima-se e fala:
MANUEL: Dá licença outra vez, seu moraes... Mas que lei é essa?
MORAES (fora de campo): Quer discutir?
MANUEL: Não... Só tou querendo saber que lei é essa que num favorece meu direito...
MORAES (f/c): Quer discutir comigo? Já disse, tá dito... Você não tem direiro a vaca nenhuma...
MANUEL: Mas, seu Moraes, o sinhô num pode tirar o meu...
36. PM
MORAES: Tá me chamando de ladrão?
MANUEL (f/c): Quem tá falando é o sinhô...
Moraes subitamente se irrita e pega um rebenque. Vem até PP maior e grita:
MORAES: Pra você aprender, ordinário, filho da puta...
E bate violentamente com o rebenque, quatro vêzes.
37. PM
Manuel, como uma pedra, o rosto riscado de sangue, olhos fixos em Moraes.
38. PM
Moraes com o rebenque
MORAES: Ainda discute comigo?
Manuel, com o rosto riscado de sangue; corte no quadro; a mão de Manuel suspende um facão; corte, o facão; corte, Moraes; corte, o facão em crescendo maior, e um GRITO!

Sobre obrigatoriedade do diploma

Por Felipe Pena
Sou jornalista, professor da Universidade Federal Fluminense, doutor em literatura pela PUC Rio, pós-doutor em Semiologia pela Sorbonne e faço um risoto de frutos do mar muito apreciado pelos colegas da imprensa que frequentam a sala de jantar da minha humilde residência.
A maioria insiste diariamente para que eu abra um restaurante, sugestão que nego com veemência, apoiado em um único argumento: não tenho formação adequada. Perdoe-me pela sinceridade, mas se você achou que o primeiro parágrafo foi irônico é tão preconceituoso quanto os jornalistas que se indignaram com a fundamentação do ministro Gilmar Mendes ao derrubar aexigência de diploma para o exercício do jornalismo.
Por que gritaram tanto ao ouvir a comparação entre jornalistas e cozinheiros? Por que se sentem superiores aos colegas da gastronomia? Por acaso somos melhores ou mais sofisticados? Talvez mais eruditos? Claro, nós lemos Balzac, Joyce, Proust, Foucault, Deleuze. Mas essa não é a bibliografia dos cursos de Letras ou de Sociologia? Pela lógica da obrigatoriedade, passaremos a exigir o diploma de letras para qualquer um que escreva romances ou se arrisque nas estrofes de um poema. Da mesma forma, só poderá exercer o pensamento crítico sobre a sociedade quem passar pelos bancos empoeirados das escolas de Ciências Sociais. Aliás, este epíteto - ciência - é parte do problema. Um problema que começa justamente na universidade.
Nossos doutores da Academia falam despudoradamente em ciências da comunicação, mas onde está a ciência?
Qualquer jornalista sabe que sua atividade está ligada a aptidões artísticas, ao bom e velho talento, a uma boa dose de coragem e, principalmente, à capacidade de se comunicar com o público. Claro quenão é só isso: lidamos com técnicas específicas e com valores morais que afetam a sociedade. Mas isso também não é ciência e tampouco se aprende na universidade. Então, para que servem as faculdades de jornalismo? A resposta é simples: para aprender a fazer um bom risoto. Se você tiver alguns professores acostumados com o manejo das panelas e outros bem informados sobre os temperos, talvez alcance o objetivo. Mas só vai completar o aprendizado quando chegar à cozinha e tomar uma bronca do chefe: o chefe de reportagem.
Infelizmente, o ambiente universitário contempla poucos professores interessados em gastronomia. Os pratos são servidos frios, não têm sabor. Falta pimenta e sobra chuchu na maioria das receitas. A Academia é um inverno de fome, mas é a vaidade dos cozinheiros que atrofia as glândulas gustativas. Os professores somos corporativistas. O verbo é inclusivo porque a crítica não me isenta de culpa. Na universidade, principalmente nos cursos de mestrado e doutorado, utilizamos uma linguagem hermética-escondida sob o véu de ciência - como estratégia de poder para perpetuar nosso lugar nas cátedras douradas da Academia. O discurso é claro: se você não me entende é porque ainda não alcançou o meu nível, mas se estudar muito um dia chega lá. Não é de estranhar que nossos alunos se sintam superiores. Afinal, ninguém fala em epistemologia ou em hermenêutica nos cursos de culinária. Sou favorável ao diploma de jornalismo, o que não significa defender a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão.
Na introdução de um livro que publiquei em 2005 ("Teoria do Jornalismo", Ed. Contexto), tinha uma opinião diferente, mas acho que precisamos rever nossas conclusões sobre o tema. Se eu fosse diretor de um jornal, daria prioridade aos profissionais formados nas boas escolas de comunicação (aquelas que têm cozinheiros talentosos), mas não excluiria sociólogos, advogados ou economistas, cujas habilidades podem ser úteis ao jornalismo.
Lá em casa, o risoto continuará a ser servido, mas o restaurante fica pra depois. Quando me formar em gastronomia, convidarei os amigos (se ainda os tiver) para ler o jornal que os garçons vão produzir. Só não sei se o editor-chefe será o sommelier ou o maitre. Bom apetite!

