Por Heitor De Paola
A 'comunidade internacional' condena Israel por...! Complete a frase como bem entender. Alguma novidade? Nenhuma. Tão logo ocorreu o incidente com a flotilha alegadamente humanitária espocaram os protestos monstros em todo o mundo. Quem entende do riscado sabe muito bem que tais ações exigem planejamento, convocações, transporte de ativistas, material de propaganda e instrumentos como palanques, alto-falantes etc. Creio que estes protestos já estavam preparados com muita antecedência, desde que a flotilha foi organizada pela ONG turca Insani Yardim Vakfi, Human Rights, Liberties and Humanitarian Relief (IHH).
Segundo informe israelense do dia 27 de maio o lançamento da flotilha em Istambul contou com a participação de inúmeros representantes do Hamas, entre eles Mahmad Tzoalha e Sahar Albirawi, terroristas de primeira linha operando hoje na Inglaterra, e Hamam Said, um dos líderes da Irmandade Islâmica na Jordânia.
Um estudo de Evan F. Kohlman, do Danish Institute For International Studies de 2006 ("The Role of Islamic Charities in International Terrorist Recruitment and Financing") revelava que as autoridades turcas já vinham investigando a IHH desde 1997 quando fontes revelaram que seus líderes estavam comprando armas de outros grupos terroristas islâmicos. O magistrado antiterrorista francês Jean-Louis Bruguiere revelou que o presidente da IHH, Bulent Yildrim, tinha conspirado diretamente para "recrutar soldados veteranos para a próxima guerra santa (jihad) em meados da década de 90. Alguns foram enviados para zonas de guerra para adquirir experiência em combate.
Num depoimento nos Estados Unidos, Bruguiere disse que a IHH era uma ONG, mas de um tipo usado para cobertura (cover up) para grupos terroristas, conseguindo documentos falsos, traficando armas e elaborando formas de infiltração de mujaheddins para combater.
Kohlman referia ainda que IHH esteve posteriormente envolvida em conseguir armas para terroristas sunitas no Iraque. O exame das contas telefônicas da IHH também revelaram inúmeras chamadas para uma casa de passagem da Al-Qaida em Milão e para terroristas argelinos, incluindo Abu el-Ma'ali, conhecido como o "jovem Bin Laden". Desde que o Hamas ocupou a Faixa de Gaza, a IHH organizou várias conferências de apoio na Turquia, desafiando a Autoridade Palestina. A IHH é membro da União do Bem, uma organização que congrega mais de 50 fundações islâmicas em todo o mundo encarregada de canalizar fundos para o Hamas.
A insuspeita TV Al Jazeera, um dia antes do confronto relatava que os participantes da flotilha já criavam um clima de guerra, cantando "Khaibar, Khaibar, oh judeus, o exército de Maomé voltará!". Khaibar é o nome da última aldeia judia derrotada pelo exército de Maomé em 628, onde vários judeus morreram e marcou o fim da presença judia na Península Arábica.
Há evidência de que a flotilha foi avisada que deveria seguir para Ashdod e como a resposta foi negativa a marinha israelense agiu de acordo com o San Remo Manual on International Law Applicable to Armed Conflicts at Sea (12 June 1994):
"It is permissible under rule 67 (a) to attack neutral vessels on the high seas when the vessels "are believed on reasonable grounds to be carrying contraband or breaching a blockade, and after prior warning they intentionally and clearly refuse to stop, or intentionally and clearly resist visit, search or capture".
e também com os Acordos de Oslo.
Mas na verdade os objetivos da flotilha eram dois: segundo o professor iemenita Abd Al-Fatah Nu'man: os heróis (sic) da flotilha queriam tanto atingir Gaza como a opção do martírio era ainda mais desejável para eles, o que é confirmado por participantes antes da partida de Istambul.
É óbvio que nada havia de 'humanitário' naquela flotilha e nada mais Israel poderia fazer senão atacar.
Como esta flotilha poderia ter sido organizada, os ativistas reunidos assim como viveres e armas sem o conhecimento ou até mesmo o apoio do governo turco, tradicional aliado de Israel por quase sessenta anos? Há algo de podre do reino de Recep Tayyip Erdogan. Quase certamente a IHH tem laços estreitos com o Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP), atualmente no poder. Há sérios indícios de que o AKP está na busca de duas coisas: transformar a Turquia num país fundamentalista islâmico e recuperar a antiga hegemonia sobre o Oriente Médio, perdida com a dissolução do Império Otomano e com as reformas introduzidas por Mustafa Kemal Atatürk em 1923. Para isto é preciso romper com Israel e demonstrar aos demais países islâmicos sua profunda submissão às palavras e aos atos do Profeta. Segundo estudo do Stratfor.com ("A Potential Turkish-Israeli Crisis and Its International Implications") Erdogan viu na iniciativa da IHH uma oportunidade de colocar Israel numa situação difícil.
