Por Ricardo
Setti
No fundo, no fundo é uma pena o governo ter desistido da
importação dos médicos cubanos, preferindo médicos com formação menos
aprimorada, distante dos melhores centros de pesquisa do mundo, como médicos da
Espanha e de Portugal.
Acho injusto que estão dizendo dos médicos cubanos.
Em vez de desistir de importá-los, com todo o seu saber e
sua formidável formação técnica, especialmente nas lides com equipamentos de
última geração, o governo Dilma deveria tomar a frente na defesa
incondicional deles.
Minha sugestão é de que eles sejam recebidos de braços abertos
em Brasília; que lhes seja dispensada a revalidação do diploma - onde já se viu
duvidar das escolas superiores de um país amigo, ainda mais avançadíssimo em
todos os setores, como Cuba?
Após a recepção festiva, os médicos deveriam
ser encaminhados à Presidência da República, em particular, e a todas as entidades
do Executivo, incluindo as dezenas de ministérios, para tomar a frente da
defesa da saúde… dos nossos governantes.
Como são muitos os médicos, milhares, seriam também aproveitados
para atender com exclusividade o Legislativo e o Judiciário: deputados,
senadores, ministros, desembargadores etc.
Poder-se-ia incluir na lista os governadores e prefeitos do PT
que defenderam esses bravos profissionais, tão bem recebidos em países
democráticos como a Venezuela.
Assim, o governo dará fé aos diplomas daqueles profissionais que
têm sido tão injuriados por aqui; calará a boca da oposição, da mídia golpista
e da direita.
Como compensação, além de conquistar um tratamento de primeira,
e muito barato, fará uma enorme economia ao dispensar definitivamente os serviços
milionários de centros como o Hospital Sírio Libanês, o Hospital Israelita
Albert Einstein, ambos de São Paulo, e outros templos do mercantilismo da
medicina privada.
Fonte:
Blog do Ricardo Setti
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