Deu no blog "Olhar Contemplativo", de Ludimila de Oliveira:
Há três anos, meu filho Bernardo foi diagnosticado com diabetes, o que surpreendeu toda a minha família por ele ainda ser uma criança e sempre associarmos a doença a fase adulta.
Passado o susto, tivemos que nos adaptar a realidade da alimentação e do uso das insulinas, já que no caso de Bê, a diabetes tipo 1 faz do paciente um insulinodependente.
As mudanças de hábitos e todas as restrições existentes são administráveis com o apoio da família. Mas os cuidados exigidos no controle da doença pesam, e muito, no bolso! Além das doses diárias de insulina que precisam ser tomadas por muitos portadores da doença (disponibilizada pelos postos de saúde para pessoas cadastradas no SUS), os diabéticos precisam medir diariamente o nível da glicemia. O valor de uma caixa com cinquenta fitas usadas no aparelho medidor pode variar de R$ 85 a R$ 150. O procedimento é importante para orientar a quantidade de insulina que deve ser administrada.
Bernardo faz uso de dois tipos de insulina que não são disponibilizadas pelo SUS e é do tipo Penfill - a agulha é pequeníssima, após aberta não precisa ser conservada em baixa temperatura e com isso seu transporte é muito mais viável. É um privilégio conseguir manter um tratamento que requer tanta atenção e alto custo. Mas isso não me deixa feliz, muito pelo contrário, me traz indignação. O conforto que o meu filho tem em usar esse tipo de insulina e fazer testes de glicemia cinco (ou mais) vezes por dia não chega a 92% da população portadora do mal.
Bernardo faz uso de dois tipos de insulina que não são disponibilizadas pelo SUS e é do tipo Penfill - a agulha é pequeníssima, após aberta não precisa ser conservada em baixa temperatura e com isso seu transporte é muito mais viável. É um privilégio conseguir manter um tratamento que requer tanta atenção e alto custo. Mas isso não me deixa feliz, muito pelo contrário, me traz indignação. O conforto que o meu filho tem em usar esse tipo de insulina e fazer testes de glicemia cinco (ou mais) vezes por dia não chega a 92% da população portadora do mal.
Precisamos exigir cada vez mais das autoridades uma atenção especial para a saúde do nosso país.
* Atualmente cerca de 7,3 milhões de brasileiros maiores de 18 anos têm diabetes. Até 2025, o número de diabéticos, nessa faixa etária, chegará a 17,6 milhões.
* Atualmente cerca de 7,3 milhões de brasileiros maiores de 18 anos têm diabetes. Até 2025, o número de diabéticos, nessa faixa etária, chegará a 17,6 milhões.
* O aumento significa cerca de 650 mil novos casos por ano.
* Em todo o mundo, estima-se que haja 246 milhões de pessoas com diabetes. Até 2025, esse número deve chegar a 380 milhões, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes, entidade vinculada à Organização Mundial da Saúde.
2 comentários:
Nossa, eu não sabia que o número de diabéticos no país era tão grande! Ludimila, o que entristece é ver que a saúde pública está muito banalizada por autoridades que também tem filhos, família, que também correm os mesmos riscos de terem esta ou aquela doença; muito desumano, além de total irresponsabilidade.
E como custa caro... p povão, coitado que o diga... é uma vergonhaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!! Sem saúde, sem segurança pública e sem educação... um país assim tem futuro???
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