Por César Maia
1. O mais importante indicador de prognóstico eleitoral
nas semanas anteriores à campanha eleitoral, num quadro de reeleição, é o
comportamento do prefeito que busca essa reeleição. Quando os dados que este
dispõe, análises, avaliações, projeções e pesquisas mostram que se trata de uma
campanha de forte favoritismo para uma vitória no primeiro turno, o
comportamento do prefeito em exercício é de suave tranquilidade, de rolagem
deslizante.
2. Ou seja: deve dar a essas semanas pré-campanha (e em seguida) a mesma dinâmica anterior, sem estressar publicidade, sem concentrar e fazer inaugurações de obras de afogadilho, sem forçar espaços na imprensa, sem criar fatos, sem forçar declarações de apoio e fotos, sem querer atrair todos, sem agredir seus concorrentes...
3. A primeira eleição com reeleição no Rio, para Prefeito, foi em 2000. Nela, o prefeito Conde excedeu-se nos meses de maio e junho em publicidade, inaugurações de obras, espaços na imprensa e fotos com políticos fortes que o passariam a apoiar, como governador, senador, jogadores, artistas, declarações fortes contra adversários, tomou metade do tempo de TV...
4. Apesar das pesquisas do início de julho que apontavam o prefeito, em 2000, com uma vantagem elástica, o indicador que seu principal concorrente usou para demonstrar à sua equipe a intranquilidade do candidato à reeleição e que as informações internas que este tinha não correspondiam aos números divulgados era exatamente o Indicador de Ansiedade.
5. Os candidatos a prefeito que enfrentam prefeitos que disputam a reeleição deveriam analisar, nas suas cidades, o Indicador de Ansiedade. No Rio-Capital, hoje, esse Indicador de Ansiedade alcançou níveis altíssimos em junho, recordes mesmo. Publicidade para todo lado, nas TVs, nas Rádios, Jornais e locais públicos. Inaugurações de até 5% de obras. Apoios de todos os lados e de todas as espécies. Agressões a adversários em discursos. Como em 2000, conseguiu concentrar metade do tempo de TV.
6. Ao contrário disso, em 2004, o prefeito do Rio, candidato a reeleição, não agregou um centavo de publicidade em maio e junho, não inaugurou uma obra, não desfraldou apoios apenas reproduzindo a aliança nacional, não forçou espaços na imprensa, continuou a governar e fez uma campanha deslizando seu governo e mostrando bom humor quando perguntado sobre seus concorrentes. Seu Indicador de Ansiedade era, portanto, zero.
7. O Indicador de Ansiedade hoje, no Rio-Capital, chegou a seu ponto mais alto na última semana, 100%, mostrando que o prefeito candidato à reeleição está intranquilo e que força exageradamente o motor de seu caminhão. Em geral, numa campanha assim - digamos, de curva invertida -, o motor funde e o caminhão para.
Fonte: "Ex-Blog do César Maia"
2. Ou seja: deve dar a essas semanas pré-campanha (e em seguida) a mesma dinâmica anterior, sem estressar publicidade, sem concentrar e fazer inaugurações de obras de afogadilho, sem forçar espaços na imprensa, sem criar fatos, sem forçar declarações de apoio e fotos, sem querer atrair todos, sem agredir seus concorrentes...
3. A primeira eleição com reeleição no Rio, para Prefeito, foi em 2000. Nela, o prefeito Conde excedeu-se nos meses de maio e junho em publicidade, inaugurações de obras, espaços na imprensa e fotos com políticos fortes que o passariam a apoiar, como governador, senador, jogadores, artistas, declarações fortes contra adversários, tomou metade do tempo de TV...
4. Apesar das pesquisas do início de julho que apontavam o prefeito, em 2000, com uma vantagem elástica, o indicador que seu principal concorrente usou para demonstrar à sua equipe a intranquilidade do candidato à reeleição e que as informações internas que este tinha não correspondiam aos números divulgados era exatamente o Indicador de Ansiedade.
5. Os candidatos a prefeito que enfrentam prefeitos que disputam a reeleição deveriam analisar, nas suas cidades, o Indicador de Ansiedade. No Rio-Capital, hoje, esse Indicador de Ansiedade alcançou níveis altíssimos em junho, recordes mesmo. Publicidade para todo lado, nas TVs, nas Rádios, Jornais e locais públicos. Inaugurações de até 5% de obras. Apoios de todos os lados e de todas as espécies. Agressões a adversários em discursos. Como em 2000, conseguiu concentrar metade do tempo de TV.
6. Ao contrário disso, em 2004, o prefeito do Rio, candidato a reeleição, não agregou um centavo de publicidade em maio e junho, não inaugurou uma obra, não desfraldou apoios apenas reproduzindo a aliança nacional, não forçou espaços na imprensa, continuou a governar e fez uma campanha deslizando seu governo e mostrando bom humor quando perguntado sobre seus concorrentes. Seu Indicador de Ansiedade era, portanto, zero.
7. O Indicador de Ansiedade hoje, no Rio-Capital, chegou a seu ponto mais alto na última semana, 100%, mostrando que o prefeito candidato à reeleição está intranquilo e que força exageradamente o motor de seu caminhão. Em geral, numa campanha assim - digamos, de curva invertida -, o motor funde e o caminhão para.
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