Governo
de Raúl Castro intensifica perseguição aos cristãos
"O crescimento contínuo das igrejas evangélicas irrita o
governo", garante o pastor cubano Mario Félix Lleonart. Vários líderes
evangélicos foram interrogados e presos nos últimos meses.
O caso de maior destaque é o de Leonardo Rodríguez Alonso, ativista da liberdade religiosa em Cuba, foi detido arbitrariamente em 28 de fevereiro, quando ia para sua casa. Ficou preso alguns dias, sem ter recebido um julgamento. Ele é um dos coordenadores regionais do Instituto Patmos, organização independente que promove a liberdade de religião e crença para todos os cubanos.
Rodriguez já havia sido detido pela Unidade da Polícia Revolucionária Nacional da cidade de Santa Clara em diversas outras ocasiões no passado. Segundo Lleonart. "As prisões do irmão Leonardo e outras formas de assédio vêm se multiplicando desde o ano passado. O Instituto Patmos apresentou um relatório sobre a liberdade religiosa na ilha nos últimos quatro anos ao Conselho de Direitos Humanos da ONU para ser lido na Revisão Periódica Universal de Cuba, que acontecerá em maio próximo em Genebra", explicou.
O relatório "foi recebido e aceito", e esse foi o motivo para a prisão de Leonardo. O governo comunista não permitirá que ele viaje a Genebra para apresentá-lo.
Mesmo assim, o pastor não desistirá. "O sistema político cubano precisa de uma sociedade civil tão fraca quanto possível para que governem à vontade", lamenta.
No ano passado, alguns dos principais líderes evangélicos do país se uniram na campanha "Poder Para Transformar", realizada na capital Havana. Eles foram interrogados pela Polícia Revolucionária, também conhecida como a polícia política de Cuba. As autoridades tentaram impedir que as igrejas evangélicas trabalhassem juntas. O governo insiste que cada denominação deve realizar suas atividades separadamente.
Marxismo ateísta
A ilha é governada segundo o regime marxista ateísta desde que Fidel Castro tomou o poder à força, em 1959. Ele morreu em novembro de 2016, mas a repressão não diminuiu. Embora durante os últimos anos do governo Barack Obama dos Estados Unidos tenham mostrado alguns sinais de mudança, com pequenas reformas econômicas e políticas, Raúl Castro permaneceu governando com mão de ferro.
De acordo com a ong Christian Solidariety International, os cristãos cubanos enfrentam constante vigilância de agentes do governo. Em 2017, um relatório da ong reportou 325 violações da liberdade de religião ou crença no país. O Partido Comunista de Cuba possui um Escritório de Assuntos Religiosos, que "supervisiona" os cultos. Encontros ao ar livre e cruzadas são proibidas. Mesmo assim, muitas igrejas os realizam.
"Estamos profundamente preocupados com o crescente número e a gravidade das violações da liberdade religiosa relatadas por uma variedade de denominações e grupos religiosos. Isso mostra que o governo está tentando reforçar seu controle sobre as atividades e a participação da população em atividades religiosas", diz o documento.
Também denunciam que "o governo agora está diversificando suas táticas, ameaçando ativistas e líderes religiosos com acusações criminais falsas, impedindo arbitrariamente que viajem para fora do país e coagindo suas famílias", acrescenta o relatório.
O pastor Bernardo de Quesada, líder da rede de igrejas do Movimento Apostólico, denunciou que funcionários do governo estavam "interrompendo os estudos bíblicos realizados em casas particulares e tentando intimidar os proprietários para impedir a realização de cultos".
Fora de Cuba, as eleições de 19 de abril são alardeadas como um movimento democrático, que escolherá o sucesso de Raúl Castro. Porém, o pastor Lleonart denuncia que se trata de "um movimento muito bem planejado para confundir a comunidade internacional e buscar legitimidade".
Concluiu mostrando esperança. "Acabar com as liberdades religiosas tem sido algo inato para eles durante suas seis décadas no poder. Mas não tenho dúvidas de que Deus tem outros planos para Cuba. Apesar dos planos dos homens, estão chegando momentos de renovo", concluiu.
