Por Augusto Nunes
Se
letra fosse gente, o mais recente post sobre a farra multibilionária do BNDES
seria uma catarata de consoantes possessas, vogais de cabelos em pé e sílabas
de trabuco na mão, fora o resto. Subjugado anos a fio pelo lulopetismo
hegemônico, que o reduziu a avalista de abjeções africanas ou cucarachas e
patrocinador de velhacos amigos, o antigo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social não existe mais.
Privatizado
pelo clube dos cafajestes, perdeu o rumo, perdeu a vergonha e agora rasga
publicamente o dinheiro do país que presta. Não pertence ao Estado. É
propriedade do PT. Cuida do Desenvolvimento Econômico de ditaduras companheiras
(e do enriquecimento dos envolvidos nas pilhagens). O Social acrescentado ao
nome de batismo foi sempre um adereço implorando pela guilhotina. Visto de
perto, o S que completa a sigla é um $ que foge da polícia.
A
gastança bancada pelos bilhões extorquidos dos pagadores de impostos assumiu
proporções tão repulsivas que acabou virando segredo de Estado. Num Brasil
supostamente democrático, os contratos do BNDES com Cuba e Angola caíram na
clandestinidade. A depender dos vigaristas que forjaram as tenebrosas
transações, só sairão do limbo das maracutaias sigilosas no fim da próxima
década.
Sem
prestar contas do que já foi pelo ralo, o BNDES quer mais milhões de reais para
torrar - nas sombras, de preferência. Haja cinismo. E haja deboche, berra a
peça publicitária que celebra a "transparência" do banco que se move nas
catacumbas. Confira o vídeo acima. Dura poucos segundos a bofetada no rosto da
nação. Mas como dói.
No
faroeste americano, bancos são assaltados por vilões. No faroeste à brasileira,
é um banco que assalta gente honesta e repassa o produto do roubo para os
bandidos de estimação. Os gatunos foram longe demais. Mas não tão longe que uma
boa cadeia não resolva.
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