A informação de que "A Bela e a Fera", da Disney,
tem um personagem homossexual causou uma reação rápida entre pessoas mais
conservadoras. Os donos do cinema Henagar Drive-In, no Alabama, Estados Unidos,
por exemplo, anunciaram na sexta-feira, 3, que cancelaram a exibição do longa que
estreia no próximo dia 17, nos Estados Unidos - no Brasil, um dia antes.
Em nota publicada nas redes sociais,
os donos do estabelecimento justificaram que "se não pudermos levar nossa
neta de 11 anos e nosso neto de oito para assistir a um filme, não temos
interesse em vê-lo. Se não pudermos assistir a um filme com Deus ou Jesus
sentados ao nosso lado, não temos interesse em exibi-lo".
No texto, eles admitiram que a
decisão causaria polêmica: "Eu sei que algumas pessoas não vão concordar
com essa decisão. Tudo bem... Nós continuaremos exibindo filmes familiares,
então sinta-se à vontade para assistir a vários deles sem se preocupar com
cenas de sexo, nudez, homossexualidade e linguagem chula".
A revelação de que "A Bela e a Fera" tem uma subtrama gay, algo
inédito em produções da Disney, foi feita pelo diretor do filme, Bill Condon
numa entrevista para a revista "Attitude". Segundo ele, Gastón, interpretado
por Luke Evans, terá um admirador, seu criado LeFou (Josh Gad), vivendo um
momento de descoberta da sexualidade.
"LeFou é alguém que um dia quer
ser Gastón e no outro quer beijar Gastón", disse. "Ele está confuso sobre seus
desejos. É alguém que está descobrindo seus sentimentos. Josh fez algo bem
sutil e delicioso e isso é o que faz valer no final, que eu não quero revelar.
Mas é um momento bacana, exclusivamente gay num filme da Disney."
No vídeo de apresentação de Gastón, divulgado nesta semana, LeFou aparece
cantando "My, What a Guy, That Gaston!".
A trama central acompanha a relação entre os personagens de Emma Watson e Dan
Stevens - a Bela e a Fera do título. O filme estreia em 16 de março no Brasil.
Fonte: "O Globo"
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