O Planalto
se surpreendeu com a atitude do presidente do Senado, Renan Calheiros, de manter
para esta quarta (11) a votação do relatório do impeachment da presidente
Dilma. Um líder governista testemunha que Dilma esperava dele "fidelidade
canina", ou seja, que atendesse ao ato de Waldir Maranhão sem questioná-lo,
devolvendo o processo. Mas ele ignorou o ato do presidente interino da Câmara.
Faltou combinar
Quem
conhece Renan diz que ele foi tão surpreendido quanto qualquer pessoa com a
presepada que tentou melar o impeachment.
Ela sabia de tudo
Dilma ontem
fingiu surpresa, mas participou de cada passo da armação de domingo que
resultaria na assinatura do ato de Waldir Maranhão.
Perfurando poços
Waldir
Maranhão recebeu de Dilma, domingo, juras eternas de pronto atendimento as suas "demandas políticas". Do tipo que "furam poço".
Pouca chance
Ministros
do Supremo Tribunal Federal acreditam que a decisão de Waldir Maranhão não se
sustenta: além de tentar anular uma decisão do plenário soberano, o processo
está precluso, é fato vencido.
Autoria intelectual
Nas redes
sociais, o governador maranhense Flávio Dino (PCdoB), que mantém o deputado
Waldir Maranhão na coleira, não negou sua participação na jogada para melar o
impeachment. Até se jactou disso.
Isso vai dar CPI
Além de
ampliar seu "espaço" no governo do Maranhão, o presidente interino da Câmara
exigiu recompensas do governo Dilma, segundo a oposição, como o ambicionado
controle da Codevasf.
Abusando do poder
Para o
deputado Arthur Maia (PPS-BA), a tentativa de Waldir Maranhão de melar o
impeachment "é um ato de abuso de autoridade" que constitui quebra de decoro. E
não tem dúvida de que será cassado.
Mesa ignorada
Seguindo
cegamente a orientação de Flávio Dino, seu chefe politico no Estado, o deputado
Waldir Maranhão nem sequer consultou a Mesa Diretora da Câmara. Que decidiu
fazê-lo pagar caro por isso.
Nas profundezas...
"Foi um
acordo produzido nas profundezas do Palácio do Planalto", afirma o deputado
Pauderney Avelino (DEM-AM), sobre a decisão de Waldir Maranhão de tentar anular
a sessão do impeachment.
Pergunta no Congresso
Se Waldir
Maranhão poderia reverter atos de Eduardo Cunha e impedir o impeachment, Michel
Temer poderia fazer o mesmo com Dilma?
Fonte: Claudio Humberto
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