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domingo, 30 de novembro de 2025

Prêmio Educador do Ano 2025 para docente da Uefs

Professora Sandra Nívia Soares de Oliveira é criadora do Projeto Alfagaris






Na tarde de sexta-feira, 28, no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (IUefs), aconteceu a sessão solene em que a  Academia de Educação de Feira de Santana fez entrega do 12º  Prêmio Educador do Ano Governador Luiz Viana Filho - 2025, à professora Sandra Nívia Soares de Oliveira, docente daquela Instituição.
Foi uma solenidade belíssima, com um expressivo público, não só a Administração Superior da Uefs, na pessoa da reitora, professora Amali Mussi, da vice-reitora Rita Brêda, mas também dos pró-reitores, além de docentes, funcionários, alunos, familiares e amigos da homenageada e a presença dos alunos do Projeto Alfagaris, coordenado pela professora. Sandra Nívia, verdadeiros protagonistas daquele evento.
Ao saudar a homenageada, em nome da Academia de Educação, a vice-presidente professora Marilda Carneiro Santos observou que "não homenageamos apenas um profissional e sim, um ideal. O ideal de que a educação é o caminho mais sólido para o desenvolvimento humano, social e cultural de uma comunidade". 
A homenageada fez um belíssimo pronunciamento, emocionada e feliz, discorrendo a sua trajetória, na Uefs, inicialmente como estudante de Pedogogia e hoje integra o quadro de docentes. Disse que o Projeto Alfagaris é  um diferencial na sua vida profissional e refletiu que não se trata apenas de alfabetizar mas atuar na reconstrução de cidadania, de direito, de dignidade, especialmente para trabalhadores marginalizados, valorizando suas trajetórias. Agradeceu à equipe da Uefs e à empresa Sustentare, parceira do projeto.   
Também a reitora Amali Mussi fez um breve pronunciamento, dizendo que teve a alegria de participar da criação do Projeto Alfagaris tão logo assumiu a Reitoria em 2015, enaltecendo o trabalho que vem sendo fortalecido a cada ano, especialmente a partir de 2019, quando a professora Sandra Nivia assumiu a coordenação do mesmo.
O presidente da Academia de Educação, professor José Raimundo Pereira de Azevêdo encerrou a solenidade com palavras de agradecimento à Uefs, aos presentes, especialmente aos alunos do Projeto Alfagaris, parabenizando a Sandra Nívia pelo trabalho que realiza como professora daquela Instituição.
Foi um excelente evento, com significativa exposição pública da Academia de Educação, estabelecendo uma relação institucional com a Uefs. Pode-se dizer que a  Uefs conheceu a Academia e a Academia entrou na Uefs. Os acadêmicos, todos eles fizeram ou ainda fazem parte daquela Instituição, inclusive os ex-reitores Yara Cunha e Josué Mello que se encontravam presentes,  foram todos muito aplaudidos.  

Enviado pela Academia de Educação de Feira de Santana 

sábado, 29 de novembro de 2025

Um filme que sempre desejo rever



Julie Adams, Gia Scala, Marianne Koch e Elsa Martinelli em 
"Quatro Garotas, Quatro Destinos" 

Foto: IMDB

Drama romântico, "Quatro Garotas, Quatro Destinos" (Four Girls in Town), de Jack Sher, 1956. No meu primeiro Caderno de Filmes, o 31º filme que assisti. Foi em 1958, logo depois da inauguração do Cine Santanópolis, um dos primeiros filmes lançados na grande sala.
Um filme sobre os bastidores de Hollywood, de um estúdio e o sonho de jovens em alcançar o estrelato.
Ainda menino, estava para fazer dez anos, fiquei fascinado pelo filme, que trata sobre escolhas. 
Um filme que sempre desejei rever mas é um título do catálogo Universal dos anos 50. Assim, uma raridade. Um filme dos tempos em que cinema era pura diversão.
Um filme dentro do filme. Os executivos do estúdio Manning National (que remete a Universal International) promovem uma busca mundial de talentos de uma nova atriz para interpretar Ester em um épico bíblico. Substituição como resultado das exigências contratuais irracionais da temperamental estrela Rita Holloway (Helene Stanton). Aparecem quatro concorrentes - todas muito belas -, uma uma da Áustria, a atriz de teatro e viúva Ina Schiller (Marianne Koch); uma da Itália, Maria Antonelli (Elsa Martinelli), uma da França, a dona de casa de casamento problemático Vicky Dauray (Gia Scala), e outra dos Estados Unidos, a garota com mãe agressiva Kathy Conway (Julie Adams). 
Qual das quatro jovens e belas estrelas internacionais convidadas pelo estúdio substituirá a estrela de glamour do estúdio em um próximo filme?
Cada uma das garotas é interesse romântico de alguém, envolvendo-se em romances fora do set.. Uma do diretor Mike Snowden (George Nader), outra do compositor Johnny Pryor (Sydney Chaplin), uma do playboy Spencer Farrington Jr. (Grant Williams) e a outra do ator Tom Grant  (John Gavin).

