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quarta-feira, 4 de abril de 2018

Deltan rebate críticos: jejum e oração não fere "Estado laico"


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Procurador tem fé sendo atacada pela imprensa

O procurador da República e coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato no Paraná, Deltan Dallagnol vem sendo atacado constantemente por parte da imprensa desde que ajudou a desmontar parte da estrutura de corrupção no país. O fato de ele se declarar evangélico e "seguidor de Jesus", conforme diz em seu perfil no Twitter, lhe renderam críticas, por exemplo, do ex-presidente petista.
Em discurso num evento promovido pelo PT em março de 2017, Lula chamou Dallagnol de "moleque" e provocou: "Ele acha que sentar em cima da Bíblia dele dá a solução de tudo".
Um ano depois, Dallagnol e Lula voltam a ser assunto de destaque na imprensa e novamente a fé do procurador é atacada. O procurador anunciou que estaria fazendo "jejum e oração" durante o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, 4. A campanha, na verdade, está sendo promovida pela Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba, da qual ele é membro. 
Durante entrevista à Rádio Jovem Pan na manhã de terça-feira, 3, Dallagnol rebateu às muitas críticas que vem recebendo por supostamente misturar religião e política. No programa "3 em 1", da mesma emissora, a jornalista Vera Magalhães afirmou que ele estaria violando o "Estado Laico".
Ela fez esse questionamento ao procurador ao vivo e ouviu a seguinte resposta: "Não [viola]. O Estado laico é diferente de secularismo. Eu sou cristão, como todos sabem, isso faz parte da minha identidade. Eu oro pelo meu país. A minha oração e jejum são pela causa anticorrupção e contra a impunidade, não em relação a uma ou outra pessoa específica".
O procurador lembrou também que "expressar sua fé faz parte da liberdade religiosa e de expressão que todo cidadão tem em uma democracia. Um promotor ou procurador não deixa de ser cidadão. Me expressei em rede social, no meu perfil pessoal e sobre um tema que está fora minha atribuição profissional… Eu faço e vou fazer tudo que estiver em meu alcance para a melhoria do país".
Além da questão religiosa, ele lembrou que o Supremo irá tomar uma decisão que pode mudar os rumos da Lava Jato.  Mudar o entendimento sobre a prisão em segunda instância, segundo o procurador, seria garantir a "impunidade sistêmica".
"Estamos prestes a jogar tudo o que foi feito no lixo por meio de uma mudança de entendimento que vai continuar a impunidade (…) Se o Supremo impedir [a prisão após segunda instância] vai impactar não só a Lava-Jato. Não tem motivo para mudar entendimento. Se mudar essa regra vai ser um marco de impunidade. Vai soltar corruptos, traficantes, pedófilos. E não é alarmismo", sentenciou Deltan.
Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br/

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