A Caixa Cultural Salvador continua apresentando aos aficionados por teatro, bem como ao público em geral, o espetáculo "Jozú, o Encantador de Ratos", que tem como tema central a solidão humana. Aprovado no edital de ocupação da pauta da Caixa Cultural Salvador para 2010.
O espetáculo é baseado na obra de Hilda Hirst, considerada pela crítica especializada uma das vozes mais importantes da língua portuguesa do século XX. Encenado por Carla Tauz e dirigido por Alexandre David, o evento acontece no Salão Nobre da Caixa Cultural Salvador entre sexta-feira, 23, e domingo, 25, às 20 horas.
O acesso será feito mediante a troca por um quilo de alimento não perecível, na bilheteria a partir das 14 horas dos dias de espetáculo até meia hora antes do seu início. A Caixa Cultural Salvador fica na rua Carlos Gomes, 57, centro e oferece estacionamento gratuito durante as apresentações.
Montado e dirigido como um monólogo a múltiplos personagens, todos assumidos pela atriz Carla Tausz, que acolhe a obra de Hilda Hilst como uma segunda pele, "Jozú, o Encantador de Ratos" é uma fascinante experiência teatral, tanto no que diz respeito à escolha do jogo cênico, quanto à estrutura da sala em si. Esta, como um poço, acolhe os espectadores dentro da realidade sensível do personagem principal. O público assiste de perto, para não dizer dentro de si mesmo, aos inúmeros conflitos sensoriais e afetivos de Jozú ao longo de sua narração. Escolhas e embaraços cotidianos, dúvidas, desejos, angústias e desilusões são despidos de estratagema social e encontram na fala dele a justeza da verdade crua. Jozú atravessa um verdadeiro comboio de sentimentos, passado e presente desembocam e afloram em sua sensível cabeça de homem/menino. A voz e a alma de Hilda estão presentes na montagem deste lindo conto, que narra aos espectadores tudo aquilo que, na verdade, eles sentem e sabem.
SINOPSE:
Jozú, figura dramática e ingênua, ganha a vida treinando seu rato de estimação, que é também seu melhor amigo, e visitando com freqüência o interior de um poço seco, onde recebe algumas revelações, nem sempre compreendidas. Totalmente diferenciado e inadaptado, ele é incompreendido pelas pessoas com as quais convive. A peça trata da solidão humana, mas é também uma discussão sobre o direito à diferença e à individualização. Num mundo cada vez mais globalizado, numa época tirânica em que a massificação tenta propositalmente ignorar as diferenças, é cada vez mais importante declarar justamente a existência dessas diferenças.
HILDA HILST
Paulistana de Jaú, nascida no dia 21 de abril de 1930 e falecida a 4 de fevereiro de 2004, Hilda Hilst é reconhecida, quase pela unanimidade da crítica brasileira, como uma das nossas principais autoras, sendo considerada uma das mais importantes vozes da Língua Portuguesa do século XX. Segundo o crítico Anatol Rosenfeld, "Hilda pertence ao raro grupo de artistas que conseguiu qualidade excepcional em todos os gêneros literários a que se propôs - poesia, teatro e ficção".
Distinguida por vários de nossos mais significativos prêmios literários, presente em numerosas antologias de poesia e ficção, tanto nacionais como estrangeiras, há muito seu nome está incluído nos dicionários de autores brasileiros contemporâneos.
De temperamento transgressor, prezando a liberdade, dona de uma rara beleza e coragem, culta e poeta, Hilda teve uma personalidade marcante e sedutora que ia de encontro aos costumes tradicionais vigentes nos anos 50, criando-se um folclore ao seu redor que, segundo alguns críticos, até chegou a ofuscar a importância de sua obra.
Seu trabalho vem sendo publicado pela Editora Globo e tem sido tema de teses universitárias em nível de pós-graduação e merecido traduções para o francês, inglês, espanhol, alemão e italiano, atraindo a atenção da crítica internacional, que já lhe dedicou artigos no "Le Monde", "L'Infint", "Libération", "The Antigonish Review", "Pleine Marge", entre outros.
Iniciando sua ascese literária como poeta (seu primeiro livro, "Presságio", é de 1950), Hilda Hilst estreou na dramaturgia em 1967, passando a representar o Brasil em festivais de teatro no exterior, entre eles o Festival de Manizales, Colômbia. Também por várias vezes suas peças teatrais, pela excelência do texto, têm sido utilizadas nos exames da Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD- USP) e da Unicamp.