Curiosidades

Um dos poucos filmes feitos sobre Hollywood nos anos 50.

O vago filme dentro do filme, baseado em Ester, foi realizado pela 20th Century Fox, em 1960, "Ester e o Rei", com Joan Collins como a personagem bíblica.

As atrizes Clara Bow e Mary Pickford, do cinema mudo, são mencionadas no filme.

Sydney Chaplin era filho do lendário Charles Chaplin.

As cenas ocorrem dentro e no entorno de um estúdio de cinema fictício, oferecendo vislumbres dos estúdios e cenários da Universal International.

Um filme onde a beleza feminina é valorizada. Um gênero de filme que não é mais realizado.

Um filme feito com cuidado, com o brilho de quase 70 anos. Naturalmente que com situações hoje desatualizadas. Vale a pena ver de novo.

As frases de efeito: "Do coração dessas quatro meninas vem uma história de amor para cada mulher!" e "A brilhante história de jovens beldades, ansiosas em busca de dinheiro e casamento".

O diretor Jack Sher é autor do roteiro do filme, com tiradas eloquentes e inteligentes.

Segundo registros, Jack Sher baseou seu roteiro em uma busca por uma atriz europeia que a Universal realizou em junho de 1954 para interpretar Maria Madalena em "Os Galileus", filme que nunca foi realizado. Gia Scala, que faz Vicki Dauray, chegou a ir da Itália para Hollywood.

Outros registros dão conta que a Universal escalou Helene Stanton como Rita Halloway, que só aparece na tela de costas, após perceber seu andar sensual na televisão.

Fontes dão conta que a voluptosa loira e exigente Rita foi inspirada em Marilyn Monroe.

Em uma cena em que Kathy (Julia Adams) e Mike (George Nader) conversam no set de filmagem, o ator José Ferrer aparece como diretor, atuando em uma cena de índios em disparada. Uma participação especial.

Ainda no elenco: Mabel Albertson (a mãe de Kathy, Herbert Anderson, Judson Pratt, Hy Averback, Ainslie Pryor e James  Bell (como os executivos do estúdio), Maurice Marsac (Henri, o marido de Vicky), Eugene Mazzolla (Paul, o filho de Vicky).

Trilha sonora de Alex North, com peças de André Previn (piano) e Henry Mancini (orquestra).

Janno lança quarto livro de poemas em versão digital


O poeta, cantor e compositor Janno, lança próxima, na quarta-feira, dia 3 de dezembro, às 19 horas, o livro de poemas "Triade: A Poesia em Dimensões", em versão Ebook, para os alunos da Escola Municipal João Marinho Falcão e convidados. 
Em sua carreira literária, este é o quarto livro que marca a sua contribuição ao cenário da literatura brasileira, através de escritas de sua veia poética, expressando emoções reais e cotidianas, numa linguagem simples e universal. A publicação terá também o lançamento impresso, em data e local, a ser definida posteriormente.  
"Expressar emoções reais, cotidianas, através de versos, numa linguagem singular, permitindo uma leitura profunda de conexão com o imaginário humano, é o que nos oferece Janno, na sua obra intitulada "Triade: A Poesia em Dimensões", uma junção de três livros que se conectam e ao mesmo tempo possuem suas particularidades", considera  Sandro Penelu.
Após o lançamento, o livro estará disponível gratuitamente, no formato digital, através do link abaixo:
Ebook para baixar (download):https://www.dropbox.com/scl/fi/y69xc6eh5eeeiwca4hy1a/EBOOK-TRIADE-A-POESIA-EM-DIMENS-ES-JANNO.pdf?rlkey=wqwspalcs71elcwja2u2c0pw0&st=yifi9x2j&dl=0

Enviado por Alyrio Ribeiro

Visão de "O Covil da Morte"



Visão do drama criminal "O Covil da Morte" (Edge of Eternity), de Don Siegel, 1959. "Borda da Eternidade" é a tradução do título original. A beleza do Grand Ganyon e do Rio Colorado, uma das maravilhas naturais do mundo, serve de pano de fundo para o mistério do filme. Na verdade, o cânion é o protagonista do filme.

Na década de 1950, no Arizona, o xerife adjunto Les Martin (Cornel Wilde) é pressionado pela comunidade a solucionar três assassinatos dentro e nos arredores de uma cidade fantasma no Grand Canyon. Com a ajuda de seu intetresse romântico, a socialite Janice Kendon (Victoria Shaw), seus esforços levam o assassino, Scott O'Brien (Mickey Shaughnessy), a fugir, tendo a garota como refém. A perseguição de carro e helicóptero culmina em uma plataforma suspensa por cabos a mais de um quilômetro acima do fundo do cânion.

No elenco, Edgasr Buchanan, Rian Garrick, Alexander Lockwood, Jack Elam, Hope Summers e o diretor Don Siegel, que aparece na piscina de um hotel.

