Seu novo partido, o PSL, agora se
define como "o único de direita"
A filiação do deputado Jair
Bolsonaro ao PSL no anexo 2 da Câmara dos Deputado na noite de quarta-feira, 7,
foi muito concorrido. Na prática, acabou sendo o lançamento de sua plataforma
na corrida pela Presidência da República.
Mais de 200 pessoas lotaram o
espaço, com uma longa fila aguardando do lado de fora. Ao seu lado, diversos
parlamentares que estão migrando para a nova sigla com ele. Todos fizeram
discursos no mesmo tom, falando em resgatar o Brasil, combater a corrupção e
lutar pelos valores da família. O PSL foi apresentado como "o único partido de
direita" do país.
O senador Magno Malta (PR/ES) foi
um do mais contundentes em sua fala, apontando para Bolsonaro como a única
esperança política para o país no momento.
Assim que fez uso do microfone,
Bolsonaro pediu a todos que fizessem silêncio pois seria feita uma oração.
Convidado a realizar o momento devocional, o senador Malta citou texto
registrado no livro de Juízes 9: 7-15, conhecida como "a parábola de Jotão".
Destacou que o Brasil viveu seu momento de ser governado pelo espinheiro de
onde saía fogo (13 anos de PT), mas que era a hora de uma nova história.
Em seguida fez uma oração
intercessória pelo país, puxando na sequência um "Pai Nosso", sendo acompanhado
por todos os presentes.
Ato contínuo, foi cantado o Hino Nacional antes que o pré-candidato fizesse seu discurso. Ele abriu usando
Israel como um modelo a ser seguido. A única democracia no Oriente Médio,
cercado de ditaduras por todos os lados, conseguiu se desenvolver mesmo sendo
majoritariamente desértico. Com uso de tecnologia e estímulo à educação, para
Bolsonaro, Israel é uma das nações com quem o Brasil deveria se aproximar.
Citou sua visita ao Estado judeu,
em 2016, contando um pouco do que viu por lá e sobre como um intercâmbio
que beneficiaria os dois países. Em seguida, apontou os Estados Unidos, sob a
administração Trump, e o Japão, país que visitou recentemente, como outros bons
modelos.
Ao mesmo tempo, contrastou com as
opções de política externa feitas pelo Partido dos Trabalhadores, lembrando que
Lula e Dilma apoiaram abertamente e até financiaram os regimes de Maduro na
Venezuela e dos irmãos Castro em Cuba.
Muito aplaudido por todos os
presentes, o pré-candidato pelo PSL falou sobre seu desejo que o país resgate
os valores da família, combata ideologia de gênero e todas as pautas que foram
impostas pela esquerda. Em um momento de expressão patriótica, apanhou uma
bandeira do Brasil que estava sobre a mesa e disse que a única maneira como ela
ficaria vermelha seria com o seu sangue.
O deputado citou várias de suas
propostas, garantiu que já possui um plano de governo constituído e pediu que
os brasileiros votassem em candidatos com bandeiras conservadoras para que o
Brasil possa reverter muitas das leis que prejudicam quem possui "valores".
Enfatizou que honestidade era a
obrigação dos políticos e deixou claro que o brasileiro precisa escolher muito
bem em quem irá voltar por que o Brasil precisa um Congresso e um Senado com
forte representação dos conservadores.
Finalizou com seu conhecido
slogan: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".
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