Ao iniciar sua ficção, em 1970, com o livro "Fluxo Floema", inaugura também um momento raro na Literatura Brasileira pela vigorosa revitalização da linguagem, que utiliza como meio de desestruturação, reformulação e catarse, para afinal reconstruir a Ideia (o Homem) dentro de novos limites. Seguiram-se vários outros livros no gênero.
Criadora de textos magníficos, em que Atemporalidade, Real e Imaginário se fundem e os personagens mergulham no intenso questionamento dos significados, buscando compreensão, resgate da raiz, encontro do essencial, Hilda retrata sem cessar nossa limitada/ilimitada, frágil e surpreendente condição humana. Segundo o crítico literário Léo Gilson Ribeiro, a ficção de Hilda Hilst "submerge o leitor num mundo intrépido de terror e tremor, de beleza indescritível e de uma fascinante prospecção filosófica sobre o Tempo, a Morte, o Amor, o Horror, a Busca".
A abrangência de linguagem conseguida por Hilda Hilst, capaz de abarcar o coloquial mais chulo e a poesia mais intensa, alia-se à complexidade do universo da autora, tornando-a uma das mais importantes vozes para descrever, com profunda e comovente fidelidade, a solidão, perplexidade e grandeza do Homem diante do Mundo.
Ficha técnica:
Texto: Hilda Hilst (conto "O Grande Pequeno Jozú", do livro "Rútilos", 1993)
Direção: Alexandre David
Elenco: Carla Tausz
Produção local: Selma Santos
Iluminação: Paulo César Medeiros
Figurino, adereço e vídeo-produção: Eloy Machado e Thomas Kaufmann
Espaço cênico: Dudu Garcia
Fotografia: Renato Neto
Coordenação Geral: Carla Tausz
Assessoria de imprensa local: Caixa Cultural Salvador e Davi Nogueira
SERVIÇO:
Espetáculo teatral: "Jozú, o Encantador de Ratos"
Datas: exta-feira, 23, sábado, 24, e domingo, 25
Horário de início: pontualmente às 20 horas
Local: Salão Nobre da Caixa Cultural Salvador
Entrada: os ingressos serão trocados por um quilo de alimento não perecível, na bilheteria a partir das 14 horas dos dias de espetáculo
Duração: 60 min
Capacidade: 80 lugares
Classificação etária: livre
Conveniência: estacionamento gratuito ao lado da Caixa Cultural Salvador.
Patrocínio:
Caixa Econômica Federal
(Com informações de Davi Nogueira, do Marketing de Selma Santos Produções e Eventos)
Montado e dirigido como um monólogo a múltiplos personagens, todos assumidos pela atriz Carla Tausz, que acolhe a obra de Hilda Hilst como uma segunda pele, "Jozú, o Encantador de Ratos" é uma fascinante experiência teatral, tanto no que diz respeito à escolha do jogo cênico, quanto à estrutura da sala em si. Esta, como um poço, acolhe os espectadores dentro da realidade sensível do personagem principal. O público assiste de perto, para não dizer dentro de si mesmo, aos inúmeros conflitos sensoriais e afetivos de Jozú ao longo de sua narração. Escolhas e embaraços cotidianos, dúvidas, desejos, angústias e desilusões são despidos de estratagema social e encontram na fala dele a justeza da verdade crua. Jozú atravessa um verdadeiro comboio de sentimentos, passado e presente desembocam e afloram em sua sensível cabeça de homem/menino. A voz e a alma de Hilda estão presentes na montagem deste lindo conto, que narra aos espectadores tudo aquilo que, na verdade, eles sentem e sabem.
SINOPSE:
Jozú, figura dramática e ingênua, ganha a vida treinando seu rato de estimação, que é também seu melhor amigo, e visitando com freqüência o interior de um poço seco, onde recebe algumas revelações, nem sempre compreendidas. Totalmente diferenciado e inadaptado, ele é incompreendido pelas pessoas com as quais convive. A peça trata da solidão humana, mas é também uma discussão sobre o direito à diferença e à individualização. Num mundo cada vez mais globalizado, numa época tirânica em que a massificação tenta propositalmente ignorar as diferenças, é cada vez mais importante declarar justamente a existência dessas diferenças.
