Por Zelda CaldwellEm seus comentários na terça-feira (1), Vance voltou ao tema de seu discurso de fevereiro na Conferência de Segurança de Munique, criticando a União Europeia por minar a liberdade de expressão e a democracia.
"A elite dominante das sociedades tornou-se ativamente hostil a algumas das próprias ideias sobre as quais esses países foram fundados", disse Vance diante de uma audiência de cerca de 100 pessoas na Heritage Foundation em Washington, D.C. O evento só para convidados teve uma exibição e discussão do primeiro episódio da série de filmes Live Not by Lies (Não Viva de Mentiras, em tradução livre), lançada na terça-feira (1) pela Angel Studios.
O vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, saudou o governo de Donald Trump pela volta aos valores democráticos e religiosos na exibição de uma série de documentários que diz que um regime de "totalitarismo suave" ameaça os EUA e o Ocidente.
"Você vê, na Europa, pessoas presas por rezar, e a polícia pergunta a elas: Sobre o que você está rezando? - como se fosse da conta da polícia. Sim, você vê pessoas que são jogadas na prisão ou têm seus empregos destruídos porque não acreditam nas coisas certas ou não dizem as coisas certas, conforme a intelligentsia liberal que governa algumas dessas sociedades", disse Vance.
O vice-presidente elogiou Trump por "avançar" rumo ao retorno a esses valores baseados na fé, como evidenciado pela proteção da liberdade de expressão pelo governo.
"Acho que se você olhar nos últimos dois meses neste governo, passamos de um país onde assediaríamos, ameaçaríamos, investigaríamos e até prenderíamos manifestantes pró-vida para um onde estamos encorajando ativistas pró-vida a fazer o que puderem para persuadir seus compatriotas americanos", disse Vance.
"Alguns meses atrás, tivemos censura nas mídias sociais descontrolada. Estávamos ameaçando o direito de liberdade de expressão das pessoas por não dizerem as coisas que as empresas de tecnologia do Vale do Silício lhes disseram para dizer. Agora, acredito que temos mais liberdade de expressão na internet hoje do que provavelmente tivemos em dez ou 15 anos. Então, estamos progredindo", disse também o vice-presidente dos EUA.
Depois dos comentários de Vance, Dreher concordou com a avaliação do vice-presidente sobre os esforços do governo Trump para reverter as tendências que ele documentou em seu livro, mas falou contra a complacência.
"Estamos vivendo num momento de esperança. Mas não podemos perder nossa vigilância porque as condições que permitem o aumento do totalitarismo ainda estão conosco", disse Vance. "Essas mentiras malignas não conquistam nossas instituições da noite para o dia e não serão eliminadas da noite para o dia".
Dreher citou o trabalho da filósofa Hannah Arendt, cujo livro As Origens do Totalitarismo, publicado em 1951, falou sobre certas condições que tornavam alemães e russos incapazes de resistir às "mentiras" do Estado, até o ponto de se voltarem contra seus concidadãos e denunciarem suas transgressões às autoridades.
Arendt, disse ele, viu que "a atomização em massa e a solidão, uma completa falta de confiança nas instituições, um desejo de transgressão pela transgressão" abriram o caminho para o totalitarismo na época, dizendo também que essas condições permanecem hoje.
O vice-presidente dos EUA disse esperar que o livro e o filme Live Not by Lies sejam divulgados aos jovens, muitos dos quais sabem pouco sobre as consequências do comunismo e até se dizem ser apaixonados por ele.
"Lembremo-nos de que, se esquecermos o passado, estamos condenados a repeti-lo. Esse filme e o livro são atos de memória. E não se esqueçam do que veem aqui. E não deixem de dizer, especialmente aos jovens, que é importante saber o que era o comunismo", disse Vance, dizendo que há dezenas de filmes sobre o nazismo na Netflix, mas pouco foco no comunismo no serviço de streaming.
Dreher enfatizou: "É por isso que acredito que temos uma geração inteira, uma geração pós-Guerra Fria, de jovens que estão todos no socialismo e no comunismo. Isso é tudo por nossa conta. Agora podemos dar a volta por cima. Mas você tem que divulgar essas histórias com os jovens e deixá-los saber o que aconteceu e por que isso é importante para eles”.
Zelda Caldwell é editora de notícias da Catholic News Agency com sede em Washington, D.C. e trabalhou anteriormente como editora de Notícias e Cultura na Aleteia.
Fonte: https://www.acidigital.com/