Por Felipe Moura Brasil
As novas vaias recebidas pelo
ex-ministro e rei das pedaladas Guido Mantega no sábado, ao sair de um
restaurante italiano em São Paulo, onde havia jantado com sua mulher,
foram o prenúncio de uma semana que promete ser divertida. Eis uma página
da agenda:
Segunda-feira
Dia da
chegada a Brasília do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC
Engenharia, amigo de Lula e homem-bomba para o PT.
Disposto
a apontar, em acordo de delação premiada, os políticos envolvidos no esquema de
pagamento de propina sobre contratos firmados com a Petrobras, ele já antecipou
que pagou despesas pessoais do ex-ministro José Dirceu e deu 30 milhões de
reais, em 2014, a candidaturas do PT, sendo 7,5 milhões de reais à
campanha de Dilma Rousseff temendo sofrer represálias do partido.
Kabum!
Terça-feira
a) Dia da transferência do tesoureiro
petista João Vaccari Neto e dos deputados André Vargas, do PT, Luiz
Argôlo, do Solidariedade, e Pedro Corrêa, do PP, da carceragem da Polícia
Federal em Curitiba (PR) para o Complexo Médico-Penal do Paraná - um
presídio em Pinhais, com capacidade para 350 detentos, 346 dos quais terão
de tomar cuidado para não serem roubados pelos calouros.
Boa
sorte a todos.
b) Dia, também, em que o PSDB
protocola na Procuradoria Geral da República um pedido de abertura de ação
penal contra Dilma Rousseff pelas "pedaladas fiscais" em desobediência à Lei de Responsabilidade Fiscal.
A
pressão pelo impeachment está tão grande sobre os tucanos que até
o senador Aloysio Nunes Ferreira, que dizia não ser este o seu "objetivo
estratégico", divulgou um vídeo para explicar que o partido não desistiu
do pedido, apenas "procurou um outro caminho", solicitando uma
investigação por crime comum.
Ele só
esqueceu de explicar:
- Por
que não o PSDB seguiu por ambas as vias (criminal e política) ao mesmo tempo,
já que os dois processos, se abertos, acabariam no Congresso;
- Por
que o PSDB prefere culpar Rodrigo Janot pela eventual recusa da ação penal a
Eduardo Cunha pela do impeachment;
- Por
que o PSDB só funciona - e muito mal - à base de pressão.
Dia em
que o Movimento Brasil Livre - que deixou São Paulo no dia 24 de
abril na chamada Marcha Pela Liberdade e chegou a Brasília neste domingo,
24 de maio - protocola no Congresso Nacional o pedido de
impeachment de Dilma Rousseff, para atazanar petistas e tucanos.
A semana no Congresso
No
Senado, as medidas provisórias do ajuste fiscal tendem a
sofrer mais mudanças, o que vai reduzir a economia prevista pelo governo.
Na
Câmara, como mostrou o site de VEJA, deverá avançar a minirreforma política,
que traz pontos divergentes aos defendidos pelo PT, como o sistema eleitoral no
modelo distritão e a permissão de doações empresariais durante as campanhas
eleitorais.
E a "agenda positiva" do PT
Essa
só vêm a partir de junho com o anúncio do Plano Safra, programa nacional
de investimentos em infraestrutura, e a terceira fase do Minha Casa Minha Vida,
que está atrasada graças à roubalheiras e à má gestão petistas. Novos planos de
exportações e concessões também são aguardados pela cúpula do suposto partido,
que quer acreditar no potencial de reduzir os danos à
imagem do desgoverno de Dilma Rousseff.
Para o
Brasil, como se sabe, "agenda positiva" é petista preso ou "impichado".
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