Ex-presidente diz que seu partido
não sofreu "derrota estratégica"
A
ex-presidente Dilma Rousseff participou do Fórum do Pensamento Crítico, em
Buenos Aires, Argentina, na segunda-feira, 19. Em um discurso inflamado,
repercutido pela Rádio Jovem Pan, ela falou sobre a formação de uma frente de
oposição liderada pelo Partido dos Trabalhadores.
"Uma frente
democrática, que seja a mais ampla possível. Para sermos capaz de fazer todas
as alianças necessárias, com todos os segmentos. A gente fará aliança até com o
diabo para combatê-los", insistiu Dilma na cerimônia de abertura do evento que
reuniu dirigentes da esquerda de vários países.
Durante seu
discurso ela explicou que tais alianças devem ter como base "corações antiliberais
e antiautoritarismo" para combater o que chamou de "neofascismo". Segundo ela,
o governo de Bolsonaro é de extrema-direita, que "tem essa característica de
querer moderar os neofascistas que agora chegaram ao poder".
Insistindo
no discurso adotado pelo PT desde a derrota de Fernando Haddad, Dilma criticou
o fim do programa Mais Médicos, assinado com Cuba durante o seu primeiro
mandato. "Isso significa que milhões de brasileiros não terão acesso ao
atendimento básico de saúde. E essa sistemática alteração dos direitos vai
provocar uma reação popular", prevê.
Mesmo não
tendo sido eleita para o Senado, ela comentou o resultado das urnas, dizendo
que seu partido não sofreu, em nível nacional, "uma derrota estratégica". "Elegemos a maior bancada no Congresso e o maior número de governadores por
partido. Eles dizem de forma clara que querem a nossa destruição. É um método
fascista. E também querem destruir as conquistas dos movimentos sociais como os
Sem Terra (MST) e os Sem Teto (MTST), dois movimentos que tratam de um grande
problema do Brasil: a desigualdade", assegurou.
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