Por Paulo
Cesar Bastos
A maior
parte do território do semiárido nordestino está na Bahia. É a Boa Terra dos Sertões. O nosso estado baiano tem mais de 65% de sua
área no semiárido, onde vive em torno de 50% da população com cerca de 25% da
renda estadual. Esses indicadores precisam ser modificados, através de uma
inovadora marcha para o progresso, com a prioridade para a interiorização do
desenvolvimento.
O
semiárido não pode continuar com a sua economia embasada e ancorada, somente,
na agropecuária. Junto com chapéu de couro, jaleco e gibão vale trilhar uma
moderna vereda da inovação. Assim, além da urgência de um Plano de
Agrorecuperação do Sertão, para um desenvolvimento sustentável, torna-se
necessário e imprescindível uma maior diversificação das cadeias produtivas. É
preciso ir além da roça. Existem
caminhos, basta aplicar a boa vontade política, aliada a uma capacitada visão
administrativa, para encontrar as boas veredas.
Salvador
é a terceira cidade mais populosa do Brasil, mas com baixos valores de
arrecadação e produção proporcionais à população e um alto índice de
desemprego. A nossa bela capital não consegue mais suportar e garantir trabalho
e renda para os esperançosos chegantes-retirantes do interior. Chega às raias
da impossibilidade, a bem da verdade.
Visto
isso, interiorizar o desenvolvimento, garantindo progresso e qualidade de vida,
com providências legais para previdências cabíveis no semiárido, é o modo de
avançar para uma Bahia melhor e fundamental para a construção de um Brasil
democrático, economicamente forte, tecnologicamente desenvolvido,
ambientalmente correto e socialmente justo. Sustentabilidade precisa rimar com
prosperidade. Em lugar de lamentar crise gerar oportunidade. Precisamos avançar, assim, além da locução,
são necessárias a forte atitude e a decisiva ação.
Paulo
Cesar Bastos é engenheiro civil e produtor rural
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