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segunda-feira, 14 de junho de 2010

"Cãozinho de Terceiro Mundo"

Fac-simile do artigo "A dança de Lula com déspostas" com foto de Lula com Ahmadinejad
Reprodução

A jornalista Mary Anastasia O’Grady, membro do Conselho Editorial do "The Wall Street Journal", publica nesta segunda-feira, 14, um artigo com fortes críticas do governo brasileiro, utilizando termos como “cãozinho de Terceiro Mundo” e “política externa lunática”.
A autora, a mesma que em abril escreveu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fez nada no poder, dá o título de “A dança de Lula com os déspotas” ao seu artigo sobre a tentativa do presidente brasileiro de mediar um acordo com o Irã a respeito do projeto nuclear do país persa.
“O Brasil pode estar ganhando respeito no front monetário e econômico, mas quando se volta para a liderança geopolítica, o senhor da Silva trabalha o tempo todo para preservar a imagem do País como um cãozinho de Terceiro Mundo ressentido”, afirma O’Grady. O termo ”cãozinho”, no contexto do artigo, pode ser traduzido como um “nanico pretensioso demais” e se refere à posição do Brasil contra os Estados Unidos em algumas disputas externas, como o voto contrário às sanções sobre o Irã.
Para a autora, o presidente brasileiro é vazio ao defender diálogo com o Irã e dizer que as sanções causarão mais sofrimento ao povo do Irã, porque, segundo ela, “as sanções são diretas, não aos civis, mas às ambições nucleares do Irã”. “Quanto ao ‘diálogo’”, diz O’Grady, “deveria ser óbvio hoje que o que o presidente iraniano precisa é de um pouco menos de conversa”.
O’Grady diz que o PT é um partido “acentuadamente à esquerda”, mas afirma que “ninguém deve confundir Lula com um bolchevique”. “Ele é meramente um político esperto que emergiu a partir das ruas e adora o poder e limusines”, afirma.
“Uma revisão dos seus dois mandatos revela uma tendência de defender déspotas e dissidentes da democracia”, diz a autora, citando como exemplo o apoio ao venezuelano Hugo Chávez, ao cubano Fidel Castro e às Forças Armandas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Ela também critica o fato de o Brasil ter apoiado o ex-presidente hondurenho Manuel Zelaya, “apesar de ele ter sido removido pelo governo civil por violar a Constituição”.
A autora encerra o artigo com uma citação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de que está longe de ficar claro se os brasileiros aprovam a “mudança de lado” da política brasileira.
Enviado ao Blog Demais por Jorge Roriz, do "Blogs Pela Democracia"

2 comentários:

wellington disse...

Este tipo de noticia nao sai na grande midia. O PT ainda reclama da imprensa!!!!

Mariana disse...

Pois é, Wellington, ontem mesmo, Dilma teve um espaço muito além do que merecia na própria Globo, tão criticada pelos petistas.
Quanto ao artigo, a autora diz tudo o que pensa todos os brasileiros de boa fé, que não precisam trocar voto por certas beneces lulistas.
Olhe, Dimas, já fomos chamados de "macaquitos" e agora o nosso presidente de "cãozinho". Continuando esta corja no governo, não imagino quão mais desceremos...uma vergonha! O cara realmente não tem conteúdo prá justificar suas atitudes diante do mundo, muito vazio. Nos coloca mesmo como um país de ressentidos e invejosos dos EUA.
Eu sempre achei que enquanto a nossa oposição não aprender a falar a linguagem do povão, vai ser difícil convencê-los de mudança, mesmo. Nosso povão, infelizmente não tem capacidade prá perceber a jogada do "influente" que aos poucos vai levando todos êles no bico.