Morre Wellington Sampaio Nunes

É com grande pesar que a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Feira de Santana comunica o falecimento de Wellington Sampaio Nunes (Foto: Divulgação), na noite de sábado, 27, de ataque cardíaco.
Wellington presidiu a CDL nos anos de 1988 e 1989 e de 2003 a 2006. Atualmente exercia o cargo de diretor de Projetos na instituição. O sepultamento aconteceu na tarde de domingo, 28, no Cemitério Piedade.
Com 50 anos, Wellington deixa dois filhos e diversos amigos que sentirão muito a sua ausência.
(Com informações de Carla Matos, da Assessoria de Comunicação da CDL)

Deu em Claudio Humberto


Matéria na "Tribuna da Bahia" destaca José Ronaldo

Na "Tribuna da Bahia", edição desta segunda-feira, 29, matéria de Evandro Matos, "Partidos buscam vice ideal para eleição 2010":

As discussões sobre as possíveis candidaturas que vão disputar o Governo do Estado em 2010 seguem de vento em popa, mas a vaga de vice, que de alguns anos para cá se tornou de muita importância, pouco se tem comentado. O nome mais especulado em qualquer rodada de conversa política para compor numa chapa majoritária é o do ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho (DEM). Ronaldo é lembrado como o vice ideal não só para o ex-governador Paulo Souto como, também, para o ministro Geddel Vieira Lima, em caso deste vir a liderar uma chapa oposicionista.
Líder político do segundo maior colégio eleitoral do estado, a lembrança constante do nome de José Ronaldo deve-se à sua vitoriosa administração à frente da Prefeitura feirense, que lhe rendeu índices de aprovação superiores a 90%. Já durante a campanha municipal de 2008 o então candidato Tarcizio Pimenta defendia que Ronaldo teria "condições de ser indicado para disputar qualquer cargo na Bahia".
A própria disputa eleitoral de Feira de Santana serviu para firmar mais ainda o nome de Ronaldo, já que Tarcizio foi eleito no primeiro turno com o seu apoio. A partir daí, as especulações só aumentaram, principalmente porque o democrata tem adotado uma postura de articulador, atuando como um verdadeiro ponta-de-lança do seu partido tanto no interior quanto na capital. Foi assim na eleição da UPB, quando saiu a campo em favor da candidatura vitoriosa de Roberto Maia, ou nas articulações com a cúpula do PSDB, tanto para a sua possível transferência e do ex-governador Paulo Souto para este partido, quanto para a formação de uma aliança oposicionista para 2010.
Indagado se sabia de alguma articulação em torno do seu nome para compor uma chapa oposicionista como vice, José Ronaldo negou, embora admitisse que nas andanças que tem feito, as pessoas têm cobrado isso dele. "Realmente, por onde eu tenho andado as pessoas têm falado com uma intensidade muito grande, cobrando a nossa participação numa chapa como vice, para o Senado ou até para governador", disse. "Eu fico feliz em ter o meu nome citado dentro desse quadro, mas o que passa na minha cabeça é somar para a formação de um grupo forte para disputar a eleição", completou.
Embora no campo oposicionista seja o nome mais comentado para vice, José Ronaldo trabalha firme a sua candidatura à Câmara Federal. O resto, se acontecer, como ele mesmo admite, será consequência. Assim, a depender de quem vai encabeçar a frente oposicionista, o nome do senador ACM Júnior também já foi lembrado, mas com o objetivo maior de contemplar um espaço para o deputado federal ACM Neto, que, por opção, vai disputar a sua reeleição. Mas, como diz o mineiro, "política é como nuvem, que muda a todo instante", não custa acompanhar para onde os ventos vão soprar. De repente, surge um vendaval e remove todas as pedras já colocadas sobre a mesa.

"No país dos suspensórios"

Artigo de Ferreira Gullar, na "Folha de S. Paulo":
Pergunto: pode continuar fazendo leis quem não as respeita? Lei é para os outros...