Conflitos morais em filme noir

 



Revisão do filme "Dinheiro Maldito" (Private Hell 36), de Don Siegel, 1954. "Inferno Privado 36" é a tradução do título original. Como o outro filme visto e comentado, "A Morte Espera no 322", trata sobre ganância e tentação, além de conflitos morais.
Na trama, os detetives Calvin Bruner (Steve Cochran) e Jack Farnham (Howard Duff) encontram os 300 mil dólares levados de um roubo e um deles sugere a não devolução de parte do dinheiro.
Narrador em voz off grave diz: "O crime: um assassinato. O motivo: dinheiro. 300 mil dólares que não chegaram a ser depositados no banco conforme seria o esperado. O lugar: New York City. O assassino e o dinheiro desapareceram. Um trabalho feito a sangue frio". (Pausa). 
Prossegue o narrador: "E foi só um ano mais tarde que, na cidade de Los Angeles, o crime voltou à cena. O detetive-sargento Calvin Bruner, do Departamento de Polícia de Los Angeles, estava trabalhando em um caso de assalto. Havia terminado seu turno, estava a caminho de casa, quando seus olhos e ouvidos treinados o fizeram parar…"
Ida Lupino (Foto 1, com Steve Cochran), co-autora do roteiro original e dona da companhia produtora, também estrela o filme. Sua personagem, Lilli Marlowe é uma cantora e interesse romântico de Bruner. A bela Dorothy Malone (Foto 2) faz a esposa do outro policial, Farnham.
O cineasta Sam Peckinpah (creditado como David Peckinpah) foi o diretor de diálogos deste filme.

Projeto Jovem Cientista, da Acadian Sea Beyond, recebe 23 propostas de pesquisa em sua primeira edição

Iniciativa apoia estudos científicos em universidades com uso da alga Ascophyllum nodosum e promove soluções sustentáveis para a agricultura

 


Em sua primeira edição, o Projeto Jovem Cientista recebeu 23 propostas de estudos científicos de diversos países da América Latina, demonstrando o interesse de jovens pesquisadores em desenvolver soluções sustentáveis para a agricultura. O programa, iniciativa da Acadian Sea Beyond, busca incentivar a formação de novos profissionais e fortalecer a parceria da empresa com instituições acadêmicas, por meio de pesquisas com formulações da alga marinha Ascophyllum nodosum.

O processo de seleção é composto por três fases, com critérios técnicos bem definidos. Na primeira, os projetos deveriam utilizar formulações de Ascophyllum nodosum, ser orientados por professores de instituições reconhecidas em ciências do solo e apresentar potencial de publicação científica. Não houve limite de inscrições por instituição, desde que os projetos atendessem aos critérios e contassem com o acompanhamento técnico da Acadian.

Das 23 inscrições, 17 superaram a primeira etapa e avançaram para a segunda fase, incluindo 10 dissertações de mestrado e sete teses de doutorado.

Na segunda fase, as propostas são avaliadas quanto ao alinhamento com a estratégia da Acadian, potencial de publicação, relevância para o setor agrícola e geração de informações estratégicas para novos produtos. Os resultados serão apresentados em exposições técnicas, avaliando também metodologia científica, aplicação prática e domínio do tema.

A terceira etapa contará com comitê de pesquisadores latino-americanos independentes, responsável por escolher os três melhores projetos. Professores orientadores e estudantes receberão prêmios: o primeiro lugar ganhará uma viagem internacional aos laboratórios da Acadian; o segundo, um laptop de última geração; e o terceiro, um iPhone (para o professor e para o estudante).

"O Jovem Cientista é mais do que um programa de incentivo à pesquisa: é uma forma de aproximar a ciência da prática agrícola, valorizando o trabalho das novas gerações de pesquisadores", destaca Willi Heitmann, coordenador de desenvolvimento de mercado da Acadian no Cone Sul. "O acompanhamento dos trabalhos ocorrerá até junho de 2026 e os vencedores serão anunciados em 31 de julho. A cerimônia de premiação ocorrerá em 31 de agosto e novas inscrições serão abertas já a partir de 1º de abril de 2026", complementa.

Jovem Cientista Júnior

Embora o foco inicial do projeto fosse a pós-graduação, seis projetos de graduação de alta qualidade foram submetidos na primeira edição. Em razão do nível técnico e da originalidade das propostas, a Acadian decidiu criar uma nova categoria, voltada especificamente a estudantes de graduação: o "Jovem Cientista Júnior".

"Ficamos muito impressionados com a qualidade das inscrições de alunos de graduação e por isso decidimos criar uma categoria exclusiva para reconhecer esse grupo", explica Willi Heitmann. "É uma forma de estimular ainda mais o interesse dos jovens pela pesquisa científica e pela agricultura sustentável."

Assim, o programa passa a contar com duas categorias: "Jovem Cientista" (mestrado e doutorado) e "Jovem Cientista Júnior" (graduação), ampliando as oportunidades de participação e incentivo à formação de novos talentos.

"O Projeto Jovem Cientista reforça nosso compromisso com a inovação, a ciência e o fortalecimento da agricultura sustentável na América Latina", assinala Willi Heitmann.

