Em 1980, o filme "Ser Tão", de José Umberto - digitalizado pela Fundação Senhor dos Passos, através do Núcleo de Preservação da Memória Feirense, e lançado em coletânea de DVDs "Fragmentos da História de Feira de Santana" e que tem exibição nesta sexta-feira, 28, às 19h30, no Cinema no Casarão, na Sala Dimas Oliveira -, teve Certificado de Produto Brasileiro negado pelo Conselho Nacional de Cinema (Concine). Então, o cineasta apelou ao ministro da Educação Eduardo Portella, no sentido de que aquela autoridade examinasse a obra fílmica pessoalmente, pois refutou a resolução
Concine 52/1980. "Peço que V. Excia. apure o significado da questão e, se possível, assista ao filme para obter uma clareza de situação".
No item 3 do parágrafo IV dessa resolução, constava que "a obra necessita versar tema objetivamente vinculado à realidade brasileira, de natureza cultural, técnica, científica ou informativa".
Como assistente de direção do filme, Dimas Oliveira considerou em matéria publicada no jornal "A Tarde" que "é realmente incrível a decisão do Concine em denegar o certificado de produto brasileiro ao filme 'Ser Tão' - também a 'Cantos Flutuantes', outro filme de José Umberto realizado no mesmo ano". "Somente se pode acreditar em discriminação contra o cinema do Nordeste, porque não se pode imaginar incompetência ou burrice dos membros da comissão. Ou será que pode? É de ficarmos pasmos com tal decisão, que tem que ser revogada".
"Sertão" é um documentário poético em torno do belíssimo mural do pintor Lênio Braga, instalado no Terminal Rodoviário de Feira de Santana. "É um filme sobre a beleza do imaginário da cultura popular sertaneja, através seus poetas de cordel e repentistas", considera José Umberto.


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