(29.06.1950-01.01.2006)
Auto-retrato de
Pedro Roberto
Neste primeiro
dia do ano, nove anos de morte do artista plástico Pedro Roberto.
Pedro Roberto Boaventura de Oliveira nasceu em 29 de junho de
1950, em Angico, distrito de Mairi, na Bahia. Filho da professora Hilda Pereira
Boaventura de Oliveira e do comerciante Carlos Simões de Oliveira, ambos
falecidos, sendo o oitavo filho do casal. Aos dois anos de idade veio morar em
Feira de Santana e, desde criança mostrou muito interesse por trabalhos
manuais, desenhos e um conhecimento especial sobre cinema, na época, o grande
divertimento da garotada.
Aos 16 anos, com incentivo de sua mãe, foi trabalhar com o
arquiteto Amélio Amorim, então, o mais renomado da cidade, onde aprendeu
desenho técnico, tornando-se logo, um dos mais requisitados nessa área. Com a
dupla de arquitetos José Monteiro Filho e Juraci Dórea continuou desenhista até
o início dos anos 70, quando prestou vestibular em Salvador, cursando Artes
Plásticas na Universidade Federal da Bahia (Ufba), até 1976.
Em 1973, realizou sua primeira exposição individual, no Clube de
Campo Cajueiro, em Feira de Santana, denominada "Realismo
Fantástico", que obteve repercussão imediata, tanto na parte comercial
como na mídia especializada, recebendo citação em matéria da conceituada
crítica Matilde Matos, do "Jornal da Bahia". Paralelamente, em
Salvador, trabalhou com vários arquitetos, entre eles Itamar Batista, Geraldo
Gordilho, Luiz Humberto Carvalho e Neilton Dórea.
Até o final dos anos 80, realizou dezenas de exposições
individuais, participou de salões e coletivas, criou cartazes (duas vezes para
a Micareta de Feira de Santana) e figurinos para teatro, decoração para
eventos, murais, além de cenários para desfiles de moda e peças teatrais.
Aos 30 anos de idade foi morar no Rio de Janeiro e, em 1982,
mudou-se para São Paulo, onde abriu o atelier "Garagem 957"
juntamente com a designer de jóias Jeanette Pires.Em 1988, foi convidado pelo
estilista Ney Galvão para mostrar seus quadros no programa "Veja o
Gordo" e indicado pelo mesmo para ser cenógrafo no Sistema Brasileiro de
Televisão (SBT).
Ele trabalhou dezesseis anos na emissora, até 2004, exercendo os
cargos de assistente de Cenografia, cenógrafo, chefe de Cenografia, gerente de
Contra-Regra, gerente de Cenografia & Contra-Regra, gerente de Cenografia
& Figurino e como coordenador de Cenografia & Figurino.
Vitimado por um câncer, ele voltou para Feira de Santana em
dezembro de 2004, depois de ter se submetido a uma delicada cirurgia. Nesta
cidade, fez tratamento de quimioterapia e radioterapia. Realizou a que seria
sua última exposição, "Faces", de desenhos, na Galeria de Arte Carlo
Barbosa. Em setembro de 2005, com o recrudescimento da doença, ele voltou para
São Paulo, onde faleceu em 1º de janeiro de 2006. Seu corpo veio para Feira de
Santana, onde foi sepultado no dia seguinte, 2 de janeiro, no Cemitério
Piedade.
Em 2012, homenagem póstuma da Fundação Carlo Barbosa com
lançamento de álbum "Grandes Pintores Feirenses".
Em 2013, a vez de sua inclusão na revista "Grandes Pintores
Feirenses", da Fundação Senhor dos Passos e Fundação Carlo Barbosa, que
preserva a divulgação dos valores culturais de Feira de Santana.
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