Sobre a Acadian Sea Beyond

A Acadian Sea Beyond, fundada em 1981 no Canadá, é a maior empresa independente de coleta, manejo e extração de algas marinhas do mundo, além de ser líder internacional em soluções biológicas sustentáveis baseadas em ciência para cultivos de alto valor, bem como para cultivos em larga escala. A empresa está comprometida com o desenvolvimento de produtos inovadores e patenteados, com foco em sustentabilidade, produtividade e agricultura regenerativa. Presente em mais de 80 países e com cerca de 400 colaboradores em todo o mundo, a Acadian se dedica à pesquisa com Ascophyllum nodosum, a alga marinha mais estudada no mundo e com resultados consistentes para bioestimulação de plantas.

 

Enviado por Gabriela Carvalho, da Texto Comunicação Corporativa

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Próxima edição do Cinema no Casarão em fevereiro de 2026

 Como foi a sexta edição do projeto na Sala Dimas Oliveira





O fotógrafo e historiador Angelo Pinto e o jornalista e memorialista Dimas Oliveira foram os palestrantes na noite desta sexta-feira, 28, n
o Projeto Cinema no Casarão, que aconteceu na Sala Dimas Oliveira - que recebeu placa - do Casarão Fróes da Motta, após apresentações dos filmes documentários "Inauguração do Sistema de Abastecimento de Água da Cidade" (1957) e "Inauguração do Centro de Abastecimento" (1976), do acervo de Dilson Barbosa, mais "Ser Tão", de José Umberto.

Com propriedade, Angelo Pinto dissecou os dois documentários históricos. Um com cenas da inauguração do sistema de água em  Feira de Santana, pelo prefeito João Marinho Falcão em 26 de janeiro de 1957 e outro com a inauguração do Centro de Abastecimento em 1976, pelo prefeito José Falcão da Silva. Ele refletiu a importância dos registros fotográficos e vídeos para a preservação da história de uma cidade, relatando fatos e curiosidades referentes aos dois acontecimentos.

Por sua vez, Dimas Oliveira contou da experiência de ser assistente de direção de "Ser Tão" e tratou sobre o autor e sua forte ligação com Feira de Santana. O filme utiliza o painel de Lenio Braga, no Terminal Rodoviário como protagonista. Ele apresentou detalhes sobre a realização do filme. A partir do painel cenas retratam a feira livre, o ritmo e a rotina de pessoas envolvidas em suas atividades. Os rostos simples, suados, desgastados pela labuta do dia a dia, os sorrisos, os gestos... um cenário envolvendo beleza e simplicidade. Poesia.

Foi mais uma realização da Fundação Senhor dos Passos e deo Núcleo de Preservação da Memória Feirense Rollie E. Poppino, sendo a sexta edição do projeto. 

O Cinema no Casarão não terá programação no próximo mês de dezembro. O projeto voltará no mês de fevereiro de 2016, segundo o presidente da Fundação Senhor dos Passos, Péricles Marques.

Presenças

Casais presidente da Fundação Senhor dos Passos Péricles Marques com Amália, José Raimundo de Azevêdo e Sarah Pires, Pititiu Miranda e Ivany Nunes, Cícero Barreto e Marilene Barreto, professor Antonio Pereira da Cruz Neto, Antonio Nascimento de Oliveira, Cristina Alves, e mais.

Assista ao filme "Ser Tão", de José Umberto

"Ser Tão", de José Umberto, 1980, realizado em Feira de Santana, principalmente focando o Painel de Lênio Braga, no Terminal Rodoviário. 

Nesta sexta-feira, 28, foi exibido na programação do projeto Cinema no  Casarão, na Sala Dimas Oliveira do Casarão Fróes da Motta. 

"Ser Tão" é destaque no Cinema no Casarão


Dimas Oliveira diante do Painel de Lênio Braga, no Terminal Rodoviário de Feira de Santana, durante as filmagens de "Ser Tão" (Foto: Lúcio Mendes).  

Há 45 anos, o jornalista Dimas Oliveira, foi assistente de direção do filme "Ser Tão", de José Umberto, em 1980, realizado em Feira de Santana, principalmente focando o Painel de Lênio Braga, no Terminal Rodoviário. 

Nesta sexta-feira, 28, às 19h30, na programação do projeto Cinema no  Casarão, na Sala Dimas Oliveira do Casarão Fróes da Motta, a exibição desse documentário seguida de comentário do jornalista. O evento é gratuito e aberto ao público em geral. 

O Cinema no Casarão chega à sexta edição pelo Núcleo de Preservação da Memória Feirense Rollie E. Poppino, da Fundação Senhor dos Passos. 

Na programação, também a exibição dos documentários "Inauguração do Sistema de Abastecimento de Água da Cidade" (1957) e "Inauguração do Centro de Abastecimento" (1976), do acervo de Dilson Barbosa, com apresentação de Angelo Pinto, um dos idealizadores do projeto. 