Com informações de Evangelical Focus
Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br
O caso de maior destaque é o de Leonardo Rodríguez Alonso, ativista da liberdade religiosa em Cuba, foi detido arbitrariamente em 28 de fevereiro, quando ia para sua casa. Ficou preso alguns dias, sem ter recebido um julgamento. Ele é um dos coordenadores regionais do Instituto Patmos, organização independente que promove a liberdade de religião e crença para todos os cubanos.
Rodriguez já havia sido detido pela Unidade da Polícia Revolucionária Nacional da cidade de Santa Clara em diversas outras ocasiões no passado. Segundo Lleonart. "As prisões do irmão Leonardo e outras formas de assédio vêm se multiplicando desde o ano passado. O Instituto Patmos apresentou um relatório sobre a liberdade religiosa na ilha nos últimos quatro anos ao Conselho de Direitos Humanos da ONU para ser lido na Revisão Periódica Universal de Cuba, que acontecerá em maio próximo em Genebra", explicou.
O relatório "foi recebido e aceito", e esse foi o motivo para a prisão de Leonardo. O governo comunista não permitirá que ele viaje a Genebra para apresentá-lo.
Mesmo assim, o pastor não desistirá. "O sistema político cubano precisa de uma sociedade civil tão fraca quanto possível para que governem à vontade", lamenta.
No ano passado, alguns dos principais líderes evangélicos do país se uniram na campanha "Poder Para Transformar", realizada na capital Havana. Eles foram interrogados pela Polícia Revolucionária, também conhecida como a polícia política de Cuba. As autoridades tentaram impedir que as igrejas evangélicas trabalhassem juntas. O governo insiste que cada denominação deve realizar suas atividades separadamente.
Marxismo ateísta
A ilha é governada segundo o regime marxista ateísta desde que Fidel Castro tomou o poder à força, em 1959. Ele morreu em novembro de 2016, mas a repressão não diminuiu. Embora durante os últimos anos do governo Barack Obama dos Estados Unidos tenham mostrado alguns sinais de mudança, com pequenas reformas econômicas e políticas, Raúl Castro permaneceu governando com mão de ferro.
De acordo com a ong Christian Solidariety International, os cristãos cubanos enfrentam constante vigilância de agentes do governo. Em 2017, um relatório da ong reportou 325 violações da liberdade de religião ou crença no país. O Partido Comunista de Cuba possui um Escritório de Assuntos Religiosos, que "supervisiona" os cultos. Encontros ao ar livre e cruzadas são proibidas. Mesmo assim, muitas igrejas os realizam.
"Estamos profundamente preocupados com o crescente número e a gravidade das violações da liberdade religiosa relatadas por uma variedade de denominações e grupos religiosos. Isso mostra que o governo está tentando reforçar seu controle sobre as atividades e a participação da população em atividades religiosas", diz o documento.
Também denunciam que "o governo agora está diversificando suas táticas, ameaçando ativistas e líderes religiosos com acusações criminais falsas, impedindo arbitrariamente que viajem para fora do país e coagindo suas famílias", acrescenta o relatório.
O pastor Bernardo de Quesada, líder da rede de igrejas do Movimento Apostólico, denunciou que funcionários do governo estavam "interrompendo os estudos bíblicos realizados em casas particulares e tentando intimidar os proprietários para impedir a realização de cultos".
Fora de Cuba, as eleições de 19 de abril são alardeadas como um movimento democrático, que escolherá o sucesso de Raúl Castro. Porém, o pastor Lleonart denuncia que se trata de "um movimento muito bem planejado para confundir a comunidade internacional e buscar legitimidade".
Concluiu mostrando esperança. "Acabar com as liberdades religiosas tem sido algo inato para eles durante suas seis décadas no poder. Mas não tenho dúvidas de que Deus tem outros planos para Cuba. Apesar dos planos dos homens, estão chegando momentos de renovo", concluiu.
Com informações de Evangelical Focus
Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br
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