Um número considerável de bandidos presos recentemente (por assalto a banco, sequestro, latrocínio) estava em ação ou por efeito de progressão da pena ou de prisão albergue ("trabalham" de dia e voltam para dormir na prisão) ou estavam em liberdade graças a habeas corpus, isto é, por decisão de algum juiz. A última notícia é que Elias Maluco, o assassino do jornalista Tim Lopes, em breve ganhará as ruas valendo-se da decisão do Supremo que concedeu o benefício de progressão da pena aos autores de crimes hediondos. Por isso é que muitos policiais dizem que a tarefa arriscada, que cumprem, de prender bandidos, equivale a enxugar gelo.
Enquanto o deputado Paulo Maluf apresenta, na Câmara, um projeto para intimidar os membros do Ministério Público, outros deputados governistas procuram impedir que o TCU intervenha na execução de obras públicas fraudadas. É que ainda há pouca corrupção no país.
Dezoito deputados estaduais do Paraná tiveram a carteira de motorista cassada pelo Detran, tantas foram as transgressões que cometeram. Carli Filho, como se vê, é apenas um exemplo entre muitos. Então, pergunto: pode continuar fazendo leis quem não as respeita? Sabe-se agora que o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, também do Paraná, teve sua carteira cassada por excesso de multas. Lei é para os outros...
Para o governo, praticamente não há inflação mas, segundo a Maria, minha secretária, o leite longa vida subiu de R$ 1,70 para R$ 2,80 ou R$ 3; o leite em pó, de R$ 4,50 para R$ 5,40 ou R$ 6,20; o açúcar, de R$ 0,80 para R$ 2,50; o tomate, R$ 1,50 para R$ 2,80 ou R$ 3. Isso me lembra uma época distante, quando os índices de inflação divulgados pelo governo eram sempre mais baixos que a inflação real; é que, para calculá-los, incluía o preço dos suspensórios e de outros artigos que já quase ninguém comprava. Quais serão os suspensórios de hoje, não sei, mas que entram nos cálculos da inflação não tenho dúvida.
Com apoio do Ministério da Igualdade Racial, transita no Congresso um projeto de lei que obriga a contratação de 10 por cento de negros como modelos dos desfiles de moda e de atores nos filmes de publicidade. E os índios, não têm direito a cota? A impressão que dá é de que os defensores da igualdade racial estão tratando os índios de modo desigual.
Raramente se vê a CUT - tão atuante antes do governo Lula - vir à rua para protestar contra algo, a não ser quando sente seus privilégios ameaçados, como no caso da proposta de revogação do Imposto Sindical. E não é que, outro dia, mobilizou seu pessoal para protestar contra a criação da CPI da Petrobras? A rigor, o que a CUT tem a ver com isso? Aliás, por que tanto medo de uma CPI, cuja presidência e relatoria são do governo, que detém, na proporção de oito por três, a maioria de seus membros? Mas não é só a CUT. O próprio governo quer impedir de todos os modos que essa CPI funcione. Ou muito me engano, ou alguma coisa extremamente grave se oculta detrás de tanto temor.
Ultimamente, nos tribunais, réus, livres de algemas, avançam sobre os juízes para agredi-los. É que o STF proibiu algemá-los. Justiça avançada, essa nossa!
Cismado que sou com o mal uso do nosso idioma, gostei de ouvir, por duas vezes um locutor de televisão dizer que alguém, acidentado, "não corre risco de vida", em vez de "não corre risco de morte", expressão forjada por algum redator obtuso. Naquela noite, fui dormir aliviado.
Para a alegria da torcida, o árbitro que apitou o jogo Brasil X Egito marcou pênalti a nosso favor, aos 45 minutos do segundo tempo e, assim, vencemos a nossa primeira disputa na Copa das Confederações. Ele não viu que a bola fora defendida com o braço por um jogador egípcio. O jogo teria, portando, terminado injustamente empate, não fora alguém o ter informado pelo ponto eletrônico. A tecnologia salvou o espetáculo. Não dá para entender por que a Fifa não adota recursos tecnológicos para evitar erros graves na arbitragem, como já fazem outros esportes?
Em mais um desastrado pronunciamento, Lula opinou contra os que, no Irã, acusam de fraudada a vitória de Ahmadinejad. Afirmou que, como no futebol, aquilo era choro de derrotado. A verdade é que as manifestações continuaram. Custa crer que tanta gente insista em enfrentar a brutalidade da repressão policial, sem ter sérias razões para isso. Muitos governos democráticos condenaram a repressão, que prendeu e matou manifestantes. Obama disse ter dúvidas quanto à lisura do pleito. Lula, não, está com Ahmadinejad e não abre.

José Neto com Tarcízio

O deputado estadual José Neto (PT) esteve com o prefeito Tarcízio Pimenta (acompanhado da primeira dama Graça Pimenta) no São Pedro de Humildes. Foi na noite de domingo, 28. (Foto de ACM/Secom).
Na noite anterior, de sábado, 27, foi a vez de outro integrante da base do governo Wagner estar junto do prefeito: a deputada estadual Eliana Boaventura (PP), como o Blog Demais divulgou.

"Ministro é acusado de agredir jornalista"

Deu em Claudio Humberto:

Cenas do abuso de autoridade: Marcos, da CBN, tenta acalmar o assessor do ministro e depois a PF revista o carro do jornalista.

