Por Augusto Nunes
No começo da tarde de 13 de
agosto, o alto comando da campanha de Dilma Rousseff reuniu-se com a candidata
à reeleição para tratar da morte de Eduardo Campos. Em poucos minutos, ficou
decidido que a presidente deveria:
1. Num pronunciamento em
cadeia nacional de rádio e TV, elogiar o adversário morto, caprichar na cara de
viúva e decretar três dias de luto oficial.
2. Aproveitar o luto
oficial para decretar três dias de luto particular e suspender por 72 horas
todas as atividades eleitorais.
3. Aproveitar o luto
eleitoral para marcar o gol de placa: adiar a entrevista que concederia ao
Jornal Nacional na mesma noite para outra data, de preferência depois da
eleição e, com isso, livrar-se do perigoso desfile de explicações
indecifráveis, falatórios sem pé nem cabeça, álibis de punguista em começo de
carreira, contas aritméticas de 171, obras imaginárias, escândalos impunes e
vigarices de variado calibre, fora o resto.
Imediatamente,
um dos Altos Companheiros comunicou à TV Globo que Dilma estava enlutada demais
para usar a voz durante 15 minutos. Conversa fiada, atesta o vídeo acima. Na
véspera, sem acidentes aéreos a evocar, a turma havia fugido do encontro com
Renata Lo Prete no Jornal das Dez, da Globonews, que nos dias anteriores
recebera os principais adversários da presidente. Dilma cancelou a aparição no
Jornal Nacional não em sinal de respeito a Eduardo Campos. Fingiu que estava de
luto para fugir da luta contra a verdade.
Fonte: "Direto ao Ponto"
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