Por Rogério Medeiros Garcia de
Lima
Quando eu era juiz da Infância e Juventude em Montes Claros, norte de Minas Gerais, em 1993, não existia instituição adequada para acolher menores infratores. Havia uma quadrilha de três adolescentes praticando reiterados assaltos. A polícia prendia, eu tinha de soltá-los. Depois da enésima reincidência, valendo-me de um precedente do Superior Tribunal de Justiça, determinei o recolhimento dos “pequenos” assaltantes à cadeia pública, em cela separada dos presos maiores.
Recebi a visita de uma comitiva de defensores dos direitos humanos (por coincidência, três militantes). Exigiam que eu liberasse os menores. Neguei. Ameaçaram denunciar-me à imprensa nacional, à Corregedoria de Justiça e até à ONU. Eu retruquei para não irem tão longe, tinha solução.
Chamei o escrivão e ordenei a lavratura de três termos de guarda: cada qual levaria um dos menores preso para casa, com toda a responsabilidade delegada pelo juiz.
Pernas para que te quero! Mal se despediram e saíram correndo do fórum. Não me denunciaram a entidade alguma, não ficaram com os menores, não me "honraram" mais com suas visitas e os menores ficaram presos.
É assim que funciona a "esquerda caviar".
Quando eu era juiz da Infância e Juventude em Montes Claros, norte de Minas Gerais, em 1993, não existia instituição adequada para acolher menores infratores. Havia uma quadrilha de três adolescentes praticando reiterados assaltos. A polícia prendia, eu tinha de soltá-los. Depois da enésima reincidência, valendo-me de um precedente do Superior Tribunal de Justiça, determinei o recolhimento dos “pequenos” assaltantes à cadeia pública, em cela separada dos presos maiores.
Recebi a visita de uma comitiva de defensores dos direitos humanos (por coincidência, três militantes). Exigiam que eu liberasse os menores. Neguei. Ameaçaram denunciar-me à imprensa nacional, à Corregedoria de Justiça e até à ONU. Eu retruquei para não irem tão longe, tinha solução.
Chamei o escrivão e ordenei a lavratura de três termos de guarda: cada qual levaria um dos menores preso para casa, com toda a responsabilidade delegada pelo juiz.
Pernas para que te quero! Mal se despediram e saíram correndo do fórum. Não me denunciaram a entidade alguma, não ficaram com os menores, não me "honraram" mais com suas visitas e os menores ficaram presos.
É assim que funciona a "esquerda caviar".
Tenho uma sugestão ao professor
Paulo Sérgio Pinheiro, ao jornalista Jânio de Freitas, à ministra Maria do
Rosário e a outros tantos admiráveis defensores dos direitos humanos no Brasil.
Criemos o programa social "Adote um preso”. Cada cidadão aderente levaria para
casa um preso carente de direitos humanos. Os benfeitores ficariam de bem com
suas consciências e ajudariam, filantropicamente, a solucionar o problema
carcerário do país. Sem desconto no Imposto de Renda.
Originalmente publicado no jornal "Folha
de São Paulo", no "Painel do Leitor", em 17 de janeiro de 2014.
Rogério Medeiros Garcia de Lima é desembargador
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