O ministro Alfredo Nascimento (Transportes), seu filho Gustavo e um militar da PM, Welington Silva, que o assessora, são acusados de agredir o jornalista Ronaldo Tiradentes, inconformados com as críticas que da emissora em que ele trabalha. A agressão ocorreu pelas 16h deste sábado no estacionamento do aeroporto Eduardo Gomes, de Manaus, momentos antes de um vôo para Parintins. O jornalista estava em companhia de sua mulher e acabara de estacionar quando o ministro, que também havia estacionado no local, aproximou-se do carro, forçando a porta. O filho dele, Gustavo, forçou a porta do passageiro, tentando agredir a mulher do jornalista. Neste momento chegou o repórter Marcos Santos, da rádio CBN, que também estava com viagem marcada para Parintins, e foi chutado pelo oficial da PM. O ministro chamou dois agentes da Policia Federal alegando que o jornalista estava armado, o que era mentira, mas ainda assim os policiais retiraram o casal e revistaram o carro. Tiradentes acusa o ministro de abuso de autoridade, por usar os agentes da PF para tentar intimidá-lo. “O Alfredo não estava normal” disse o jornalista ao Blog do Holanda. “Havia um forte cheiro de bebida alcoólica exalando de sua boca”. Ronaldo e Marcos têm cobrado de Alfredo, no programa CBN Manaus, o cumprimento de promessas de campanha, como o asfaltamento da BR 319. O ministro está processando os dois jornalistas por “danos morais”. A empresa Rádio e Televisão Tiradentes, onde trabalham os jornalistas agredidos, divulgou uma nota de protesto, afirmando que a agressão do ministro “é um atentado à liberdade de expressão e mais uma reação antidemocrática do ministro Alfredo Nascimento às críticas que esta emissora tem feito à figura pública que tantas promessas fez ao longo de suas campanhas sem, no entanto, cumpri-las. O comportamento violento do ministro não é novidade. Quando era prefeito, o jornal Diário do Amazonas denunciou que um de seus dirigentes havia sido ameaçado de morte.”

2010: hora da verdade para a oposição


Deu no "Blog 25: Democratas":
A Oposição é a única alternativa séria ao embuste que tem sido o governo do presidente Lula da Silva. Não há sentido algum de responsabilidade no governo, só a preocupação com a imagem, com o marketing, a publicidade e tudo que pode gerar mais popularidade ao presidente.
Faz falta alguma autenticidade à política. Nenhum país avança sem um compromisso forte dos seus líderes com a verdade dos fatos. Fatos são fatos. E a verdade, infelizmente, é que o desemprego aumenta dia após dia e estamos com os piores serviços de saúde da história.
Não há publicidade capaz de disfarçar a fraude que se tornou o ensino público e tampouco a ausência de políticas públicas na área de segurança. Isto sem contar que o sistema fiscal é punitivo e que os impostos são extorsivos.
A verdade é que o governo não cumpre o contrato de retribuir serviços em troca dos impostos que arrecada. Não cumpre, sequer, o dever de exercer o governo com ética e responsabilidade. Ainda bem que as eleições de 2010 estão logo ali....

domingo, 28 de junho de 2009

59 anos de Pedro Roberto se estivesse vivo

Pedro Roberto, ao lado do quadro "Rapsódia em Setembro", trabalho em tinta acrílica que ficou inacabado
Álbum de Família