Todos os três filmes foram digitalizados e são integrantes de edições da coleção "Fragmentos da História de Feira de Santana", lançada pelo Núcleo de Preservação da Memória Feirense Rollie E. Poppino. 

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Página 2 do "NoiteDia"


 

Visão de "Pecados de Jezebel"


Visão do drama bíblico "Pecados de Jezebel" (Sins of Jezebel), de Reginald Le Borg, 1953. O filme é narrado por John Hoyt, que na trama faz o profeta Elias. É inspirado no livro de Reis, da Bíblia Sagrada. "E os cães devorarão Jezebel junto aos muros de Jezreel..." 

Israel, século IX antes de Cristo. O profeta Elias (John Hoyt) aconselha o rei Acabe (Eduard Franz), já idoso e imaturo, a não se casar com Jezebel (Paulette Goddard), uma jovem e bela princesa da Fenícia, ardilosa e idólatra pagã. Acabe manda chamar Jezebel e ordena a seu capitão Jeú (George Nader), que escolte a caravana da princesa. Jeú conhece Jezebel e se sente atraído e seduzido. Ela pensa que ele é o rei. Jezebel chega ao palácio e é recebida por Acabe. Na noite de núpcias, ela foge do rei e o convence a introduzir o culto a Baal, construindo um templo e enfurecendo a Deus, que decide pesar sua mão sobre Israel, enviando uma seca por causa da idolatria. 

Visão do filme noir "A Rua Sem Nome"


Visão do filme noir "A Rua Sem Nome" (The Street With No Name), de William Keighley, 1948. O filme, com ação, crime, drama e suspense, utiliza estilo semidocumentário para contar a história de uma investigação do FBI. Teve com títulos provisórios: "O Maior Crime", "Caçada Humana" e "A História do FBI".

O prólogo avisa: "O filme que você está prestes a ver foi adaptado dos arquivos do FBI. Sempre que possível, foi filmado no local original e interpretado pelos próprios agentes do FBI envolvidos."

Na trama, após dois assassinatos relacionados a gangues no centro da cidade, um suspeito, Robert Danker (Robert Patton), é preso, liberado sob fiança e... assassinado. O inspetor Briggs (Lloyd Nolan), do FBI, recruta um jovem agente secreto do FBI, Gene Cordell (Mark Stevens), que com o nome de George Manly e como uma possível vítima do mesmo esquema se infiltra em uma organização criminosa liderada pelo sinistro Alec Stiles (Richard Widmark), que está "construindo uma organização com princípios científicos" na sombria região de Skid Row. Stiles recruta George, mas sua vida corre perigo por causa de um misterioso informante que passa dados privilegiados para Stiles.

Na trilha sonora, "Beg Your Pardon" (Peço Desculpas), de Francis Craig e Beasley Smith, é interpretada por Marion Marshall na cena de assalto inicial.

No elenco: Barbara Lawrence, Ed Beg, John McIntire, Joseph Pevney, Randy Stuart, Lane Chandler e Joan Blair.

Filmes em Exibição no Orient CinePlace Boulevard

Por Dimas Oliveira e Milena Batista

LANÇAMENTO NACIONAL

ZOOTOPIA 2 (Zootopia 2), de Jared Bush e Byron Howard, 2025. AnimaçãoAgora parceiros inseparáveis, a coelha Judy Hopps e a raposa Nick Wilde enfrentam o desafio mais perigoso de suas carreiras: solucionar os rastros deixados por Gary, uma serpente misteriosa. Cópia dublada. Classificação: LivreDuração: 108 minutos. Horários: 13h10, 13h30, 15h50, 18h10 e 20h30.

CONTINUAÇÕES

WICKED: PARTE II (Wicked For Good), de John M. Chu, 2025. Com Ariana Grande, Cynthia Erivo e Jeff Goldblum. Fantasia. Após desafiar o regime totalitário do Mágico de Oz, Elphaba precisa lidar com sua identidade como a "Bruxa Má do Oeste", vivendo no exílio e escondida na floresta. Enquanto isso, o Mágico concedeu a Glinda o título de "Bruxa Boa do Norte" e o status público de defensora da nação contra Elphaba. As duas precisam tomar decisões que selarão seu destino. Segunda semana. Cópia dublada. Não recomendado para menores de 10 anos. Duração: 137 minutos. Horários: 13 horas, 15h40, 18h20 e 21 horas.
TRUQUE DE MESTRE: O TERCEIRO ATO (Now You See Me: Now You Don't), de Ruben Fleischer, 2025. Com Jesse Essenberg, Woody Harrelson, Morgan Freeman e Rosamund Pike. Thriller. Um roubo de diamantes reúne ilusionistas aposentados com novos artistas, enquanto eles atacam criminosos perigosos. Terceira semana. Cópia dublada. Duração: 107 minutos. Não recomendado para menores de 12 anos. Horários: 13h50, 16h10, 18h30 e 20h50.
PREDADOR: TERRAS SELVAGENS (Predator: Badlands), de Dan Trachtenberg, 2025. Com Elle Fanning e Dimitius Schuster-Koloamateng. Ação e ficção científica. Um jovem predador da raça Yautja, marginalizado de seu clã, encontra uma aliada improvável na sobrevivente humana Rhia. com quem embarca em jornada cheia de perigos. Quarta semana. Cópia dublada. Duração: 107 minutos. Não recomendado para menores de 16 anos. Horário: 15h30.
FILME DA SEMANA - PREÇO ÚNICO R$ 10,00
O SOBREVIVENTE (The Running Man), de Edgar Wright, 2025. Com Glen Powell, Emilia Jones e Josh Brolin. Ação. Um homem se junta a um game show no qual os competidores, que podem ir a qualquer lugar do mundo, são caçados até a morte. Segunda semana. Cópia dublada. Não recomendado para menores de 16 anos. Duração: 135 minutos. Horários: 17h45 e 20h25.
Programação - sujeita a alteração - até quarta-feira, 3 de dezembro

