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sábado, 16 de maio de 2015

"'Princesa do Sertão' não quer perder avião"



Por Valdemir Santana
O surpreendente jet set do sertão baiano está em alerta depois das notícias que o Aeroporto João Durval Carneiro de Feira de Santana pode ser desativado. A página sobre a instituição, nas redes sociais, ficou coalhada de argumentações de passageiros que compraram passagem para o final de maio e para o mês de junho, e agora acham que o aeroporto, aberto para voos comerciais no ano passado, pode fechar de repente. "Ainda bem não abriu e já vão fechar. Vixe", reclamou o internauta Cristiano Reis, ontem à tarde, no FaceBook. 
Nestor Araujo, outro internauta, conta que comprou o bilhete de Florianópolis para Feira, para o dia 21 de maio. "E agora, como fica?", pergunta. O rebuliço começou a partir da reportagem "UTC demite e pode vender Viracopos após escândalo da Lava Jato", que a "Folha de São Paulo" publicou ontem. O texto diz que o empresário baiano Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC e preso a partir de investigações sobre pagamento de propinas na estatal de petróleo Petrobras, pode se desfazer da participação da empresa nos aeroportos de Campinas e de Feira de Santana.
Foi um rebuliço e tanto no resto do país, porque publicações influentes, como a revista "Exame", repercutiram a notícia. Em Feira de Santana, nem se fala. A cidade tem fama como centro rodoviário para o país, mas não dá sorte com tráfego aéreo. Construído há três décadas, a 12 quilômetros do centro da cidade, ele ficou durante 29 anos recebendo apenas aeronaves particulares. No ano passado, Ricardo Pessoa ganhou a concessão para participar da exploração comercial, sob uma chuva de denúncias por ser parente de um dos gestores da Agência de Regulação dos Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia, que controla o equipamento. Opera como uma ponte aérea entre Feira de Santana e Campinas. 
Coluna "Boa Terra", na "Tribuna da Bahia", edição deste sábado, 16

Um comentário:

Anônimo disse...

Fico muito assustado e preocupado quando leio notícias como esta que dá conta de problemas com o funcionamento do Aeroporto João Durval Carneiro de nossa querida Feira de Santana. Ele nem bem começou a funcionar de forma mais regular e surgem notícias de que pode ser desativado. Torço muito pelo progresso de Feira de Santana, minha terra natal. Tenho sempre em mente que um aeroporto bem equipado representa muito para a Princesa do Sertão. Lembro que em junho de 2010 ao participar de um evento na Federação do Comércio do Estado de São Paulo tive oportunidade de ter um contato com um então diretor da empresa Azul Linhas Aéreas que lá compareceu para falar sobre a estratégia e os planos da empresa e fez referência à necessidade de conquistar municípios com poucos voos comerciais para aumentar seu mercado, com uma expansão voltada para o sentido de regionalização de suas operações com penetração em cidades de porte médio. Ao ouvir o que disse o alto executivo da empresa aérea, escrevi um bilhete e lhe entreguei deixando claro que se tratava, no contexto do que ouvi em termos de estratégia de crescimento da empresa, de um pedido de atenção para a cidade de Feira de Santana, pela sua importância e influência regional. Assim procedi como creio que todos os feirenses também fariam quando em mente o progresso de sua terra natal. Penso que um debate sobre o futuro de Feira de Santana não pode prescindir da questão do seu Aeroporto. Um cenário de oportunidades de desenvolvimento para Feira de Santana e Região implica em pensar em efeitos do Aeroporto sinalizados pela possibilidade de atração de investimentos produtivos, expansão de negócios e de geração de empregos. O Aeroporto deve ser objeto de atenção nas políticas e ações que multipliquem os efeitos do emprego, da renda e dos tributos. Considerando a dinâmica da economia contemporânea e ações que mundialmente ganham importância, talvez seja mesmo interessante pensar na localização privilegiada de Feira de Santana e na sua influência regional com sentido voltado não só para fluxo de passageiros trazido por um aeroporto, mas, também, para atividades de logística integrada e ver consolidada uma nova organização das atividades de comercio e serviços, com fortalecimento de uma estrutura aeroportuária. Enfim, enquanto feirenses, creio que precisamos mesmo lutar, todos, pelo Aeroporto João Durval Carneiro de Feira de Santana com condições modernas e adequadas de funcionamento como medida que possa refletir verdadeiramente uma infraestrutura estratégica para o desenvolvimento de Feira de Santana e região. Artur Renato Brito de Almeida, um feirense, de São Paulo.