Se estivesse vivo, o artista plástico Pedro Roberto faria 59 anos nesta segunda-feira - na quarta-feira, 1º de julho, três anos e meio de sua morte, em São Paulo.
Pedro Roberto Boaventura de Oliveira nasceu em 29 de junho de 1950, em Angico, distrito de Mairi, na Bahia. Filho da professora Hilda Pereira Boaventura de Oliveira (já falecida) e do comerciante Carlos Simões de Oliveira, sendo o oitavo filho do casal. Aos dois anos de idade veio morar em Feira de Santana e, desde criança mostrou muito interesse por trabalhos manuais, desenhos e um conhecimento especial sobre cinema, na época, o grande divertimento da garotada.
Aos 16 anos, com incentivo de sua mãe, foi trabalhar com o arquiteto Amélio Amorim, então, o mais renomado da cidade, onde aprendeu desenho técnico, tornando-se logo, um dos mais requisitados nessa área. Com a dupla de arquitetos José Monteiro Filho e Juraci Dórea continuou desenhista até o início dos anos 70, quando prestou vestibular em Salvador, cursando Artes Plásticas na Universidade Federal da Bahia (Ufba), até 1976.
Em 1973, realizou sua primeira exposição individual, no Clube de Campo Cajueiro, em Feira de Santana, denominada “Realismo Fantástico”, que obteve repercussão imediata, tanto na parte comercial como na mídia especializada, recebendo citação em matéria da conceituada crítica Matilde Matos, do “Jornal da Bahia”. Paralelamente, em Salvador, trabalhou com vários arquitetos, entre eles Itamar Batista, Geraldo Gordilho, Luiz Humberto Carvalho e Neilton Dórea.
Até o final dos anos 80, realizou dezenas de exposições individuais, participou de salões e coletivas, criou cartazes (duas vezes para a Micareta de Feira de Santana) e figurinos para teatro, decoração para eventos, murais, além de cenários para desfiles de moda e peças teatrais.
Aos 30 anos de idade foi morar no Rio de Janeiro e, em 1982, mudou-se para São Paulo, onde abriu o atelier “Garagem 957” juntamente com a designer de jóias Jeanette Pires.Em 1988, foi convidado pelo estilista Ney Galvão para mostrar seusquadros no programa “Veja o Gordo” e indicado pelo mesmo para ser cenógrafo no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).
Ele trabalhou dezesseis anos na emissora, até 2004, exercendo os cargos de assistente de Cenografia, cenógrafo, chefe de Cenografia, gerente de Contra-Regra, gerente de Cenografia & Contra-regra, gerente de Cenografia & Figurino e como coordenador de Cenografia & Figurino.
Vitimado por um câncer, ele voltou para Feira de Santana em dezembro de 2004, depois de ter se submetido a uma delicada cirurgia. Nesta cidade, fez tratamento de quimioterapia e radioterapia. Realizou a que seria sua última exposição, “Faces”, de desenhos, na Galeria de Arte Carlo Barbosa. Em setembro de 2005, com o recrudescimento da doença, ele voltou para São Paulo, onde faleceu em 1º de janeiro de 2006. Seu corpo veio para Feira de Santana, onde foi sepultado no dia seguinte, 2 de janeiro, no Cemitério Piedade. No período em que se restabelecia em Feira, ele construiu seu loft e atelier, que em 30 de novembro de 2006 foi aberto como Acervo Pedro Roberto, que contém seus trabalhos, livros, discos e filmes, entre outras peças.

"Budapeste" é filme chato demais

Leonardo Medeiros e Gabriella Hámori em "Budapeste"
Foto: Divulgação

Não esperava coisa boa, já pelo trailer visto. O certo é que apesar de toda boa vontade, o filme "Budapeste" decepciona. Tanto que não atraiu na sessão das 19 horas de sábado, 27, mais que 20 assistentes - não foi diferente nas outras sessões.
Um filme sobre a palavra, metáforas, "Budapeste", trata sobre choque cultural. O personagem principal, o ghost writter (escritor fantasma) José Costa ou Zsoze Kósta (Leonardo Medeiros), é melancólico, anda vagando pelas ruas do Rio de Janeiro e de Budapeste. O filme baseado em livro homônimo de Chico Buarque é chato, arrastado. E muito apelativo: toda personagem feminina que entra em cena tira a roupa (Giovanna Antonelli, Débora Nascimento, Paola Oliveira e Gabriella Hámori, nesta ordem). Escrita no corpo - um livro no filme tem o nome de "O Ginógrafo" (aquele que escreve sobre uma mulher), também é tema.
Nem ser co-produção com Hungria e Portugal salva o filme, muito menos Chico Buarque aparecer como ele mesmo, pedindo autógrafo para o José Costa. O filme ainda tem uma cena sem sentido - com estátua de Lênin desmontada sendo levada por um barco não se sabe para onde.
Sobre escrever em corpo de mulher, o cinema já deu o filme "Livro de Cabeceira (The Pillow Book), de Peter Greenaway, 1996, com Ewan McGregor e Vivan Wu, de melhor qualidade.

"Vício maldito"

Por Danuza Leão, na "Folha de S. Paulo":
O fumo é um veneno, e quem fuma vai um dia pagar caro por ter achado alguma graça em acender um canudinho