A incrível a decisão do Concine em denegar o certificado de produto brasileiro ao filme "Ser Tão"


Em 1980, o filme "Ser Tão", de José Umberto - digitalizado pela Fundação Senhor dos Passos, através do Núcleo de Preservação da Memória Feirense, e lançado em coletânea de DVDs "Fragmentos da História de Feira de Santana" e que tem exibição nesta sexta-feira, 28, às 19h30, no Cinema no Casarão, na Sala Dimas Oliveira -, teve Certificado de Produto Brasileiro negado pelo Conselho Nacional de Cinema (Concine). Então, o cineasta apelou ao ministro da Educação Eduardo Portella, no sentido de que aquela autoridade examinasse a obra fílmica pessoalmente, pois refutou a resolução

Concine 52/1980. "Peço que V. Excia. apure o significado da questão e, se possível, assista ao filme para obter uma clareza de situação".

No item 3 do parágrafo IV dessa resolução, constava que "a obra necessita versar tema objetivamente vinculado à realidade brasileira, de natureza cultural, técnica, científica ou informativa".

Como assistente de direção do filme, Dimas Oliveira considerou em matéria publicada no jornal "A Tarde" que "é realmente incrível a decisão do Concine em denegar o certificado de produto brasileiro ao filme 'Ser Tão' - também a 'Cantos Flutuantes', outro filme de José Umberto realizado no mesmo ano". "Somente se pode acreditar em discriminação contra o cinema do Nordeste, porque não se pode imaginar incompetência ou burrice dos membros da comissão. Ou será que pode? É de ficarmos pasmos com tal decisão, que tem que ser revogada".

José Umberto, na mesma matéria, completa esse raciocínio, quando questionou se "a cultura popular sertaneja não estaria vinculada à realidade brasileira?".

Em sua coluna na "Tribuna da Bahia", o crítico André Setaro considerou que "a recusa, aparentemente, é inexplicável. O que pensar então? Picaretagem de grupo? Claro e evidentemente que sim!".

Disse mais Setaro: "Um escândalo que vem ocorrendo nesse Departamento da Embrafilme. Um basta faz-se mister. Os responsáveis pela política cultural (?) do cinema brasileiro estão, na verdade, cooptando com a safadeza, a mesquinharia e a picaretagem".

"Sertão" é um documentário poético em torno do belíssimo mural do pintor Lênio Braga, instalado no Terminal Rodoviário de Feira de Santana. "É um filme sobre a beleza do imaginário da cultura popular sertaneja, através seus poetas de cordel e repentistas", considera José Umberto. 

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Visão do filme noir "A Ladra"


Mais um exemplar para a série "Não se faz mais filmes como antigamente". O cinema atual não tem, mesmo, a qualidade criativa e narrativa dos anos passados. Mais uma constatação com a visão do filme noir "A Ladra" (Whirlpool), de Otto Preminger, 1950. O filme tem crime, drama, mistério, romance e suspense. Hipnose é o tema central.

"Amanhã ela saberá o que fez esta noite!", foi a frase de efeito no lançamento. O filme é uma adaptação livre do romance "Methinks the Lady", de Guy Endore, que participou do roteiro. Tem a premissa de que "um casamento  bem-sucedido geralmente se baseia naquilo que marido e mulher desconhecem um sobre o outro".

Ann Sutton (Gene Tierney), esposa de um psiquiatra famoso, William Sutton (Richard Conte), sofre de cleptomania. Ela cai nas garras de um hipnotizador vigarista, David Korvo (Jose Ferrer), quando ele descobre que ela furta em lojas e a convence em ser curada com hipnose. Theresa Randolph (Barbara O'Neil), uma ex-paciente de Korvo, que está em tratamento com Sutton, é encontrada assassinada por Ann, que não se lembra de como chegou no local do crime. As suspeitas do Tenente Colton (Charles Bickford) recaem sobre ela, que aparentemente não tem como provar sua inocência. Emocionalmente abalada e confusa, Ann não tem certeza se cometeu ou não o crime. Sutton e o policial conseguem desvendar o mistério?

