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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

"Descartável pelo PT, Dilma pode retornar ao PDT"



O PT deixou claro a Dilma Rousseff que fora da presidência da República ela virou peça descartável para o partido. Após o Senado destituí-la do cargo em definitivo, Dilma leu um vigoroso discurso de protesto contra o impeachment. Auxiliares próximos dizem que Dilma não sabe ainda o que vai fazer da vida, mas o "gelo" que já percebe no PT pode levá-la de volta ao PDT, o primeiro partido a que se filiou.
Boa nos recortes
No PDT, Dilma dava uma assessoria a Leonel Brizola à distância, enviando-lhe um clipping diário de notícias, sua maior especialidade. 
Lula sai da foto
Dilma fez discurso cheio de mágoas, ontem, diante de uma pequena plateia na qual uma ausência foi muito notada: o ex-presidente Lula.
Dilma entrou na lista
Por influência de sua mulher, Lula não associa sua imagem a más notícias: áreas inundadas, deslizamentos, queda do jato da TAM... 
Ela pega mal
Segundo pesquisas internas no PT, Dilma lembra mais o envolvimento do partido com corrupção que Lula, o chefão. 
Mais de 83 milhões destituíram Dilma do cargo
Os 61 senadores que aprovaram o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (31), foram eleitos por um total de 83,1 milhões de votos, em todos os estados e no Distrito Federal. Em 2010, foram eleitos dois senadores em cada unidade da federação e um senador em 2014. A representatividade popular dos 61 senadores supera em mais de 29 milhões a votação que reelegeu Dilma em 2014. 
Cálculo
A soma de votos representa todos os votos individuais recebidos por senadores que se encontram no exercício do cargo.
É muito mais
Os votos de alguns senadores não foram considerados: caso de José Serra, eleito com 11 milhões de votos, mas agora licenciado do cargo.
Cabia mais
Somente a votação dos senadores paulistas e mineiros pró- impeachment representa impressionantes 48 milhões de eleitores.
Precedente absurdo
O precedente criado no Senado, sob influência do Jurista de São Bernardo, beneficia Eduardo Cunha: se for cassado, tem chance de se livrar da perda dos direitos políticos e pode estar de volta em 2018.
Médium no STF
O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, deve ter propriedades mediúnicas: confessou que avaliava desde sábado o fatiamento da Constituição. Notável premonição sobre o "destaque" de autoria do PT.
Nada é casual
Não por acaso o presidente do Senado, Renan Calheiros, alvo de oito denúncias graves no Supremo Tribunal Federal, foi um dos artífices da presepada que criou a figura da cassação pela metade.
Sinceridade
A desconcertante sinceridade de Michel Temer, em sua primeira reunião de governo, reclamando do acordão de Renan Calheiros para impedir a suspensão dos direitos políticos de Dilma, fez parecer que o presidente não sabia que falava ao vivo para todo o País.
Jurisprudência
Ricardo Lewandowski ignorou a jurisprudência do STF, que ele próprio preside: provocado pelo ex-presidente Fernando Collor, a Corte decidiu que é inseparável cassação do mandato da perda dos direitos políticos. 
'Emenda' vapt-vupt
Presidido pelo Jurista de São Bernardo, o Senado não precisou de Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para alterar a Constituição. Agora, para isso, basta articular a aprovação de destaque no plenário.
Pensando bem...
...o Jurista de São Bernardo, berço do PT, criou o meio “impichado”: perde-se o mandato, mas não os direitos políticos.
Fonte: Claudio Humberto

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