'Qualquer que fosse a solução desta crise internacional potencialmente séria a Turquia seria beneficiada. Se Israel invadir os navios a Turquia poderá iniciar uma ofensiva diplomática contra Israel. Devido à dependência da Turquia dos Estados Unidos, os turcos forçariam a estes tomarem partido, colocando os EUA numa situação difícil em relação a Ankara. Se, pelo contrário, Israel permitir que a flotilha complete sua missão representaria uma grande vitória dos turcos, elevando sua posição como uma liderança e um poder emergente'. Já Israel ficaria numa posição difícil em qualquer dos casos, deteriorando ainda mais suas relações já difíceis com a administração Obama.
Resta-nos evidentemente avaliar qual o papel do acordo Brasil-Turquia-Irã. Seria apenas uma coincidência que as negociações fossem simultâneas com a organização da flotilha 'humanitária'? Haverá alguma relação entre elas e a declaração da Agência Internacional de Energia Atômica de que o Irã já possui matéria prima suficiente para duas armas nucleares? Quando os EUA se distanciam de Israel, como tem sido feito pela administração Obama, a confrontação na região se torna mais viável. Quando os inimigos vêem Israel isolado, se tornam mais agressivos. Quando Israel se sente isolado, também, para agir em sua auto-defesa.
Obviamente, o Brasil, a Bolívia e de resto todos os países comandados pelo Foro de São Paulo também se aproveitam desta situação e, como deixei claro antes, o objetivo brasileiro de construir sua própria bomba, enriquecendo urânio nas instalações iranianas, toma mais força.
A meu ver, não é pura coincidência, são ações minuciosamente planejadas e discutidas nas viagens de Lula a Ankara, Moscou e Teerã. Veremos!
Fonte: "Mídia Sem Máscara" (www.midiasemmascara.org)
Segundo informe israelense do dia 27 de maio o lançamento da flotilha em Istambul contou com a participação de inúmeros representantes do Hamas, entre eles Mahmad Tzoalha e Sahar Albirawi, terroristas de primeira linha operando hoje na Inglaterra, e Hamam Said, um dos líderes da Irmandade Islâmica na Jordânia.
Um estudo de Evan F. Kohlman, do Danish Institute For International Studies de 2006 ("The Role of Islamic Charities in International Terrorist Recruitment and Financing") revelava que as autoridades turcas já vinham investigando a IHH desde 1997 quando fontes revelaram que seus líderes estavam comprando armas de outros grupos terroristas islâmicos. O magistrado antiterrorista francês Jean-Louis Bruguiere revelou que o presidente da IHH, Bulent Yildrim, tinha conspirado diretamente para "recrutar soldados veteranos para a próxima guerra santa (jihad) em meados da década de 90. Alguns foram enviados para zonas de guerra para adquirir experiência em combate.
Num depoimento nos Estados Unidos, Bruguiere disse que a IHH era uma ONG, mas de um tipo usado para cobertura (cover up) para grupos terroristas, conseguindo documentos falsos, traficando armas e elaborando formas de infiltração de mujaheddins para combater.
Kohlman referia ainda que IHH esteve posteriormente envolvida em conseguir armas para terroristas sunitas no Iraque. O exame das contas telefônicas da IHH também revelaram inúmeras chamadas para uma casa de passagem da Al-Qaida em Milão e para terroristas argelinos, incluindo Abu el-Ma'ali, conhecido como o "jovem Bin Laden". Desde que o Hamas ocupou a Faixa de Gaza, a IHH organizou várias conferências de apoio na Turquia, desafiando a Autoridade Palestina. A IHH é membro da União do Bem, uma organização que congrega mais de 50 fundações islâmicas em todo o mundo encarregada de canalizar fundos para o Hamas.
A insuspeita TV Al Jazeera, um dia antes do confronto relatava que os participantes da flotilha já criavam um clima de guerra, cantando "Khaibar, Khaibar, oh judeus, o exército de Maomé voltará!". Khaibar é o nome da última aldeia judia derrotada pelo exército de Maomé em 628, onde vários judeus morreram e marcou o fim da presença judia na Península Arábica.