No elenco: Eduard Franz, Constance Collier, Fortunio Bonanova, Laurence Dobkin, Sally Forrest, Joyce Mackenzie, Ian McDonald, Roger Moore e Helen Westcott.

"Jesus - A Luz do Mundo" chega aos cinemas fortalecendo programação especial para família em dezembro

 O fechamento de grupos promocionais e salas inteiras antes da estreia fomentam o avanço do filme dos cinema


Com a  chegada de dezembro, mês de estreias concorridas e de grandes produções internacionais, uma mobilização inédita começa a ganhar força entre lideranças cristãs e comunidades de fé em todo o país. O motivo é simples: garantir que "Jesus – A Luz do Mundo", próximo grande lançamento do cinema cristão nacional, tenha espaço, alcance e visibilidade nas salas comerciais - algo que depende diretamente do engajamento do público.

Além disso, o filme chega em tempo para fortalecer a programação de férias para as famílias brasileiras. Neste período de dezembro e janeiro, começa a correria dos pais em busca de atividades para a criançada e o filme ganha protagonismo nesta agenda.

A mensagem que move os corações

Antes de falar de estratégias de mobilização, é essencial lembrar da estratégia que move todo o esforço: a mensagem central do filme. "Jesus - A Luz do Mundo" não é apenas mais um lançamento de fim de ano; é um chamado para que o verdadeiro sentido do Natal seja relembrado: Jesus, o Salvador, o Natal de todos. 

Em meio a um período marcado por correria e festas, o filme busca recentrar o olhar do público à mensagem que mudou o mundo e continua a gerar fé e esperança em muitos corações. Essa mensagem é viva e necessária e torna ainda mais importante o engajamento dos líderes para que o filme seja fortalecido nos cinemas e que mais pessoas conheçam a narrativa do amor de Deus

A força dos grupos e o poder da antecipação

A dinâmica das redes de cinema é conhecida: filmes que estreiam em períodos de alta demanda precisam mostrar força de público desde o primeiro dia para manter salasa compra antecipada de ingressos em grupos acima de 20 pessoas - que garante meia-entrada para todos - e o fechamento de salas antes da estreia , horários e continuidade de exibição. Para produções cristãs, isso se torna ainda mais relevante.

É nesse contexto que se tornam estratégias essenciais. Mais do que vantagens financeiras, esses movimentos funcionam como um sinal de interesse imediato para os cinemas, que passam a reservar mais sessões para o filme.

Por que isso é fundamental agora

Dezembro é um dos meses mais competitivos do calendário cinematográfico. Franquias internacionais, produções de alto orçamento e estreias aguardadas disputam espaço nas salas. Para que uma obra cristã entre nessa corrida, o engajamento prévio das igrejas é decisivo.

"Os cinemas trabalham com números. Quando uma igreja ou comunidade fecha uma sala inteira antes da estreia, ela não está apenas comprando ingressos - está garantindo que esse filme continue em cartaz, alcance outras pessoas e permaneça visível", explica Ygor Siqueira, CEO da 360 WayUp e Heaven. Segundo ele, a sobrevivência e o crescimento do cinema cristão no Brasil dependem exatamente desse tipo de mobilização.

Um chamado especial para as igrejas

Pastores, líderes de ministério, jovens, famílias e grupos pequenos estão sendo convidados a transformar essa estreia em um movimento nacional. A ideia é clara: lotar sessões, fechar salas e fazer do lançamento de "Jesus – A Luz do Mundo" um marco de união, fé e testemunho público.

Além de incentivar a ida ao cinema, as lideranças podem destacar o impacto espiritual de ocupar esses espaços culturais com mensagens de esperança e reflexão - algo especialmente significativo num período em que muitos brasileiros buscam propósito, renovação e direcionamento.

Como as igrejas podem participar

. Fechar uma sala completa para a estreia ou para os primeiros dias de exibição;

. Comprar grupos de 20 ingressos ou mais, garantindo meia-entrada para todos;

. Organizar caravanas, encontros de ministérios, células e departamentos;

. Mobilizar jovens e famílias para celebrar juntos a experiência cinematográfica;

. Divulgar cartazes, trailers e datas em redes sociais e cultos.

Mais do que um filme — uma missão

"Jesus - A Luz do Mundo" chega aos cinemas com a proposta de reacender valores cristãos e falar ao coração do público brasileiro. Mas seu alcance dependerá não apenas da qualidade do filme, mas também de uma ação coletiva - um verdadeiro movimento de fé.

Em um ano marcado por mudanças profundas e desafios sociais, a estreia se torna uma oportunidade de testemunho, comunhão e impacto cultural.

O convite está feito: igrejas do Brasil, este é o momento de agir. Fechem suas salas, organizem seus grupos e levem a mensagem da Luz ao maior número de pessoas possível. Dezembro será histórico — e você pode fazer parte disso.

 

Enviado por 360 WayUp

Drama de guerra "No Umbral da China"


Angie Dickinson faz Lucky Legs (Pernas da Sorte) em "No Umbral da China"

Visão do drama de guerra "No Umbral da China" (China Gate), de Samuel Fuller, 1957. U, em um ambiente de conflito.