É INACREDITÁVEL que a medida do governo de São Paulo proibindo o fumo em lugares fechados tenha sido contestada pela Justiça. Isso na contramão do mundo inteiro, que vem fazendo tudo que é possível para coibir o vício do fumo.
O fumo é um veneno, e quem fuma vai um dia pagar caro por ter achado alguma graça em acender um canudinho de papel cheio de porcarias, inalar a fumaça direto para os pulmões e depois soprar de novo a fumacinha; no mínimo, ridículo. Nos anos 40, todos os filmes mostravam os atores e atrizes fumando, e isso fazia parte do glamour da época. Lembro da cena de um filme em que o ator punha dois cigarros na boca, acendia os dois e passava um deles para a atriz com quem contracenava. Quanta burrice; quanta ignorância. Eu também fui burra e ignorante durante anos, e apesar de ter sido alertada por tanta gente, só parei de fumar no tranco, isto é, quando meus pulmões pediram socorro.
Fumar é um vício miserável, mais difícil de ser deixado do que qualquer droga pesada. Porque para comprar cigarros não é preciso subir o morro, procurar um traficante e ainda se arriscar a ser preso. Um maço de cigarros não custa quase nada, pode ser comprado na esquina, e fumar não é crime - ainda. Mas os fumantes já começam a ser olhados com maus olhos, e a verdade é que esse vicio é bem nojento.
Está aí uma coisa de que me arrependo muito: ter sido fumante. Quando vou subir uma escada ou mesmo uma pequena ladeira, e tenho que parar para respirar, sinto muita vergonha. Como eu gostaria de ser lépida e ligeira como já fui; e sei que a culpa disso não tem outra origem a não ser o cigarro. É um suicídio lento, e o pior é que não costuma adiantar dizer aos jovens que não entrem nessa porque é uma roubada. Será que é preciso sentir os efeitos da droga para começar a tentar parar? Eu sei que não é fácil, mas não é possível que só a maturidade ensine coisas tão óbvias.
Ouvi dizer que os cigarros estão custando mais caro; pois deviam custar mais caro ainda. Uns R$ 50 por maço seria um preço razoável. E eu queria saber o que passou na cabeça desse juiz -ou desses juízes- que decidiu ser ilegal a medida do governo de proibir o fumo em lugares públicos fechados. Se os fumantes são uns idiotas -tanto quanto eu fui-, não sei o que dizer dessa Justiça que foi contra a medida. A indústria é poderosa, mas está se ferrando no mundo todo; e tomara que se ferre mais ainda.
Que vergonha eu tenho do tempo em que me achava moderna e rebelde e fazia a apologia do fumo. E que raiva eu tenho de mim mesma, quando quero andar mais rápido e não consigo, porque minha respiração falha. Como é que alguém pode fazer mal a si mesma? Por que, a troco de que, se os primeiros cigarros são tão desagradáveis e é preciso insistir para conseguir fumar, se achando o máximo, glamourosa e adulta?
Quando passo pela porta de um shopping e vejo umas pessoas fumando, já que no interior do shopping é proibido, tenho que me conter para não parar, sacudir uma delas pelos ombros e dizer "não seja idiota, pare com isso antes que seja tarde", mas sou obrigada a me controlar, pois não pegaria nada bem fazer isso. Imagino que, se você me leu até agora, é porque não é fumante; se fosse, já teria passado para outra página do jornal.
Mas imagino também que você seja pai ou mãe de um jovem fumante e que gostaria muito que seu filho ou filha deixasse o vício. E não sei mais o que dizer, pois falar não costuma adiantar.

"Não se salva ninguém"

