Por Reinaldo Azevedo
Chico
Buarque, o velhote de anteontem que pretende ser o eterno guri do pensamento
politicamente correto, decidiu posar com uma camiseta contra a redução da
maioridade penal de 18 para 16 anos (foto).
Pfui…
Já foi o tempo em que essa gente ditava a pauta. Hoje, no máximo,
faz a cabeça dos que fazem um jornalismo que está fechando as portas porque
decidiu virar as costas para a maioria do povo brasileiro.
Eu já me sinto meio velho e passadito até mesmo ao criticá-lo.
Chico Buarque, parafraseando um amigo dele, quer "matar amanhã o velhote
inimigo que morreu ontem".
Em música, é bom. Em literatura, é uma piada. Em política, é
patético.
Eu poderia ser simplista e dizer que é fácil viver em segurança em
Paris - média de menos de um homicídio por 100 mil habitantes; no Rio, 33!!! - e ser contra a maioridade penal aos 16 no Brasil. A propósito: em terras
francesas, onde mora o burguesote da morte alheia, um assassino pode ser
responsabilizado já a partir dos 13 anos - ainda que não seja punido como adulto.
Dos 16 aos 18, punir ou não como adulto fica por conta do juiz.
Esse idiota político resolve comer croissant lá para chafurdar no
sangue da impunidade aqui. Sérgio Buarque - este, sim, um intelectual, ainda
que de esquerda - não se orgulharia da irresponsabilidade do filhote. "Olha aí,
é o meu guri, olha aí…"
Mas eu evito a crítica fácil do burguesote deslumbrado. Parece
ressentimento; sempre sobra a suspeita de que eu gostaria de estar no lugar
dele; de fazer as boas músicas que ele JÁ FEZ ou de escrever os péssimos
romances que escreve, com a crítica sempre de quatro para suas facilidades
literárias. Ele não sabe nem o que é o paralelismo sintático num período. É de
dar vergonha.
Então deixo isso pra lá. A camiseta nada tem a ver com a sua boa
vida de parisiense por empréstimo. Decorre apenas de sua preguiça, de sua
desinformação, de seus preconceitos ideológicos. Outros, mais pobres e menos
talentosos do que ele, pensam a mesma coisa. Porque igualmente ignorantes e
mistificadores.
Chico tem de entrar na campanha que vou lançar: "Adote um menor
assassino e faça dele um Rousseau". Não que Rousseau fosse grande coisa. Eu lhe
daria um chute no traseiro.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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