Na ação, em 1954, durante os últimos dias da Guerra da Indochina Francesa, no período pós-Segunda Guerra Mundial, um grupo de mercenários é recrutado para atravessar território inimigo até a fronteira com a China, com o objetivo de destruir um depósito de armas. Uma contrabandista eurasiana, Lucky Legs (Angie Dickinson) concorda em usar suas conexões para ajudá-los, em troca de levar seu filho (Warren Hsien) para os Estados Unidos. O grupo conta com o dinamitador Sargento Brock (Gene Barry), ex-marido de Lucky Legs e pai do menino. Ela precisa usar a atração do comandante do arsenal, Major Cham (Lee Van Cleef), para que o grupo tenha acesso ao lugar. Ela está disposta a fazer todos os sacrifícios para alcançar esse objetivo.

Então, a História conta que França governava a Indochina, que incluia o Camboja, Laos e Vietnã, até a derrota militar para os comunistas liderados por Ho Chi Minh em Dien Bien Phu. Episódio que levou os Estados Unidos a enviar tropas para o Vietnã.

Nat King' Cole faz o soldado Goldie. Ele interpreta a balada "China Gate", música de Victor Young e letra de Harold Adamson, que titula o filme.

terça-feira, 25 de novembro de 2025

"Ser Tão": riquezas da miséria



José Umberto (ajoelhado) com Dimas Oliveira e Fernando Beléns (
Foto: Lúcio Mendes)

Na noite de sexta-feira, 28, às 19h30, na Sala Dimas Oliveira, do Casarão Fróes da Motta, sequência do Projeto Cinema no Casarão, criado e promovido pela Fundação Senhor dos Passos e o Núcleo de Preservação da Memória Feirense Rollie Poppino, 

A sexta edição ocorre com a exibição dos documentários "Ser Tão", de José Umberto, 1980, mais "Inauguração do Sistema de Abastecimento de Água da Cidade", de 1957, e "Inauguração do Centro de Abastecimento", de 1976, esses dois últimos do acervo de Dilson Barbosa e todos os três digitalizados e integrantes de edições da coleção "Fragmentos da História de Feira de Santana". O fotógrafo e professor Ângelo Pinto, idealizador do projeto junto com Carlos Brito, mais o memorialista e jornalista Dimas Oliveira, farão as apresentações dos filmes. O evento é gratuito e aberto ao público em geral.

O autor José Umberto escreveu sobre seu filme: "Ser Tão": riquezas da miséria

O Cinema Novo brasileiro revelou o realismo da miséria, digo, a teorização da práxis da estética da fome. O sertão é um espaço humano e geográfico onde a miséria do latifúndio se expõe nas riquezas do imaginário popular. Poetas, pintores, cantadores repentistas expressam um universo de beleza imaginária que extrapola do regional em direção ao universal.
"O sertanejo é, antes de tudo, um forte", é uma frase do célebre livro "Os Sertões", de Euclides da Cunha. Esta fortaleza se condensa na capacidade expressiva do imaginário paralela ao esforço de conseguir sobreviver com inventiva diante de um princípio de realidade indigno socialmente.
A beleza do documentário poético, 35 mm, "Ser Tão"  está presente na própria realidade selecionada pelo enquadramento cinematográfico. A realidade subdesenvolvida do miserabilismo é naturalista. Interessou-nos, porém, o homem nas suas paisagens física e social, envolto na sua posição poética e na resistência pela conquista da sobrevivência como ser humano.
A descoberta da arte e da vida de um povo, como o sertanejo brasileiro, representa uma viagem de desafios, surpresas e encanto.  
Sinopse
 O ponto de partida do filme é o precioso mural do pintor Lênio Braga instalado na Estação Rodoviária de Feira de Santana, cancela de entroncamento para o sertão. Uma visão sertaneja inspirada na poesia de cordel, revelando o homem nordestino em seu contato com a terra e os animais, a feira de gado e o comércio de miudezas, o boi que espanta a madrugada e o leite branco que jorra, o boiadeiro que conduz o criatório com seu canto genuíno, o poeta que vende suas fantasias no mercado, a caatinga na sua desolação agreste. O documentário compõe um jogo visual e sonoro com esses elementos poéticos da realidade e da fantasia do real no sertão.
Ficha Técnica
Roteiro, montagem e direção: José Umberto; Direção de fotografia: Lúcio Mendes; Assistente de direção: Dimas Oliveira; Assistente de fotografia: Alonso Rodrigues; Still: Stefano Romano; Técnico de som: José Alberto Machado; Direção de Produção: Márcia Vergne; Produção: J. U. Dias; Bitola: 35 mm; Cor: Eastmancolor; Duração: 10 minutos; Ano: 1980.
Digitalizado, este filme consta da coleção “Fragmentos da História de Feira de Santana - Volume 8”, que a Fundação Senhor dos Passos, através no Núcleo de Preservação da Memória, lançou no dia 8 de abril de 2016, no Mercado de Arte Popular.