Artigo de João Ubaldo Ribeiro, em "O Globo":
Pelo meu gosto, sinceramente, preferia escrever sobre os novos bem-te-vis que têm aparecido aqui no terraço, a visita fugaz do gavião Herculano ou o capenguinha do calçadão, onde nunca mais apareci, fugindo da humilhação impiedosa que ele me infligia. Então por que não escreve? - perguntariam os leitores que também não aguentam mais ler a respeito de como os nossos governantes se desmandam a torto e a direito e como o nosso dinheiro é tungado alegremente pelos que deviam cuidar dele.Bem, é uma espécie de fraqueza, acho eu. Quando escrevo sobre bemtevis ou sobre o calçadão, fico uma semana sem poder sair nem para ir à padaria, conforme meu costume de provedor esforçado. Sou interpelado ainda pertinho de casa.
- Bom dia - diz-me uma senhora de aspecto severo, assim que dobro a esquina da rua da padaria. - Está indo ao calçadão, assim de havaianas? Você já não anda direito de tênis, imagine de havaiana.
- Não, eu não vou andar no calçadão hoje. Estou dando um tempo a esse negócio de calçadão, não sei se...
- Ainda bem que você está dando um tempo, porque chega de escrever sobre bobagens e futilidades, tem é que descer o malho neles! - Neles? Sim, claro. Mas eu faço muito isso, é que às vezes eu penso que uma mudançazinha de assunto, de vez em quando, é bom.
- É bom para eles! Isso é fugir da sua obrigação! Ou você já se passou para o lado deles? - Para o lado deles, como assim? Não, eu...
- Sei lá, hoje a gente não deve se surpreender com mais nada. Já escreveu a crônica de domingo? —- Ainda não, mas é hoje, daqui a pouco.— Uma ótima oportunidade para se redimir, então. Já estou cansada de defender você na minha turma de pilates. Outro dia me disseram que você já está colocado na Petrobras e por isso só fala agora em calçadão, passarinho, essas coisas. Você não está colocado na Petrobras, está? - Não, de jeito nenhum, não estou colocado em lugar nenhum.
- Bem, eu acredito em você, mas o mesmo não posso dizer de minhas colegas. Vê lá o que você escreve no domingo! Se não for pauleira, você perdeu a defensora! Vê lá, hein, nada de alienação! Prometa! - Mas é que às vezes não é fácil, a gente fica com medo de se repetir, criticando sempre os mesmos, pelas mesmas razões.
- Mas não é preciso se repetir demais! É só cada domingo procurar uma nova área para denunciar. Não se salva nada, nem nenhum deles! Sim, é o que parece hoje, não se salva nada. Agora o foco está no Senado e talvez não saia dele tão cedo, porque chegam a causar abestalhamento os extremos a que se chegou por lá. Com toda a certeza, haverá muito mais a descobrir e não se passa hora sem que o país tome novo susto, embora a reação tenda a tornar-se cínica, nas base do "aqui é assim mesmo, não tem jeito, vai ficar assim até o fim dos tempos".
Nesta época em que se consome tudo, temo até que as denúncias se tornem mercadoria fora da moda e ninguém se interesse por elas. O Senado, deu no jornal, vai fazer uma grande campanha publicitária para melhorar sua imagem e para convencer o povo brasileiro da excelência de suas instituições e do muito que fazem pela coletividade. Tudo mentira, claro, mas a esperança é de que, como sempre acontece, o assunto seja esquecido e tudo volte a ser como dantes no quartel de Abrantes.E
nquanto isso, o Executivo e seus 40 ministros, notadamente na figura de seu chefe, tiram onda de porreta, como se estivessem acima das críticas feitas ao Congresso. A verdade é que, para manter a famosa governabilidade, o Executivo, desde os remotos tempos do mensalão, explora o que de pior tem a política brasileira, do fisiologismo à corrupção pura e simples. Eleito como reformista, o PT não só demonstrou ser igual ou pior aos que desdenhava e vituperava antes, como não fez reforma alguma, a começar pela política e passando pela tributária. Quanto a esta última, aliás, o presidente, que diz qualquer coisa a qualquer hora, sem a mínima preocupação com veracidade ou coerência, acha que está tudo muito bem como está, pois, afinal, nossa carga tributária sueca proporciona a justiça social e os benefícios que vêm sendo dadivados aos mais pobres. O fato de que a aposentadoria do presidente - bem gordinha para os padrões nacionais - é isenta de impostos e de que ele não paga por nada do que consome com certeza contribui para essa visão.Se alguém esperava por reformas dignas desse nome, pode ir esquecendo.
O Congresso está promovendo uma atamancação aos trancos e barrancos, sob o acicate das denúncias e entre conflitos de interesse externos e internos. Mas reformar mesmo aquele saco de gatos não parece ser coisa ainda para esta geração, tamanho o porte dos vícios existentes e a influência das pequenas máfias lá incrustadas desde o tempo dos afonsinhos. O presidente, que continua a beneficiar-se do fato de que a maioria das pessoas presta atenção no que se diz e não no que se faz e põe nas alturas os que já chamou de ladrões com todas as letras, defende Severino, chama os usineiros de heróis, justifica condutas impróprias à base do "aqui sempre se fez assim", vê denuncismo no zelo pela coisa pública e acha justa nossa carga tributária.Pensando bem, quem não aguenta mais isso sou eu. Nos próximos dias, poderei ser encontrado em Itaparica, na condição de técnico do recém-ressuscitado São Lourenço Futebol Clube.
E vou aproveitar para mandar-lhes um relatório sobre a família de sabiás lá da mangueira do pátio.

Diálogo de lideranças

Deputado estadual - O Blog Demais esqueceu de mim...

Deputado federal - Se ele só tem visão crítica para mim...

Eliana com Tarcízio



A deputada estadual Eliana Boaventura, da base de sustentação do governo Wagner, participou da comitiva do prefeito Tarcízio Pimenta nos festejos de São Pedro, em Humildes (Foto 1) e em Jaíba (Foto 2), na noite de sábado, 27.

"Horror e insensibilidade"