Há evidência de que a flotilha foi avisada que deveria seguir para Ashdod e como a resposta foi negativa a marinha israelense agiu de acordo com o San Remo Manual on International Law Applicable to Armed Conflicts at Sea (12 June 1994):
"It is permissible under rule 67 (a) to attack neutral vessels on the high seas when the vessels "are believed on reasonable grounds to be carrying contraband or breaching a blockade, and after prior warning they intentionally and clearly refuse to stop, or intentionally and clearly resist visit, search or capture".
e também com os Acordos de Oslo.
Mas na verdade os objetivos da flotilha eram dois: segundo o professor iemenita Abd Al-Fatah Nu'man: os heróis (sic) da flotilha queriam tanto atingir Gaza como a opção do martírio era ainda mais desejável para eles, o que é confirmado por participantes antes da partida de Istambul.
É óbvio que nada havia de 'humanitário' naquela flotilha e nada mais Israel poderia fazer senão atacar.
Como esta flotilha poderia ter sido organizada, os ativistas reunidos assim como viveres e armas sem o conhecimento ou até mesmo o apoio do governo turco, tradicional aliado de Israel por quase sessenta anos? Há algo de podre do reino de Recep Tayyip Erdogan. Quase certamente a IHH tem laços estreitos com o Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP), atualmente no poder. Há sérios indícios de que o AKP está na busca de duas coisas: transformar a Turquia num país fundamentalista islâmico e recuperar a antiga hegemonia sobre o Oriente Médio, perdida com a dissolução do Império Otomano e com as reformas introduzidas por Mustafa Kemal Atatürk em 1923. Para isto é preciso romper com Israel e demonstrar aos demais países islâmicos sua profunda submissão às palavras e aos atos do Profeta. Segundo estudo do Stratfor.com ("A Potential Turkish-Israeli Crisis and Its International Implications") Erdogan viu na iniciativa da IHH uma oportunidade de colocar Israel numa situação difícil.
'Qualquer que fosse a solução desta crise internacional potencialmente séria a Turquia seria beneficiada. Se Israel invadir os navios a Turquia poderá iniciar uma ofensiva diplomática contra Israel. Devido à dependência da Turquia dos Estados Unidos, os turcos forçariam a estes tomarem partido, colocando os EUA numa situação difícil em relação a Ankara. Se, pelo contrário, Israel permitir que a flotilha complete sua missão representaria uma grande vitória dos turcos, elevando sua posição como uma liderança e um poder emergente'. Já Israel ficaria numa posição difícil em qualquer dos casos, deteriorando ainda mais suas relações já difíceis com a administração Obama.
Resta-nos evidentemente avaliar qual o papel do acordo Brasil-Turquia-Irã. Seria apenas uma coincidência que as negociações fossem simultâneas com a organização da flotilha 'humanitária'? Haverá alguma relação entre elas e a declaração da Agência Internacional de Energia Atômica de que o Irã já possui matéria prima suficiente para duas armas nucleares? Quando os EUA se distanciam de Israel, como tem sido feito pela administração Obama, a confrontação na região se torna mais viável. Quando os inimigos vêem Israel isolado, se tornam mais agressivos. Quando Israel se sente isolado, também, para agir em sua auto-defesa.
Obviamente, o Brasil, a Bolívia e de resto todos os países comandados pelo Foro de São Paulo também se aproveitam desta situação e, como deixei claro antes, o objetivo brasileiro de construir sua própria bomba, enriquecendo urânio nas instalações iranianas, toma mais força.
A meu ver, não é pura coincidência, são ações minuciosamente planejadas e discutidas nas viagens de Lula a Ankara, Moscou e Teerã. Veremos!
Fonte: "Mídia Sem Máscara" (www.midiasemmascara.org)
Um comentário:
Embora seja mais conveniente o mundo inteiro condenar Israel, que acho até que poderia talvez, ter tido mais inteligência na hora da abordagem aos navios e quem sabe, não terem atirado, concordo com o autor do texto.
Agora, o pior de tudo é que esta ação deu munição à bessa para os Ahmadinejad's da vida, inclusive prá nossos governistas, que mesmo conhecendo o terrorismo do Hamas e dos paslestinos de um modo geral, insistem em parecer mais politicamente corretos e porque não tentarem aliviar as sanções ao Irã, nessa? Não duvido nada, nós somos mesmo um país governado por aloprados!
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