A Associação Feirense dos Engenheiros (Afeng) arranjou de encomenda um "parecer técnico" da arquiteta Maria de Fátima Silva contra a implantação do BRT em Feira de Santana.
É este parecer que estriba Ação Civil Pública interposta pela Defensoria Pública do Estado da Bahia.
1. A especialista passou três dias em Feira de Santana, no início de agosto, "visitando o sistema em campo". Uma semana depois, no dia 18, a divulgação do "parecer" encomendado, emitido com ligeireza.
2. Para o engenheiro André Fiúza, da AZKS, de Curitiba, Paraná, considerado o maior especialista em BRT no Brasil, os argumentos da arquiteta são frágeis, afirmando que "ela não entendeu o projeto e está fora da realidade". Disse mais que "é surpreendente a genialidade da especialista em BRT que em apenas três dias consegue produzir uma análise do sistema de transporte, presente e futuro, de uma cidade de 600 mil habitantes".
3. Estranho que no "parecer" consta também a assinatura - rubricas em garranchos - de três "responsáveis técnicos", dois em São Paulo e um em Brasília: engenheiros Arthur Campora Szász (de São Paulo) e Carmen Silva de Carvalho Bueno (de São Paulo), e arquiteto Nei Simas Andrade de Oliveira (de Brasília). Como se conseguiu as assinaturas em tão pouco tempo?
4. Estranho também que consta no "parecer" o nome do doutor em Direito Ambiental Teodoro Irigaray (do Mato Grosso), mas não se conseguiu a assinatura do especialista de Cuiabá - procedência omitida no "parecer".
5. Existe a informação de que o grupo de técnicos tem experiência em fazer consultorias para contrariar projetos de governos.
6. Como foi levantado, a Associação Feirense dos Engenheiros, que assumiu a contratação do "parecer", está com status de BAIXADA pelo motivo de OMISSÃO CONTUMAZ, desde 9 de fevereiro deste ano, no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), junto à Receita Federal, o que torna a entidade "fantasma".
6. Como foi levantado, a Associação Feirense dos Engenheiros, que assumiu a contratação do "parecer", está com status de BAIXADA pelo motivo de OMISSÃO CONTUMAZ, desde 9 de fevereiro deste ano, no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), junto à Receita Federal, o que torna a entidade "fantasma".
6. Lembrar que a associação, no seu papel timbrado, também não indica se tem endereço.
7. A pergunta que não quer calar é: quem bancou a estadia da arquiteta em Feira de Santana e quem pagou o "parecer" de encomenda?
Em entrevista, o coordenador da Defensoria Pública Marcelo Rocha, afirmou que a Associação de Engenheiros ser irregular "é totalmente irrelevante, não tem a menor pertinência, é totalmente dispensado. O que é relevante é que se trata de um trabalho técnico, produzido por especialistas graduados para discorrer sobre esse assunto".
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