Por Olavo de Carvalho, em "Mídia Sem Máscara":
Na década de 60, as organizações de esquerda tinham de se esforçar muito para conseguir recrutar dez militantes entre cada cem ou duzentos jornalistas. A lei que tornou obrigatório o curso universitário para o exercício da profissão mudou isso completamente, entregando sucessivas gerações de jovens desmiolados à guarda de doutrinadores e recrutadores bem capacitados. A conversão maciça da classe jornalística ao esquerdismo tornou possíveis fenômenos como o da ocultação geral do Foro de São Paulo e a farsa da eleição presidencial de 2002, um arranjo entre partidos de esquerda, com exclusão de toda oposição possível, celebrado cinicamente pela mídia nacional em peso como uma apoteose da livre concorrência democrática. O STF fez muito bem ao eliminar a pérfida exigência do diploma, armadilha maquiavélica que rebaixou a qualidade dos nossos jornais e reduziu sua credibilidade ao ponto de que hoje eles não vendem mais exemplares do que o faziam nos anos 50, quando a proporção de analfabetos em nossa população era imensamente maior.
No entanto, a simples eliminação desse instrumento de seleção ideológica não basta para garantir que um pluralismo de verdade venha a reinar na nossa imprensa. Há meios de controle mais sutis e eficientes do que a imposição legal direta. No seu livro The True Story of the Bilderberg Group (Chicago, Independent Publishers Group, 2009), o jornalista espanhol Daniel Estulin mostra como essa plutocracia globalista, empenhada na construção de uma ditadura mundial, conseguiu se manter oculta desde 1954 até pelo menos 1998, estigmatizando como "teoria da conspiração" qualquer tentativa de revelar sua existência: seus componentes simplesmente compraram todos os grandes jornais e redes de TV dos EUA e da Europa. Isso determinou uma mudança mais profunda das funções do jornalismo do que a maioria da população pode ainda conceber. Como o objetivo da elite globalista é derrubar a economia americana e implantar em cima de seus escombros um novo sistema com moeda mundial unificada, impostos globais e administração burocrática planetária, as notícias, na quase totalidade da mídia, já não são selecionadas por nenhum critério de importância objetiva, mas pelo serviço que prestem à programação mental das multidões, de modo a fazê-las aceitar passivamente mudanças drásticas que em condições normais suscitariam explosões de ódio e revolta. A supressão e a manipulação tornaram-se gerais e sistemáticas, ao ponto de atentar diariamente contra a dignidade da inteligência humana e de transformar os mecanismos eleitorais da democracia num mero jogo de aparências.
Quando a elite globalista faz eleger presidente dos EUA um desconhecido, proibindo por todos os meios qualquer investigação séria da sua biografia e reprimindo por toda sorte de ameaças a exigência de que ele apresente seus documentos pessoais, é claro que a noção de "transparência" se transformou numa utopia inalcançável e está instaurado o império do segredo. Quando o indigitado mata um mosquito, compra um cachorro ou brinca de "dama por um dia" nos jardins da Casa Branca, de mãos dadas com a digníssima, o fato é noticiado com imenso alarde em todos os jornais e noticiários de TV, mas até atos oficiais do seu governo, quando arriscam criar alguma resistência, são omitidos por completo ou publicados com discrição que beira o silêncio.
O mesmo acontece com inúmeras notícias de importância histórica mundial que, se reveladas, teriam o dom de despertar as multidões do torpor hipnótico que as imobiliza e incapacita. Dificilmente o leitor encontrará nas páginas dos jornais, tão cuidadosamente foi escondida, a notícia de que Kaing Guek Eav, ex-diretor do sistema de prisões no regime comunista do Camboja, confessou ter mandado assassinar sistematicamente milhares de crianças, filhas de prisioneiros políticos, para que não tentassem vingar seus pais depois de crescidas (v.
http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE55705320090608). Nada ilustra melhor a natureza do comunismo. Essas crianças não foram mortas acidentalmente por bombas durante uma guerra. Se o fossem, e as bombas fossem americanas, estariam em todas as primeiras páginas como provas da maldade capitalista. Como foram assassinadas deliberadamente, e o foram pelo simples crime de ser crianças, é preciso abafar o horror para que, no mínimo, as massas continuem na ilusão do equivalentismo moral entre os países comunistas e os EUA.
Do mesmo modo, as vítimas das FARC e do terrorismo latino-americano em geral, brasileiro inclusive, são meticulosamente excluídas do noticiário, proibidas de entrar no círculo da piedade humana e esquecidas, por fim, como meros dejetos acidentais indignos de atenção.
Enquanto isso, a mídia inteira considera normal e aceitável publicar palavras como estas do Dr. Emir Sader: "Há personagens com uma tal estatura histórica que, independente dos adjetivos e de todos os advérbios, ainda assim não conseguimos retratá-los em nada do que podemos dizer ou escrever. O que falar de Marx, que permaneça à sua altura? O que escrever sobre Fidel? ... O Che é um desses personagens cósmicos."
Num rápido manejo de teclado, criminosos desprezíveis, mentores de Pol-Pot, são elevados às alturas sublimes do indizível, do inefável, do transcendente à linguagem humana. Será exagero chamar isso de idolatria psicótica? Mas mesmo os que não apreciam o comunismo aceitam essa monstruosidade em nome da "diversidade de idéias", como se a matança deliberada de crianças fosse uma idéia, uma hipótese, um mero jogo acadêmico.
A longa convivência com essas enormidades, forçada diariamente pela mídia, dessensibiliza as consciências e as torna incapazes de perceber qualquer diferença entre a santidade e o crime, entre a virtude e a abominação. Na mesma medida e pela mesma razão, a estatura moral das sociedades democráticas vai baixando, e, com a ajuda de milhões de emires sáderes, os Ches e Pol-Pots se aproveitam disso para ostentar mais um pouco da sua infinita superioridade moral, anjos de bondade que pairam no céu, longe do "inferno capitalista".