HILDA HILST
Paulistana de Jaú, nascida no dia 21 de abril de 1930 e falecida a 4 de fevereiro de 2004, Hilda Hilst é reconhecida, quase pela unanimidade da crítica brasileira, como uma das nossas principais autoras, sendo considerada uma das mais importantes vozes da Língua Portuguesa do século XX. Segundo o crítico Anatol Rosenfeld, "Hilda pertence ao raro grupo de artistas que conseguiu qualidade excepcional em todos os gêneros literários a que se propôs - poesia, teatro e ficção".
Distinguida por vários de nossos mais significativos prêmios literários, presente em numerosas antologias de poesia e ficção, tanto nacionais como estrangeiras, há muito seu nome está incluído nos dicionários de autores brasileiros contemporâneos.
De temperamento transgressor, prezando a liberdade, dona de uma rara beleza e coragem, culta e poeta, Hilda teve uma personalidade marcante e sedutora que ia de encontro aos costumes tradicionais vigentes nos anos 50, criando-se um folclore ao seu redor que, segundo alguns críticos, até chegou a ofuscar a importância de sua obra.
Seu trabalho vem sendo publicado pela Editora Globo e tem sido tema de teses universitárias em nível de pós-graduação e merecido traduções para o francês, inglês, espanhol, alemão e italiano, atraindo a atenção da crítica internacional, que já lhe dedicou artigos no "Le Monde", "L'Infint", "Libération", "The Antigonish Review", "Pleine Marge", entre outros.
Iniciando sua ascese literária como poeta (seu primeiro livro, "Presságio", é de 1950), Hilda Hilst estreou na dramaturgia em 1967, passando a representar o Brasil em festivais de teatro no exterior, entre eles o Festival de Manizales, Colômbia. Também por várias vezes suas peças teatrais, pela excelência do texto, têm sido utilizadas nos exames da Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD- USP) e da Unicamp.
Ao iniciar sua ficção, em 1970, com o livro "Fluxo Floema", inaugura também um momento raro na Literatura Brasileira pela vigorosa revitalização da linguagem, que utiliza como meio de desestruturação, reformulação e catarse, para afinal reconstruir a Ideia (o Homem) dentro de novos limites. Seguiram-se vários outros livros no gênero.
Criadora de textos magníficos, em que Atemporalidade, Real e Imaginário se fundem e os personagens mergulham no intenso questionamento dos significados, buscando compreensão, resgate da raiz, encontro do essencial, Hilda retrata sem cessar nossa limitada/ilimitada, frágil e surpreendente condição humana. Segundo o crítico literário Léo Gilson Ribeiro, a ficção de Hilda Hilst "submerge o leitor num mundo intrépido de terror e tremor, de beleza indescritível e de uma fascinante prospecção filosófica sobre o Tempo, a Morte, o Amor, o Horror, a Busca".
A abrangência de linguagem conseguida por Hilda Hilst, capaz de abarcar o coloquial mais chulo e a poesia mais intensa, alia-se à complexidade do universo da autora, tornando-a uma das mais importantes vozes para descrever, com profunda e comovente fidelidade, a solidão, perplexidade e grandeza do Homem diante do Mundo.
Ficha técnica:
Texto: Hilda Hilst (conto "O Grande Pequeno Jozú", do livro "Rútilos", 1993)
Direção: Alexandre David
Elenco: Carla Tausz
Produção local: Selma Santos
Iluminação: Paulo César Medeiros
Figurino, adereço e vídeo-produção: Eloy Machado e Thomas Kaufmann
Espaço cênico: Dudu Garcia
Fotografia: Renato Neto
Coordenação Geral: Carla Tausz
Assessoria de imprensa local: Caixa Cultural Salvador e Davi Nogueira
SERVIÇO:
Espetáculo teatral: "Jozú, o Encantador de Ratos"
Datas: exta-feira, 23, sábado, 24, e domingo, 25
Horário de início: pontualmente às 20 horas
Local: Salão Nobre da Caixa Cultural Salvador
Entrada: os ingressos serão trocados por um quilo de alimento não perecível, na bilheteria a partir das 14 horas dos dias de espetáculo
Duração: 60 min
Capacidade: 80 lugares
Classificação etária: livre
Conveniência: estacionamento gratuito ao lado da Caixa Cultural Salvador.
Patrocínio:
Caixa Econômica Federal
(Com informações de Davi Nogueira, do Marketing de Selma Santos Produções e Eventos)


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